* Segredo Espanhol


A Diana era a melhor amiga da minha ex-namorada, e isto tornava a nossa amizade estranha, pois eu sabia todos os segredos dela, e ela, todos os meus segredos. No entanto, esta informação ficava bem guardada, pois não podíamos confessar o conhecimento destas informações. 

Muitas vezes, profissionalmente, eu tinha de passar o fim-de-semana em Braga, nos armazéns da empresa, e fazia a viagem na sexta-feira à noite, e regressava no Domingo. Como os pais da Diana viviam na Trofa, ela fazia a viagem comigo, e aproveitava esses dias para regressar às origens, a baixo custo.

No entanto, naquela sexta-feira, a viagem foi terrível e demorada, devido à forte chuva. Devido ao mau tempo, estávamos a demorar praticamente o dobro do tempo que seria normal, e esta demora acabou por justificar que a nossa conversa entrasse por alguns dos nossos segredos. 

Eu achei muito engraçado, que pelo facto de ela ser super fã do António Banderas, ela sonhava ter uma experiência com um homem espanhol, e isto era um segredo que eu não sabia. Devido ao cansaço provocado pela viagem, decidi parar o carro na Área de Serviço de Antuã, para tentar retemperar forças. E foi ali que me deparei com um espanhol, que não desviava o olhar da Diana. Bela coincidência. Seria uma boa oportunidade para ela realizar o seu desejo?

Pensei bem, e pelo seu olhar, ele tinha gostado muito da Diana, e assim, ousei falar com ele. Ele chama-se Iker, tinha 26 anos e era camionista, e quando eu lhe falei do que tinha pensado, ele aceitou de imediato, apenas com a limitação que tinha de seguir viagem para Gijon, dentro de uma hora.

Para começar, levantou-se um problema: o sítio. O Iker disse-me que o camião estava vazio, por isso, espaço não faltava. O Iker foi primeiro, e eu convenci a Diana a ir comigo, sem ela saber para onde, nem sequer o que fazer. Demos uma corrida rápida, e entramos os dois pela porta de trás daquele camião. Foi uma surpresa total para ela. Lá dentro, o Iker aguardava por nós, e ela quando o ouviu falar corou, ela adorava espanhol.

Naquele camião acabou por acontecer tudo. O corpo musculado dele, misturado com o sotaque espanhol, fez a Diana entregar-se de uma forma inesperada e surpreendente. Foi estranhamente excitante, ver a minha amiga ser penetrada por aquele homem desconhecido, aliás, eu também estava a absorver pela primeira vez, a imagem do seu corpo nu. 

A chuva na rua não acalmava, e a Diana e o Iker também não, e eu, acabei por me aproximar dos dois. Comecei a tocar naqueles dois corpos nus. Se a minha mão direita tocava no corpo da Diana, a minha mão esquerda percorria o corpo do Iker. Aqueles corpos estavam muito quentes e transpirados.

Aquele espanhol não saía de dentro do corpo dela, e eu beijava o peito da Diana, e tocava no peito dele. A minha mão acabou por ser mais atrevida, e desceu até ao sítio onde tudo acontecia. Senti-o duro, e molhado, e com dois dedos, fiz a forma de um “V”, tocando no corpo dela, como que balizando o sítio onde ele tinha de entrar. Ela fervia, e o contacto dos meus dedos, ainda fez subir mais a temperatura do seu corpo. Eu fiquei ali a sentir o embate do corpo dele, e a sentir a fricção dos seus movimentos nos meus dedos.

Confesso que eu estava a perder o controlo, e a minha língua quis ficar no centro das atenções. O Iker parou os movimentos, mas não saiu de dentro dela. A minha língua, de uma forma ousada, fez o caminho do pecado, isto é, começou no sítio rugoso, onde ele tinha tudo bem guardado, depois fez um caminho bastante duro, e acabou no sítio mais secreto e misterioso do corpo da Diana. Nunca tinha percorrido assim um homem, mas excitava-me sentir assim o sabor de uma mulher, num sítio tão duro. 

Voltei a repetir aquele percurso mais três vezes, e a minha língua acabou por sentir uns impulsos fortes, sinal que aquele homem estava a sentir algo de muito bom, e estava a direccionar tudo para dentro dela. Ele vibrava, e a minha língua seguiu aquele impulso, terminando numa deliciosa terminação nervosa do corpo da Diana. Chupei e lambi ferozmente aquele sitio… ela delirou… Na minha língua, eu já não conseguia distinguir a diferença entre o sabor de homem ou mulher.

Tudo o que aconteceu naquele camião foi um segredo só nosso… um segredo que nunca poderíamos contar a ninguém… E assim, naquela estação de serviço, escrevemos o “Segredo Espanhol” das nossas vidas…


Foto: _ (Corbis.com)

* Quase Vizinhos




Descobri numa rede social a Ana Rita. Ela tinha a mesma idade que eu, vivia perto de mim e tinha alguns amigos em comum. Será que era a Ritinha que tinha sido minha colega quando eu tinha 14 anos? Ela não tinha uma foto explícita, mas percebia-se que era loira… Ousei convidar, na esperança de reencontrar essa velha amiga…

Alguns dias depois o convite foi aceite, e assim todas as fotos ficaram disponíveis para visualização. As notícias não foram as melhores, pois não era a pessoa que eu esperava. No entanto, decidi justificar o meu convite, e acabamos por trocar algumas palavras. Facilmente percebi que se tratava de uma mulher culta e interessante.

Ter amigos virtuais desconhecidos, é uma boa forma de desabafar alguns problemas que sentimos na nossa vida, e que temos vergonha de desabafar com os amigos mais próximos. A Rita usou-me para desabafar. Ela era casada com o Afonso, e ele estava afogado em trabalho, e todos os dias ele levava alguns trabalhos para casa, para ficar até tarde sentado na mesa da sala. Todos os dias a Rita adormecia antes do Afonso chegar à cama.

Ela confessou-me sentir-se frustrada com falta de atenção e falta de carinho. Como seria possível um homem trocar o trabalho por uma mulher tão interessante, inteligente e bonita como a Rita?

Naquela noite invernosa, o Afonso trabalhava na mesa da sala, como sempre, e a Rita estava no sofá, com o computador em cima das pernas. A nossa conversa aqueceu, quando começamos a falar das nossas férias de verão, e trocamos fotos nossas na praia. A imagem dos nossos corpos com menos roupa foi o “click” para trocarmos palavras mais ousadas. A Rita demonstrou ao Afonso o desejo que estava a sentir, mas mais uma vez não foi correspondida: “Hoje não, estou cansado e ainda tenho aqui muito trabalho…

Ela ficou furiosa, e pronta a explodir. Eu, de forma espontânea e irracional, ofereci-me para resolver o seu problema, pois as fotografias que vi do seu corpo naquele bikini vermelho, colocaram a minha imaginação num ponto sem retorno. Perguntei-lhe, no meio de dois smiles: “ Queres que vá ter contigo? ” … e ela respondeu-me em CAPS LOCK: “VEM, DEPRESSA”.

Eu já sabia onde ela vivia, e fui. Éramos quase vizinhos. Em menos de dez minutos cheguei à porta do prédio dela. A Rita disse ao Afonso: tenho de ir ali abaixo, procurar uma coisa no carro…”

Foi o que aconteceu, pois ela entrou acelerada no meu carro à procura de prazer. O carro ficou parado debaixo das árvores, nas traseiras do prédio. Comigo sentado no lugar do condutor, ela sentou-se ao meu colo, como se fosse ela a condutora. Por debaixo daquele vestido, não existia mais nenhuma peça de roupa, e com ela agarrada ao volante, eu facilmente entrei dentro do seu corpo, com as minhas mãos na sua cintura.

Passamos os dois para o banco de trás, ela sentou-se no meio, deixou-se cair para trás e colocou os pés nos apoios de cabeça dos bancos da frente. Eu fiquei de joelhos no meio das suas pernas, numa posição perfeita para entrar e sair de dentro do seu corpo, com a força que eu pretendesse. Fui intenso, e dei-lhe forte. Fui devorador e faminto.

Cada vez mais forte, foi impossível resistir à profundidade daquela mulher. Ela parecia insaciável, mas acabou por render-se ao simultâneo momento de prazer que vivemos os dois. Foi divinal deixar tudo dentro dela. Penso que ninguém no exterior percebeu o que se passou dentro do meu carro, pois a chuva na rua estava bastante forte, e os vidros ficaram embaciados.

A Rita correu em direcção à entrada do seu prédio para fugir da chuva, com tudo o que deixei dentro dela. Em casa voltou para o computador onde iríamos continuar a nossa conversa. Quando entrou em casa, o Afonso perguntou-lhe: “Encontraste o que foste procurar no carro?

Foto: David Harrigan (Corbis.com)

* Pequenas Reparações



A Ermelinda divorciou-se há alguns meses e agora vivia apenas com o pequeno Gonçalo, o seu filho de 11 anos. A Linda era amiga da minha prima desde o tempo da escola secundária e mais velha que eu alguns anos.

Em conversa, ela confessou que necessitava de alguém para fazer uma pequenas reparações em casa, coisa que normalmente era o ex-marido que fazia. Eu decidi ajudar, obviamente sem qualquer custo.

E assim foi, combinei com a Linda no fim-de-semana em que o pequeno Gonçalo estava com o pai, para poder trabalhar mais à vontade, sem a criança andar por perto a atrapalhar. Os trabalhos também não eram complicados, mas alguns eram demorados, a torneira da cozinha estava a pingar, a imagem da tv estava com chuva, o puxador da porta da sala estava solto…

A Linda estava a ser uma querida para mim, era uma mulher que eu conhecia desde criança, mas nunca tinha estado assim com ela. É carinhosa, meiga, boa conversadora. No sábado ao final da tarde, quando já tinha tudo reparado, perguntei se não faltava nada, e ela, com um ar meio tímido, pediu-me para tentar perceber o que se passava na cama dela.

As traves de madeira da cama, estavam a ficar soltas, e a cama fazia muito barulho, quando ela se mexia em cima do colchão. Deitei-me de barriga para cima, com a cabeça debaixo da cama para tentar perceber o problema. A minha barriga ficou visível.

Senti que aquela minha posição a perturbou. Os olhos delas brilhavam e estavam vidrados a olhar para o meu corpo. Nesse momento eu pedi-lhe o martelo, e quando ela se baixou para me entregar, ficamos durante uns segundo a olhar um para o outro, e involuntariamente trocamos um beijo.

Atrapalhados, fingimos nada se ter passado e acabei por terminar o meu trabalho. Pedi-lhe para verificar se a cama já estava melhor, e nesse momento em que ela se deixa cair sobre o colchão, puxou o meu corpo que caiu sobre o dela. Os corpos colaram-se e os nossos lábios também. Foi nessa altura que reparei, que agora é que ia começar o principal trabalho deste fim-de-semana. Enquanto os nossos corpos rebolavam em cima daquela cama, e as peças de roupa iam sendo tiradas, a Linda confessou-me que não estava com um homem desde que se separou, e precisa que voltar a sentir a força masculina dentro dela.

Senti nesse momento uma forte vontade de a satisfazer. Ela assim que retirou toda a roupa do meu corpo quis saborear toda a minha pele. A sua língua percorreu o meu corpo. Ela sabia onde lamber, onde morder e onde chupar. Depois de ela saborear todo o meu corpo, e de colocar tudo dentro da sua boca, foi a minha vez de sentir o seu sabor. Quase fiquei com a língua dormente de tanto a esfregar naquele poço de desejo.

Logo de seguida foi o momento chave, quando me deitei em cima dela, e entrei por completo dentro do seu corpo. Não sei se seria por carência, ou simplesmente por desejo, mas nunca tinha estado dentro de uma mulher que me transmitisse assim uma sensação de prazer. O seu corpo vibrava intensamente. Foi fantástico sentir a explosão que aquele corpo transmitiu ao meu. Tudo que ela tinha acumulado foi-se libertando. Minuto a minuto, e em cada impulso que o meu corpo lhe oferecia, ela vibrava com cada penetração.

Ofereci-lhe tudo o que ela quis, e não foi só uma vez. Acabei por passar essa noite na casa dela, a testar se as traves da cama tinham deixado efectivamente de fazer barulho. Afinal, a grande reparação que tive de fazer, foi recuperar a sensação de prazer que ela tinha perdido...


Foto: Felix Wirth (Corbis.com)

* Amigos com Benefícios

A Lúcia era minha amiga há vários anos, e desde que terminou a sua relação com o Luís, ela procurava em mim, apoio e conselhos masculinos. 

Naquela semana, ela pediu-me ajuda para comprar uma prenda de aniversário para o seu sobrinho, que fazia 15 anos, e combinamos: sexta-feira. O local de encontro escolhido foi a entrada do meu prédio, depois de eu sair do trabalho, e seguíamos a pé, até ao shopping no centro da cidade.

No entanto, surgiu uma situação inesperada no meu trabalho, e eu atrasei-me mais de uma hora. Ela coitada, ficou ali todo aquele tempo à minha espera, e eu não consegui avisa-la. Cheguei todo sujo, e precisava urgentemente de tomar um duche rápido e mudar de roupa. Pedi mil desculpas à Lúcia, e convidei-a a subir, para aguardar mais um pouco por mim. Ela sentou-se na sala, e eu disse para ela ficar à vontade, que eu ia ser muito rápido.

Ela ficou no sofá, mas eu esqueci-me de tirar de cima da mesa, um livro com fotografias eróticas, de um amigo meu fotógrafo. Era livro com corpos nus, de homens e mulheres, com fotos detalhadas de corpos masculinos. Nu artístico de grande qualidade. Fiquei esperançado que ela não desfolhasse aquele livro, e tentei ficar pronto o mais rápido possível.

Quando cheguei à sala, o livro estava aberto, e a Lúcia foi ousada, sorriu e comentou: “pensei que vinhas vestir-te aqui junto de mim” Sorri, mas não respondi. Será que as imagens daquele livro fizeram despertar desejo mais íntimo? Ela estava sozinha há mais de três anos, e durante todo este tempo, nunca mais tinha estado com ninguém. 

Eu assumi aquelas palavras com uma simples brincadeira, mas rapidamente percebi que ela estava efetivamente atrevida, pois mal chegamos à rua, ela voltou a dizer-me: “depois do tempo que já me fizeste esperar hoje, tu devias compensar-me, não achas?”Confesso, que por vezes, sou um homem bastante tímido, e aquelas palavras deixavam-me sem jeito, e sem saber o que responder. No caminho até ao shopping, ela foi insinuando diversas vezes que queria alguma coisa comigo. O que é que eu fazia? Respondia? Ignorava?

Não estava a ser nada fácil gerir os impulsos femininos da Lúcia, e foi já de noite, com a prenda comprada e de regresso a casa, que eu não consegui controlar-me. Na rua mesmo atrás da minha casa, a Lúcia lançou mais uma observação: “passei este tempo todo a oferecer-me… mas já vi que não tenho sorte…pensei que fosses mais homem”. Aquela frase irritou-me, e eu encostei a minha amiga à parede, sem saber o que lhe fazer.

Ela aproveitou o momento e roubou-me um beijo, intenso, molhado e demorado. Nem imaginam o que aquele beijo provocou no meu corpo. Fiquei descontrolado e irracional. Como é possível perder o controlo de uma forma tão fácil? A porta daquele prédio estava aberta, e entramos naquele vão de escadas, para não perder tempo nesta entrega. 

Tudo foi rápido, e o perigo era iminente, pois alguém podia entrar ou sair daquele edifício. Pela primeira vez eu entrei assim dentro de uma simples amiga, sim, porque a Lúcia era apenas uma amiga. O que é certo, é que aquilo estava a dar-me um gozo tremendo. A Lúcia entregou-se por completo, voltando a sentir um homem dentro do seu corpo.

Não existia amor entre os dois, por isso, o que estava a acontecer não era “fazer amor”, por isso o que aconteceu foi “sexo puro” e delicioso. Afinal qual era o verdadeiro significado daquele momento que estávamos a viver? 

Tornamo-nos ainda mais amigos, mas com benefícios, e aproveitamos para saborear o verdadeiro pecado da carne. Sentimos aquela sensação que todos os seres humanos adoram sentir, e que buscam quase diariamente, e se chama “Orgasmo”. O que isto tem de errado?

Foto: _ (Corbis.com)

* Horas Extras


À Sexta-feira, o horário da saída daquela empresa era cumprido escrupulosamente por todos, mas eu estava com azar. Tinha um projecto muito importante entre mão que tinha de acabar com a máxima urgência.

Fiquei sozinho no escritório, desliguei o telemóvel e fiquei a fazer as últimas impressões de modo a conseguir completar o conjunto final do projecto.

Aproveitei que estava tudo mais calmo e desci até ao piso de baixo, junto à entrada do edifício, para tirar qualquer coisa da máquina de comida. Reparei que à entrada da empresa ainda estava o Ford Focus do marido da Liliana. Aguardava por ela.

Quando voltei a subir fui verificar se ela ainda estava no seu gabinete, para a avisar que o marido esperava por ela. Quando me aproximei, rapidamente constatei que não era o único na empresa. Ousei espreitar…

Deparei-me com um belo espectáculo. Ela deitada em cima da sua secretária com as pernas em cima dos ombros do Fabrice, um dos directores franceses da empresa. Vários papeis espalhados pelo chão, ela com o prazer estampado no rosto e ele com um ar de glória…

O Fabrice era um homem charmoso, simpático, elegante e bem vestido, sempre muito admirado por todas as mulheres da empresa. Tinha uns olhos verdes que as deixavam loucas. Mas apesar de todo este sucesso no universo feminino, nunca o imaginaria nos braços da Liliana, uma mulher inteligente e bonita, que normalmente não perdia tempo a dispensar um sorriso a qualquer homem, e sempre demonstrou ter um casamento estável e feliz…

Fiquei a observar pela porta entreaberta. A língua dele percorria toda a sua intimidade, bem devagar, parecia estar deliciado. Ela gemia, baixinho, mas gemia. Ele penetrava-a com dois dedos, simultâneamente presenteá-la com a sua língua, enquanto a mão tinha disponível percorria a barriga e o peito daquela mulher. 

Ela estava apressada e agitada, sabendo que o marido a esperava. Talvez tenha sido esta sua ansiedade que a colocou na melhor posição, para ele a penetrar profundamente.

Ele não estava a ser nada meigo com ela, penetrava-a com alguma intensidade. Se ele tinha a mão esquerda na cintura dela, a sua mão direita segurava-lhe o cabelo.

Ela nunca se queixou de tanta agressividade, e até parecia satisfeita com aquele comportamento bruto, soltando apenas gemidos mais fortes. Ele pegou-lhe ao colo, e sentou-a em cima da fotocopiadora, e ela envolveu a cintura dele com as suas pernas, enquanto ele não mostrava sinais de ternura, enquanto entrava e saia do seu corpo. Tudo era permitido naquele escritório.

Percebia-se que aquele francês queria tudo do corpo de uma mulher, então retirou-se de dentro daquela zona do corpo dela, e colocou-a a jeito, e entrou um pouco mais ao lado. Percebi que a penetração foi um pouco mais difícil, mas a Liliana nunca se fez de difícil, nem nunca disse que não. Ao fim de alguns minutos percebia-se que ele já tinha encontrado o ritmo certo, e continuou sempre sem parar aquele entre e sai continuo.

Eles nem imaginavam que eu estava ali fora a assistir aquele espectáculo, que também já me estava a deixar quente, mas foi naquele momento que eu senti que o francês regressou ao sítio original, e deixou tudo dentro do corpo dela. Tentei olhar com mais pormenor, e consegui ver ainda o líquido dele a sair do corpo da Liliana. Estavam os dois ofegantes depois de uns minutos tão intensos.

Depois de saciar a sua loucura, ela rapidamente se vestiu, arranjou o cabelo e saiu em passo acelerado pelas escadas abaixo, para os braços do marido. Espreitei pela janela, vi-os a beijarem-se demoradamente e arrancaram…

Foto: Morgan David de Lossy (Corbis.com)

* Presencialmente Irresistível


Tudo começou com um sms enviado para um número errado. Foi naquele final de tarde que recebi uma mensagem no telemóvel a pedir um conselho, aparentemente sentimental, de um número que eu desconhecia. Facilmente percebi que se tratava de um equívoco, mas ousei responder.

Foi assim que começou o nosso vicio, e começamos a trocar constantes mensagens. Tudo foi assunto, trabalho, saúde, amor, frustrações e desejos. Do nada, tornamo-nos cúmplices.

Geograficamente estávamos longe, mas emocionalmente muito perto. Eu vivia em Lisboa e a Sílvia numa quinta perto de Peso da Régua. Tínhamos ideias e objectivos diferentes de vida, e era isso que tornava interessante as nossas conversas. Eu era um homem citadino, e ela uma mulher dedicada às suas raízes. Ela era formada em arqueologia, mas dedicava-se quase em exclusivo à produção de vinho, na sua quinta secular.

Não será difícil explicar que ficamos curiosos em estarmos juntos, ficar cara-a-cara, e passados alguns meses, os quilómetros não forma um obstáculo, e eu rumei ao norte, com o objectivo de para passar umas horas com a Sílvia.

Tínhamos combinado um passeio pelas paisagens do Douro, que acabou por não acontecer. Quando cheguei junto dela, fiquei deliciado com o brilho do seu olhar. O beijo que demos no rosto, foi o sinal do nosso desejo, com força que foi dado, e quase a tocar no canto da boca.

Fiquei fascinado com a paisagem do local, e a quinta da Sílvia era linda, numa paisagem encantadora, marcada claramente com a produção de Vinho do Porto. Foi a caminho da adega, debaixo de uma pequena pérgula, onde as folhas secas caídas já cobriam o chão, que nos entregamos.

Nós já sabíamos tudo um sobre o outro, e qualquer conversa seria repetida, e os nossos corpos pediram para explorar o que ainda não conhecíamos. Ficamos deliciados um com o outro, e criamos um momento mágico, numa paisagem tão perfeita, como as sensações que estávamos a sentir.

Com tanta coisa que eu já sabia sobre ela, foi fácil imaginar o modo que ela mais gostava, e toquei-lhe onde ela queria ser tocada. Não foi preciso falar, e no silêncio daquela paisagem bucólica, os nossos corpos encaixaram-se num doce encanto. Eu por cima e ela por baixo, olhos nos olhos, meti tudo dentro dela, e facilmente percebi que ela gostava daquela sensação de preenchimento completo. Sem tirar nada, iniciei o ritmado movimento da minha cintura. Ficamos os dois focados naquele momento.

A sensação de preenchimento prolongou-se de um modo meigo e carinhoso, e muito apreciada pelos dois, mas quando eu senti que estávamos num ponto sem retorno, as minhas mãos seguraram as mãos da Sílvia, beijei-a deliciosamente na boca, e ofereci-lhe a intensidade e a força dos meus movimentos, proporcionando-lhe a veloz sensação de entrada e saída do seu corpo. Fomos incrivelmente cúmplices naquele momento. Naquela tarde, não tinha muito mais tempo para ali ficar, e tive de regressar a Lisboa com uma recordação inesquecível das paisagens do Douro.

Depois daquele dia, o nosso vicio das mensagens continuou, ainda mais intenso, desvendando todos os pormenores das nossas vidas, mas pessoalmente, até hoje, só conseguimos estar juntos mais três vezes… para voltarmos a não resistir, e voltar a acontecer tudo, deliciosamente como na primeira vez… engraçado, que presencialmente pouco falávamos, e só conseguíamos conversar por sms…

Foto: Wavebreak Media (Corbis.com)

* Por Detrás de um Reencontro


A Marília era alguém que nunca imaginava que poderia reencontrar, pois no dia em que estivemos juntos, foi o ultimo dia que ela esteve em Portugal. Ela estudou Administração em Lisboa, e quando terminou o curso regressou ao Brasil. No entanto, aquele dia ficou marcado de uma forma especial para os dois.

O que é certo, é que dois anos depois o nosso olhar voltou a cruzar se, desta vez em Guimarães. A Marília estava a fazer um estudo numa empresa Brasileira que estava a implementar-se no mercado europeu.

Nós ficamos os dois a olhar um para o outro, um pouco sem reacção, sem saber o que dizer. Eu ganhei coragem, cheguei junto dela e perguntei se ela ainda se lembrava de mim. Ela envergonhada disse prontamente: “… como poderia esquecer…

Pois, eu também nunca me esqueci daquele dia, e para conversar um pouco mais à vontade convidei-a para jantar nessa noite. Ela aceitou, com a condição que o jantar ser em sua casa. Tudo bem. Ela estava a viver numa casa antiga, na Praça de Santiago, mesmo no centro histórico da cidade. Aquela casa respirava história.

Nós os dois depois do jantar, ficamos a conversar um com o outro, pois apesar do momento quente que tínhamos vivido em Lisboa, nós não nos conhecíamos, não sabíamos nada um do outro. O que é certo, é que descobri que a Marília era uma mulher super interessante e inteligente, no entanto ela não consegue explicar o que aconteceu naquela tarde junto ao Tejo. 

Ela é uma mulher tímida e discreta, mas naquele dia sentiu um forte desejo por mim, e sentiu que não queria sair de Portugal sem sentir o verdadeiro sabor de um homem português. O que é certo é que ela adorou, e nunca mais se esqueceu.

Eu senti que aquelas palavras serviram de pedido para repetir tudo o que tinha acontecido, mas agora de uma forma mais calma, com mais ternura e com muito menos perigo. E calmamente, a nossa conversa terminou, ela ligou a sua música preferida, e a roupa foi saindo dos nossos corpos. No meio de dois beijos, ela sussurrou-me ao ouvido: “desde aquele dia, nunca mais tive com nenhum homem…

A entrega foi total, a união entre Portugal e o Brasil foi feita entre os nossos corpos. O encaixe era perfeito e parecíamos feitos um para o outro. Tudo feito com muita calma e ternura, fazia o sabor do prazer perdurar Cada centímetro meu que entrava dentro do seu corpo era maravilhoso, e ela queria sempre tudo dentro de si, adorava sentir se preenchida, sempre preenchida na totalidade.

E foi num desses momentos, em que eu estava completamente dentro do seu corpo, que ela me fez um pedido secreto: “- Já que os nós corpos se encaixam tão bem… acho que você é o homem certo para me penetrar onde eu nunca fui penetrada…” Eu fiquei sem reacção para aquele pedido inesperado, mas aceitei o desafio. Excitava-me a ideia de ser o primeiro.

De modo a tudo correr bem, tudo foi bem lubrificado, de forma a ser suave e mais saboroso. Ela adorou o toque do meu dedo, a confirmar o local certo. Delirou com a sensação de algo molhado a começar a entrar dentro do seu corpo. E calmamente entrou, bem devagar entrou tudo. Mais uma vez preenchi o corpo da Marília por completo. 

O movimento da sua cintura pedia-me mais ritmo. E assim aconteceu, acelerei o ritmo e coloquei dois dedos dentro de uma zona do seu corpo que estava incrivelmente quente e onde eu já tinha estado. Preenchi aquele corpo o máximo que consegui e levei-a à loucura. A palavra prazer estava escrita nos seus olhos. Ela gritou, berrou e delirou. Nada mais poderia entrar dentro de si. Ela estava totalmente preenchida. Eu ofereci-lhe tudo, e ela adorou ver tudo a sair de dentro de mim. 

Naquela casa mais uma vez escreveu-se história, uma história por detrás de um reencontro, e um reencontro é sempre tão especial e saboroso, não é?

Foto: Chris Rogers (Corbis.com)

* Mulher do Camionista




Conheci a Vera numa simples conversa na Internet, ela era querida, meiga, simpática. Vivia perto de Fafe, e era casado há apenas 6 meses, mas o facto de ter ido viver para aldeia do marido, fez com que mergulhasse numa profunda solidão. Ele era camionista, e percorria a Europa durante a semana, e normalmente só estava em casa aos fins-de-semana, e às vezes nem isso.

A Vera refugiava-se na internet para combater a solidão, e dedicava-se a escrever poesias e pensamentos, num blog que tinha criado. Eu curiosamente comecei a frequentar esse blog e a comentar a sua escrita, de tal modo que depois de alguns comentários, e de ter disponibilizado o meu endereço de mail, começamos a conversar e trocar alguns pensamentos. Estas nossas conversas virtuais tornaram-se tão regulares, que todos os dias ao final da tarde, perdíamos horas a conversar um com o outro.

As nossas conversas acabaram por entrar em pormenores íntimos das nossas vidas. Eu era um homem descomprometido, mas a Vera, apesar de ser casada, sentia-se só, insatisfeita e com muitos desejos por realizar. Os seus 24 anos equivaliam a uma mulher em ebulição, que se tinha guardado para o seu marido na noite de núpcias, e agora não se sentia realizada, nem feliz, e com um enorme desejo de receber e oferecer o prazer que tinha guardado para ele.

Os dois estávamo-nos a tornar confidentes um do outro. Todos os pormenores e segredo que ela me contava, despertavam em mim um enorme desejo de a conhecer e de estar com ela, mas o facto de estarmos separados por muitas centenas de quilómetros, sempre foi um obstáculo racional para nunca ter acontecido nada carnal entre os dois.

Começamos a ter longas conversas ao telefone, que prolongávamos, já deitados na cama. O que é verdade, é que as conversas começaram a ser excitantes, aquela voz doce e meiga, transbordava desejo e tesão. Estávamos quentes e desejosos de prazer, mas a distância era muita. Quando lhe confessei que estava duro só de ouvir a sua voz, foi a gota de água para ela me confessar o estado em que se encontrava, e o sítio onde tinha a sua mão. Acabamos por trocar fotos íntimas…

Ela começou a pedir-me que me tocasse suavemente com a ponta do dedo, debaixo para cima, e que imaginasse que fosse a sua língua, e que depois o apertasse com força imaginado que fosse seus lábios. Nunca imaginei ouvir aquela mulher tímida a dizer tantas ordinarices e palavrões ao meu ouvido, e ouvi-la a gritar o meu nome, enquanto me implorava que entrasse dentro dela com força. Pura imaginação. Ela fez questão de aproximar o telemóvel da sua zona mais íntima, de modo que eu conseguisse ouvir o barulho da sua excitação e o som do movimento do seu dedo. Eu ouvi e adorei aquele som molhado.

Fiquei doido com aquele som, e quis atingir o meu momento máximo de prazer, em simultâneo com a Vera. E assim foi, quando ela me avisou que estava a atingir o orgasmo, a sua voz alterou-se e a respiração acelerou. Ela gritava o meu nome, no meio de muitos palavrões. Eu acelerei o meu ritmo, a atingi o prazer em simultâneo com ela, imaginado a magia do corpo daquela mulher. No final ficamos sem palavras e sem reacção, em silêncio… De um lado e outro do telefone, apenas se ouvia uma respiração ofegante de prazer.

Depois daquela primeira noite, ela sempre que sentia desejo, desafiava-me. Fui acordado muitas vezes a meio da noite pelo toque do telemóvel, com aquela voz meiga a pedir-me carinho e prazer, devido à ausência do marido. Confesso que tentei muitas vezes resistir ao pecado daquela voz, mas era impossível.

Com a chegada do verão, tudo se intensificou, e foram incríveis as noites quentes que passamos em claro, onde as palavras ousadas e sons molhados, apimentaram doces momentos de prazer solitário. Será que o que ela fazia comigo era traição, sem me conhecer, sem me tocar, sem me sentir? A traição é algo muito relativo…

Foto: Vincent Besnault (Corbis.com)