* Gravidez de Solange



Conheci a Solange num Bar que frequentava com os meus amigos, não muito longe de minha casa.  Acabamos por trocar contactos, telefone e email, e quando não nos encontrávamos à noite, acabávamos sempre por nos comunicar de outro modo.

Solange era Engenheira do Ambiente e as suas opções sexuais eram apenas femininas. Vivia num apartamento no centro da cidade, com outra mulher, ligeiramente mais velha, e que tinha um cargo importante no Ministério do Ambiente. Aquela relação não estava a ser fácil.

Numa tarde, Solange ligou-me, convidou-me para jantar em casa dela, pois tinha tomado uma decisão importante na vida, e tinha um pedido para me fazer. Fiquei curioso, e aceitei. Jantamos os três, e no final, depois da sobremesa, Solange comunicou-me que queria ser mãe, e gostava que o pai da criança fosse eu.

Fiquei sem resposta por alguns segundo, mas espontaneamente acabei por responder que teria muito gosto, em ser o pai do seu filho. A Solange então combinou comigo, quando fosse o dia indicado, ela iria me telefonar a combinar para eu ir lá a casa. Durante alguns dias reflecti profundamente sobre o que isto significava…

Na semana seguinte, ela disse estar tudo preparado. Eu desloquei-me até lá, e fiquei a assistir a um momento intimo daquelas duas mulheres. Era o tónico para eu ficar quente, para depois deixar dentro da Solange, o que ela queria. 

Confesso que foi delicioso ver aquelas duas mulheres a entregarem-se por completo, mas Solange chamou-me. Nessa noite limitei a deixar dentro dela, o fundamental para ela ser mãe, mas aqueles poucos minutos que tive dentro dela, criaram uma vontade para algo mais entre os dois. Abriu-nos um secreto apetite.

No dia seguinte, ela voltou a ligar-me, para voltarmos a tentar. Desta vez ela estava sozinha em casa. Senti que este pedido era para algo mais demorado e completo. Tivemos uma noite maravilhosa. A Solange estava a desfrutar de um homem, como nunca tinha feito na vida. 

As minhas fortes penetrações era algo diferente do que ela habitualmente sentia. Foram diferentes sensações, e um prazer com diferente intensidade. Alguma semanas mais tarde, a Solange voltou a telefonar-me, a comunicar-me que não tinha engravidado, tínhamos de voltar a tentar. Eu convidei-a a ir passar um fim de semana, na casa de férias de uns amigos em S. Martinho do Porto. Ela aceitou.

Naquele fim de semana, ela aproveitou aquilo que lhe faltava todos os dias, e que a sua companheira não lhe oferecia. Melhor do que qualquer objecto, que funciona a pilhas, era sentir a minha pele, e a minha carne, numa intensa fricção dentro do seu corpo. Ela queria mais, pedia sempre mais. 

Parecia que me pedia algo que não fosse carinho. Ela queria sexo intenso e forte. Ela nunca queria nem dedos, nem língua, queria sempre a minha tesão dentro dela. 

Nestes dois dois, as tentativas para que ela ficasse grávida foram bastantes, e depositando sempre a minha parte, bem dentro do seu corpo. Bem fundo. Eu percebia que ela estava a desfrutar da minha companhia, e comecei a despertar nela o interesse por um homem.

Na semana seguinte, voltamos a encontrar-mo-nos mais algumas vezes. Mais do que a vontade de ser mãe, ela estava desejosa do meu corpo. Ela só pensava em sexo, e na intima sensação de sentir o meu liquido quente a escorrer dentro de si. 

Estes nossos encontros acabaram por terminar a relação que ela tinha com a outra mulher, e acabaram por se separar. Algumas semanas mais tarde a Solange ligou-me radiante:”Consegui, estou grávida”. Esta noticia, foi a melhor prenda de natal que poderia ter recebido. Depois de sentir o seu objectivo realizado, ela acabou por envolver-se com outra mulher, mais jovem, numa relação mais estável.

A Solange recebeu, uns meses depois, uma incrível proposta, e uma excelente oportunidade de trabalho em Los Angeles, e viajou com a sua nova companheira, nesta nova fase da sua vida. Elas agarraram determinantemente esta oportunidade para fugir ao preconceito…  e o Pedro, depois de nascer, passou a ser verdadeiramente o único homem da sua vida.

Foto: Medioimage (Corbis.com)

* Chiado Inesperado

Foi na Rua Garrett, em Lisboa, que o meu corpo se sentiu pela primeira vez descontrolado, com uma atracção inexplicável, por um rosto singelo e tímido.

Eu subia em direcção ao Largo Camões e ela descia em direcção à Rua do Carmo. Mais a baixo ou mais a cima, quase todos os dias o nosso olhar se cruzava. 

Eu não conseguia destacar nada de especial naquele corpo, mas o conjunto enchia-me as medidas. Eu inexplicavelmente desejava aquele corpo e sentia uma desmedida atracção.

Eu adorava os dias de chuva quando ela passava por mim com o cabelo húmido despenteado. E foi num forte aguaceiro de Abril, que o inesperado aconteceu. 

Sem estarmos preparados, começou a chover intensamente e ficamos os dois sem reacção, e eu impulsivamente, agarrei-lhe no braço, e puxei-a para um pequeno recanto perto do shopping, onde não existe comércio, porque as lojas estão todas fechadas. 

Ficamos os dois protegidos da chuva, mas totalmente desprotegidos para um desejo que se vinha a apoderar de nós nas últimas semanas.

Ela estava com o cabelo húmido mas com cheiro a shampo, e eu, sem dizer uma única palavra, encostei-a à parede, e fiz a minha mão subir a sua perna. Ela nem reagiu nem se opôs. Toquei-lhe na sua intimidade, e senti que estava muito mais húmida que o seu cabelo. 

Foi naquele momento que senti toda a atracção a transformar-se em desejo. E correndo o sério risco de sermos vistos por alguém que olhasse para aquele recanto, eu não podia parar, e tinha de alimentar ferozmente aquele desejo.

Inclinar o seu corpo ligeiramente para a frente, e desviar ligeiramente a sua roupa interior, foi o início de algo que os dois mais queriam naquele momento, sexo. 

O seu corpo aceitou-me na perfeição logo no primeiro impulso, e eu fui implacável com ela, comportando-me como uma macho devorador e feroz no seu habitat natural, dizendo apenas e sem pausas: “toma… toma… toommmaaaa…tommaaa… grrrr”. Que mulher profunda e ardente, capaz de aguentar tudo numa situação de perigo, mas era esse mesmo perigo que aguçava o prazer.

Eu não sabia o seu nome mas já conhecia o seu cheiro e seu sabor. Senti que ao longe alguém se apercebeu do que se estava ali a passar, e gritou, mas nem eu nem ela nos incomodamos com isso. Estávamos a viver um momento de prazer inesperado que não tinha como ser interrompido. Quente. Molhado. Animal. As minhas mão variavam de sitio, alternado entre as sua cintura, os seus ombros ou o seu peito.

Aquele rosto tímido tinha se rendido a mim, à minha forte penetração, ao meu intenso poder de lhe oferecer tudo o que ela queria sentir. A temperatura quente dos nossos corpos conseguiu secar as nossas roupas, e eu sentia perfeitamente todas as contracções de prazer que o interior daquela jovem produzia. Eu sentia-me tremendamente apertado dentro do seu corpo, e adorava isso. Era sinal de prazer, de qualidade, de satisfação.

Ela era uma mulher de alta qualidade, e capaz de tudo. Eu estava fascinado, com tudo o que estava a viver, e com a possibilidade de tocar e sentir alguém como ela. O fogo tinha regressado ao Chiado de uma forma igualmente devastadora e perigosa.

Ficamos rendidos ao prazer, exaustos e sentados no chão. Depois de tudo, um simples beijo de agradecimento mútuo foi incrivelmente inocente. Eu não sabia nada sobre ela, mas sabia que tinha acabado de viver um momento inesquecível. Eu queria voltar a saborear aquele corpo quente, mas calmamente, sem perder um único recanto. A minha língua queria tocar-lhe por completo. Era o meu desejo mais secreto naquele momento.

De repente, ela levantou-se e escreveu num pequeno papel, enquanto eu ainda estava sentado no chão, colocou-me aquele papelinho no bolso das calças, e em passo de corrida desapareceu daquela galeria… o papel apenas dizia:”Chamo-me Catarina… descobre-me…” Eu aceitei aquele desafio… eu tinha mesmo de a voltar a descobrir… eu queria aquele corpo para mim… nem que fosse apenas só mais uma vez…

Foto: S. Hammid (Corbis.com)

* Casa dos Nossos Sonhos


Apesar da crise imobiliária, existiam zonas na cidade onde a procura de casa era grande. Eu e a Vânia adorávamos aquela zona da cidade, e mesmo sabendo que se tratava de casas mais caras do que o dinheiro que podíamos gastar, não resistimos, e quisemos ir conhecer aqueles apartamentos.

Quando lá chegamos, percebemos que existia bastante procura, e quando falamos com a vendedora, mostramos o nosso interesse por um apartamento da tipologia T2. 

Ela, percebendo que nós estávamos mais interessados em ver, do que comprar, entregou-me uma chave, e disse que podíamos ir ver o apartamento do 7º andar, que ela já ia ter connosco.

A casa era fantástica, muito melhor do que nós tínhamos imaginado, a cozinha, a sala, os quartos, tudo era fantástico. 

Como estávamos sozinhos, e à vontade, a nossa imaginação disparou. Eu encostei a Vânia à parede na sala, e dizia-lhe ao ouvido: “imagina o prazer que podia dar-te nesta sala”.

Quando chegamos à cozinha, sentei no lava-loiça, beijei-a no pescoço e disse-lhe “aqui podíamos molhar muito mais coisas, para além da loiça”. As coisas aqueceram, e a Vânia sussurrou-me ao ouvido: “já que esta casa nunca vai ser nossa, podíamos deixa-la marcada na nossa memória, de uma forma positiva”.

Eu percebi a mensagem dela. Os nosso corpos caíram no meio daquela enorme sala, e entregaram-se, no entanto sempre atentos ao barulho do elevador, para evitar surpresas. 

Do nosso corpo, apenas saiu a roupa que impedia aquele momento de amor, e entrei dentro dela de uma forma intensa, da forma que ela tanto gostava. Sabíamos que tínhamos de ser rápidos, mas aquele momento de prazer inesperado estava a ser demasiado saboroso. O perigo de sermos apanhados ainda deixava tudo mais apimentado.

Estávamos tão deliciados a saborear o momento, que nos esquecemos que a vendedora, em vez de subir de elevador, também podia subir pelas escadas. E foi o que aconteceu. Quando olhamos para porta da sala, ficamos gelados. Ela estava ali parada, perplexa, a assistir ao nosso momento de prazer. Ficamos os dois sem reacção, e sem conseguir justificar o nosso comportamento.

A Vânia envergonhada, pegou na roupa, e saiu a correr envergonhada pelas escadas abaixo, e deixou-me ali sozinho e sem palavras. Eu dizia de uma forma tímida: “Nós adoramos o apartamento, mas é demasiado caro, só o poderíamos comprar se o preço pudesse baixar um pouco”.

A vendedora olhou para mim, de uma forma que, sinceramente, me assustou e disse-me: “Eu vivo num mundo de negócios, onde tudo pode ser negociado. Posso abdicar da minha comissão, em troca de algo que tenha para me oferecer”. É verdade, esta conversa estava a ser mantida, comigo sem calças, excitado, e bem molhado, com as marcas deixadas pelo interior do corpo da Vânia. 

Eu não sabia o que fazer. Vender o meu corpo, e em troca ter a casa dos meus sonhos? Ninguém ficaria a saber, e decidi entregar-me. Aquela mulher estava faminta, e confessou estar assim por o marido estar a trabalhar na África do Sul, à vários meses.

Ela ficou louca, por sugar o meu sabor, misturado com os vestígios do quente sabor da Vânia. Ela meteu tudo na boca, numa incrível garganta funda. Ela ficou descontrolada, mas eu também aproveitei todo aquele momento, para terminar, o que estava a fazer com a minha namorada. 

Dei-lhe tudo, como ela queria, com as minhas mãos nas suas ancas, fui forte, intenso e voraz. Ao fim de pouco tempo, aquela mulher atingia picos de prazer, de dois em dois minutos. Terminei, fazendo escorrer o meu prazer, mesmo no meio do seu perto. Eu disse que tinha de ir rapidamente embora, e ela disse para eu voltar amanhã, para finalizar o negocio.

Percebi a mensagem, mas seria apenas mais uma vez, e a Vânia nem imagina o que tive de fazer, para podermos comprar a casa dos nossos sonhos.

Foto: Motofish Images (Corbis.com)

* Sexo ao Vivo

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SEXO ao VIVO

Passeava-me pela rua, quando descobri aquela Sexshop. Sempre fui um curioso por este tipo de artigos e de filmes e decidi entrar. Nestas lojas, muitas vezes conseguem-se descobrir ideias para apimentar um pouco mais a vida de um casal.
Quando entrei, apercebi-me que aquela loja tinha um peep-show. Como sou bastante curioso, não me importei de gastar uma moeda para espreitar uma menina toda nua, a dançar, apenas separada de mim por um vidro. Quando entrei naquele apertado cubículo, fui surpreendido com o que vi, porque eu não me tinha apercebido do anúncio, que estava exposto à entrada da loja, e em vez de uma mulher, deparei-me com uma sessão de sexo ao vivo, com um casal. 
Admito que fiquei bastante entusiasmado, ao ver aquele casal, aparentemente do Leste da Europa, e por cada dois minutos que passavam, me obrigavam a colocar mais dois euros, para assistir aquele espectáculo.
Depois da terceira moeda, decidi não gastar mais dinheiro, e sai da loja. Fiquei na montra a ler, que aquele casal fazia exibições de hora a hora. Surgiu-me logo a dúvida. Como é que aquele homem conseguia?

Tão booommm...

Aproveita bem o descanso... atualiza leituras...
Tão booommm... 

* Aposta Demasiado Perigosa


Estava a ser um exagero. Eu e Wilson entramos num jogo perigoso de apostas.

Estávamos constantemente a desafiar-nos um ao outro com apostas, por vezes ridículas, e ao longo do tempo a dificuldade de as realizar e os prémios em jogo, eram cada vez mais elevados.

Mas quase no final do ano lectivo, o Wilson fez-me um desafio: “Se conseguires arranjar cinco fotos da tua namorada nua dentro de 15 dias, a minha mota é tua, caso contrário, eu fico com a tua moto”. Eu não sei o que tinha na cabeça para aceitar.

Eu estava a pôr em jogo a minha namorada e a minha moto que tanto me tinha custado a comprar, num aposta estúpida, mas jogo é jogo, e já não podia voltar atrás. E agora estava com um grande problema entre mãos: como conseguir cinco fotos da Gabriela nua.

Sempre que estava mais intimamente com ela, tentava de uma maneira ou outra, imaginar como conseguiria enganá-la, ia ser impossível.

Os dias passavam e a minha angústia aumentava, faltavam poucos dias para perder a minha moto, o Wilson foi esperto, porque sabia que a Gabi era uma miúda tímida e que dificilmente aceitaria tal proposta, e só dessa maneira ele colocaria em jogo a valiosíssima moto que os pais lhe tinham oferecido, e que o fazia ser tão popular no meio feminino.

O tempo passou, faltava apenas um dia para expirar o prazo, e decidi ir falar com ela, contei-lhe tudo e para meu espanto, ela aceitou entrar no jogo para salvar a minha moto. Fomos para casa dela, e enquanto eu preparava a máquina e o espaço para as fotos, ela vestiu uma lingerie sensual. Começamos uma fantástica sessão fotográfica. 

Nunca tinha imaginado a Gabi uma mulher tão ousada. Esfregou o corpo com óleo bronzeador, o que deixou o corpo brilhante e cheiroso. De seguida, dançou para mim numa sensual dança do ventre, onde todas as curvas do seu corpo torneado faziam as delícias do meu olhar. Que espectáculo…

Depois de o ambiente estar bem quente, decidiu colocar um preservativo num pequeno e discreto vibrador, que surpreendentemente tirou da gaveta da mesa-de-cabeceira, e começou a lamber, a chupar, a tocá-lo no peito… Eu, continuava a clicar ao som da objectiva, a apanhar todos os pormenores e a deleitar-me com aquela mulher ali mesmo a dois palmos de mim.

Mas o momento alto foi quando ela decidiu se penetrar com aquele objecto plastificado com látex, e depois de suaves, calmas e saborosas penetrações, deu-mo a chupar, com todo o seu sabor mais íntimo e excitante. Todo aquele terrível jogo de sedução deu origem, provavelmente, à meia hora mais intensa e tórrida de sexo das nossas vidas.

No dia seguinte, apresentei-me à hora marcada. O Wilson já lá estava, sentado, com a folha para consumarmos a troca de nome da moto. Eu aproximei-me e entreguei o CD. Ele quis confirmar, pensava que estava a fazer bluff. 

Ligou o portátil e ficou vidrado ao ver a Gabriela nua, a tocar-se, a acariciar-se, a penetrar-se. Naquele momento, ele foi obrigado a assinar a declaração de venda. Eu acabava de ganhar uma moto de 15 mil euros… yuppiiiiii….

Pois, mas as coisas não ficaram por aqui, o Wilson não soube perder, e totalmente enfurecido por ter perdido a moto, divulgou todas as fotos da Gabriela pela escola e pela internet. E quando a noticia se espalhou, ela e os pais foram obrigados a mudar de cidade… Nunca mais consegui falar com ela, não sei onde vive, nem o que faz…

A única recordação que guardo dela, são aquelas famigeradas fotografias…

Foto: M. Deutsc (Corbis.com)

* Porta Encostada



A vizinha do meu apartamento era mais velha do que eu, mas ela olhava para mim de um modo especial. Nós apenas trocávamos simples cumprimentos. No entanto, sempre que nos cruzávamos, sentia que ela me comia com os olhos, e tirava todas as medidas do meu corpo.

Eu ficava sempre a pensar se era a minha imaginação a funcionar ou se ela se sentia atraída por mim. Ela era proprietária de uma rede de cabeleireiros na Linha de Sintra, com lojas em Queluz, Massamá, Cacém e Mem Martins, no entanto eu nunca a vi acompanhada com ninguém, ela estava sempre sozinha. Parecia ser uma mulher bastante independente.

Naquele final de tarde, quando eu regressava a casa, achei estranho o facto da porta da casa dela estar apenas encostada, e fiquei preocupado, pois não ouvia barulho, nem via ninguém. Ousei entrar. Teria acontecido alguma coisa? A casa teria sido assaltada?

Entrei e ouvi o barulho a vir do Wc e perguntei em voz alta: ”Quem está ai? Vizinha, está tudo bem?” E nesse momento, ela abriu a porta, e todo aquele vapor, com um doce aroma, se espalhou pela casa. No meio daquele nevoeiro, apareceu ela, totalmente enrolada num lençol de banho, e com o cabelo molhado.

Ela assim que me viu, ali à sua frente, no corredor de sua casa, deixou cair a toalha de banho no chão, deixando aquele corpo totalmente nu à minha frente. Aquilo foi sem dúvida um convite.

Não sei bem o que se passou na minha cabeça, mas cheguei junto dela e toquei-lhe. Ela não reagiu. Agarrei-a e levei-a para o quarto. Deitei-a na cama, e sem trocarmos uma única palavra, penetrei-a de uma forma forte e intensa, que fez com que ela libertasse um forte gemido. 

Talvez tenha sido bruto, mas ela estava bem preparada para me receber dentro do seu corpo. Peguei num pedaço de tecido que estava em cima da mesa-de-cabeceira, e amordacei-a, de modo a ela não fazer mais barulho.

Não sei o que passou pela minha cabeça, mas aquela mulher despertou em mim, um forte instinto animal, e eu queria usar e abusar daquele corpo. Aquele momento quase parecia uma violação, com a vítima a autorizar. Os gemidos agora eram mais contidos, mas apenas o facto de sentir a sua excitação, era a prova que todo o meu desejo e prazer estavam a ser correspondidos. Eu mandava, o corpo dela era meu.

Senti que aquela submissão estava a provocar-lhe orgasmos consecutivos, pois o tremer das suas pernas, juntamente com os gemidos contidos, não me passavam despercebidos.

Acabei por penetra-la onde não existia lubrificação, mas não senti que o corpo dela me rejeitasse, muito pelo contrário. Ela gostou, e iniciou um movimento mais intenso com a cintura, sendo ela a impor o ritmo. Ela resistia a tudo.

O meu corpo é que já não conseguia resistir a muito mais, e desse modo acabei por lhe tirar a mordaça da boca. A sua boca ficou livre por muito pouco tempo. Ela chupou-me de forma intensa, e agora era ela que estava a abusar de mim, sem piedade. Fui sugado, com a minha excitação tocar-lhe bem fundo, na sua garganta.

Era impossível conseguir resistir a uma mulher daquela maneira, e acabei por lhe oferecer todo o meu quente prazer. Naquele quarto viviam-se um ambiente quase pornográfico.

Mais calmo, e eu pedi-lhe desculpas por aquele meu comportamento animal e quase violento, que não fazia parte da minha personalidade. Ela riu-se para mim e disse-me: “vou deixar a porta, muito mais vezes encostada…”

Foto: Angelo Cavalli (Corbis.com)

* Nódoas de Prazer




Na minha rua vivia a Érica.  Ela era mais velha do que eu quatro anos. Da janela do meu quarto, eu estava sempre atento às suas chegadas e às suas saídas de casa. Eu adorava vê-la passar. Muitas vezes chegava no carro do namorado, outras vinha de mota com ele, mas quase sempre chegava a pé e sozinha.

Ela normalmente usava uma roupa simples e descomprometida, umas calças de ganga, ténis e t-shirt. Eu adorava as calças que ela usava, sempre bem justas ao corpo, de forma a salientar todas as suas curvas.

Ela muitas vezes andava com a barriga e o umbigo à mostra. Eu ficava louco. Sempre que me cruzava com ela na rua, eu ficava corado, e envergonhado. Ela olhava para mim e sorria. Em cada passo que ela dava, o seu corpo movia-se em torno do movimento da sua cintura, que balançava de um modo quase mágico.

Eu sabia que ela chegava da faculdade, todos os dias entre as 17h e as 17h20, e como a essa hora eu estava sempre sozinho em casa, ficava sempre junto da janela para a ver passar. Ao chegar aquela hora, a minha imaginação despertava em mim uma tremenda excitação, e assim que eu via a Èrica a fazer a curva no final da rua, ajoelhava-me junto da janela, com o queixo pousado no parapeito, e com os olhos fixos nos movimentos do seu corpo.

A minha mão direita agarrava o meu desejo, e impunha o ritmo que os meus olhos viam na cintura dela.  Assim que ela passava em frente à minha casa, e ficava de costas, eu fixava os meus olhos naquele rabo perfeito, e libertava todo o meu desejo e prazer.

Este ritual repetia-se todos os dias. Sempre. No entanto, certo dia, fiquei surpreendido, pois enquanto eu observava a Érica, ela entrou dentro do meu quintal, e tocou à minha campainha. O que será que ela queria? Será que ela se apercebeu do meu ritual diário? 

Desci ao Rés-do-chão e abri a porta. Eu ainda estava duro. A Érica olhou para mim, riu-se e perguntou-me: “não preferes fazer aqui, comigo mesmo à tua frente?”. A minha reacção foi fugir de vergonha, sem dizer uma única palavra. Deixei a Érica para trás e a porta aberta, subi as escadas e fechei-me no meu quarto. Como é que ela sabia? Como é que ela descobriu?

No dia seguinte, alterei o meu ritual, mas a campainha voltou a tocar. Era ela. Desta vez eu já estava menos envergonhado e conversamos um pouco. No dia seguinte novamente, e depois novamente. O meu ritual passou a ter a Érica em minha casa todos os dias, à mesma hora.  

Ela parava na minha casa e aproveitava para fumar o ultimo cigarro antes de ir para casa, visto os pais não saberem que ela fumava. Eu ficava sempre fascinado com a presença dela, e a cintura dela continuava a deixava-me louco. O meu olhar fixava-se e dali não queriam sair. Certo dia, ela olhou-me nos olhos, e com um ar sério, voltou à pergunta do primeiro dia: “Não queres fazer aqui à minha frente, o que fazias todos os dias, sempre que eu subia a rua?” Fiquei corado, paralisado e sem resposta. Ela sabia mesmo. Mas como?

Ela percebendo-se do meu embaraço, veio na minha direcção, e fez descer as minhas calças, deixando-me nu, da cintura para baixo. Os seus dedos envolveram-me, recolhendo a pele que envolvia o topo do meu desejo. Eu estava paralisado e fora de controle. 

Não sei qual seria o desejo da Érica, mas ela ajoelhou à minha frente, com um olhar atrevido muito próximo de mim. Agarrou-me com força, e aproximou a boca, com a clara intenção de tocar com os seus lábios ali mesmo, onde eu queria. Não consegui resistir, e o meu corpo libertou de uma forma precoce e descontrolada um forte e intenso impulso quente, que se depositou na sua t-shirt.

Ela ficou furiosa, com as nódoas que eu tinha acabado de lhe provocar na roupa. Era naquele estado que ela tinha de entrar em casa, e enfrentar a mãe. Ficou irritada, e saiu de minha casa a gritar e a discutir comigo. Nunca mais voltou. Certamente aprendeu, que há insinuações e provocações demasiado perigosas de fazer a um rapaz inexperiente e virgem…

Foto: Greg Vote (Corbis.com)