* Curso de Inglês



Eu andei três anos naquela Escola de Inglês, pois os meus pais achavam que era muito importante eu dominar a língua inglesa, até porque tinham amigos influentes em Londres, e sonhavam que eu poderia vir a ter um cargo importante em Inglaterra.

Era sem dúvida uma grande ajuda, e deste modo, no secundário, eu era sempre o melhor aluno da turma, a Inglês. Naquele curso, tive sempre como colega, a Bruna, que andava no mesmo ano do que eu, mas frequentava um colégio privado, no centro da cidade.

Criamos uma bonita cumplicidade, e muitas vezes, quando as aulas terminavam, juntávamo-nos no jardim, e conversávamos em Inglês para praticar tudo o que já tínhamos aprendido no curso, e na escola.

Naquela tarde, levei à Bruna, um conjunto de fotocópias de um livro, muito bom, que o meu primo tinha trazido de Londres, e que nos ia ajudar a estudar.

Ela ficou eufórica com toda aquela informação que lhe levei, mas reagiu, de forma triste, pois não tinha dinheiro para me pagar tantas fotocópias. Eu, em tom de brincadeira, disse-lhe que o pagamento não necessitava de ser em dinheiro, e que dois beijinhos eram uma boa maneira de ela me pagar.

Ela riu-se, e perguntou-me onde eu queria esses beijos. Bem, confesso que não esperava que ela me perguntasse tal coisa, mas dei-lhe liberdade total de escolha. Ela disse que me dava um beijo no pescoço, e outro na barriga, junto ao umbigo, e mais uma vez fiquei de boca aberta, com a proposta dela, mas aceitei.

Fomos para as traseiras da casa da electricidade, pois era um sítio recatado, onde nunca passava ninguém, e ela deu-me um beijo bem demorado no meu pescoço, e depois tirou a minha t-shirt, e presenteou-me com um beijo na barriga. Ela fez questão de colocar baton, para me deixar marcado. Riu-se, olhou para mim, e perguntou-me se eu não era capaz de a beijar nos mesmos sítios. Não hesitei um segundo, retirei-lhe a parte de cima da roupa, e beijei-lhe o pescoço, e fiz a minha língua percorrer o seu peito. Senti que ela adorou, e decidi continuar, e fui mais ousado quando chupei aqueles doces biquinhos que estavam bem duros.

Ela não dizia uma única palavra, e comecei a beijar a sua barriga, o seu umbigo, e de repente, ela colocou as suas duas mãos na minha cabeça, empurrando-a mais para baixo, indicando-me o local de onde ela queria sentir a minha boca. Eu deixei-me ser guiado por ela, coloquei a minha cabeça no meio das suas pernas, fazendo subir a sua saia, de modo a sentir o tecido da sua roupa interior, quente e perfumado com o cheiro do seu desejo.

A minha língua lambeu aquele tecido, sentindo o aumento da temperatura, e sentido que ficava cada vez mais humedecido. A velocidade da minha língua aumentava, de modo proporcional à força com que ela agarrava o meu cabelo.

A minha língua lambia vorazmente aquele tecido, sem nunca tocar na carne da sua intimidade, pois aquela roupa interior criou uma barreira entre os dois. Poucos instantes depois, senti que ela tinha atingindo um ponto de prazer sem retorno, e isso era evidente no brilho dos seus olhos.

Aqueles momentos foram uma total surpresa para mim, pois eu e a Bruna apenas conversávamos sobre as aulas de inglês, e nunca tinha conversado sobre a nossa intimidade. No entanto, aquela tarde abriu-me o apetite para conhecer uma parte do corpo dela, que apenas tinha sentindo o sabor, humidade e temperatura, e que esteve sempre tapado por aquelas doces e saborosas cuecas brancas, que criaram uma barreira entre a minha língua e a sua pele.

Foto: (Corbis.com)

* Inesperado Reencontro



Foi uma relação de descobertas, num namoro de mão-na-mão. Investigamos os nossos corpos, descobrimos os nossos prazeres. As coisas avançaram calmamente com um sabor especial, e quando descobrimos a nossa intimidade na sua plenitude, quando nos entregamos por completo, ocorreu um evento que alterou as nossas vidas: a entrada na universidade.



Eu fui estudar para Coimbra e a Vanessa para o Porto. Fomos afastados pelo destino. Os nossos encontros ficaram quase impossíveis. Entretanto, numa conversa de família, descobri que o meu tio que vivia no estrangeiro, tinha um apartamento vazio no Porto, na zona da Constituição. Consegui as chaves dessa casa, e fiz uma surpresa à Vanessa. Viajei até ao Porto, esperei por ela e vivemos um reencontro delicioso. A distância aumentou o sabor do desejo.


Aquele velho apartamento foi um delicioso espaço de amor, que registou tudo o que é possível imaginar entre duas pessoas que se desejavam. Não desperdiçávamos um minuto que fosse de prazer. Eu adorava a sensação de estar dentro do corpo daquela mulher. O meu desejo por ela era tal, que todos os dias antes de dormir, colocava na minha almofada um pouco do seu perfume, para poder adormecer com o seu cheiro ao meu lado.



No entanto, a falta de tempo, fez diminuir o número de vezes que eu consegui ir ao Porto, e a nossa relação acabou por desvanecer-se, terminando de uma forma natural. O tempo passou, e acabamos por seguir o rumo das nossas vidas. Perdemos totalmente o contacto. O apartamento do Porto foi vendido. No entanto, bastante tempo depois, quando já tínhamos terminados os nossos cursos universitários, casualmente o destino cruzou-nos uns anos depois, em Braga, no Campo da Vinha.



O mundo parece pequeno, quando acontece assim um encontro totalmente inesperado. Eu não consegui acreditar que voltei a encontrar o grande amor da minha juventude. A Vanessa ainda usava o mesmo perfume. Adorei voltar a sentir aquele doce aroma reflectido no brilho do seu olhar. Foi um reencontro histórico.



Conversamos, relembramos, vivemos. Trocamos memórias de momentos inesquecíveis. Recordamos que na nossa história, faltou-nos apenas conhecer a casa de férias em Vila Praia de Âncora. Nunca tivemos oportunidade, no entanto, a chave estava ali connosco. Surgiu um sorriso e pensamos os dois no mesmo. Fomos atraídos pela força do Mar, e mesmo numa tarde de muita chuva e vento, o nosso destino foi aquela casa em frente à praia.



Tudo voltou a acontecer. Tudo se repetiu. Voltei a sentir a perfeita sensação de penetrar aquele meigo corpo feminino. De forma calma, preenchi por completo o mundo mais íntimo da Vanessa. Ela deslumbrou-se com a forma lenta como entrei e sai de dentro do seu corpo. Ofereci-lhe o momento de ficar totalmente dentro do seu corpo, imóvel, num abraço intenso. Foi nesse instante, que o seu dedo acariciou calmamente o ponto-chave do seu corpo. Sensível e estimulante.



A memória intensificou o desejo de uma forma impossível de controlar. Sem pensar, deixei tudo no seu interior, em impulsos fortes, que ela pedia em voz bem alta, intercalada com gemidos descontrolados. Era assim que ela queria, foi sempre assim que ela gostou, as minhas mãos agarrar a sua cintura e sentir penetrações fortes. Fomos mais cúmplices do que nunca. Falamos coisas tão loucas e acabamos em silêncio…



Os dois ficamos tão obcecados em reviver intensos momentos, que nos esquecemos da nossa vida quotidiana. Aquele reencontro foi um pecado, aquele reencontro foi uma traição, para os dois. Nós tivemos um comportamento de jovens descomprometidos, mas a nossa vida já tinha mudado. Ficamos desligados do mundo real até à manhã seguinte, sem pensar nas consequências deste regresso ao passado.



E agora, o nosso regresso à realidade vai ser complicado e difícil de gerir…



Foto: Autor desconhecido

* Agarrada ao Passado

Depois de ter passado toda a sua juventude a estudar num colégio de freiras, em que só passava os fins de semana em casa com os pais, a entrada na faculdade foi uma fase difícil na vida da Tatiana. Ela era uma rapariga calada, reservada, extremamente educada e com excelentes notas. Eu sentia-me atraído por ela, com o seu cabelo escuro que contrastavam com os seus olhos claros.

Fiz alguns trabalhos de grupo com ela, e tentei sempre mostrar o desejo que sentia por ela, no entanto ela ignorava as minhas investidas. No entanto, foi com a aproximação do dia de São Valentim, que senti a Tatiana mais frágil. Ela a assistir as colegas de turma a combinarem da prenda ideal para as caras-metades, deu origem a uma lágrima no seu rosto. Eu vi naquela lágrima algo triste na sua vida.

Cheguei junto dela, ganhei coragem e roubei-lhe um beijo, um beijo salgado, naqueles lábios molhados, acompanhado com aquela lágrima. Ela entregou-se por completo. E foi no final daquele beijo demorado que surgiu uma surpresa, e ela disse-me: - “acreditas que este foi o meu primeiro beijo? A primeira vez que os meus lábios tocaram assim num homem…” Senti que ela queria se entregar, ela queria ser amada, ela queria sentir-se mulher. Eu nem conseguia acreditar naquelas palavras. Seria possível um rosto tão bonito nunca ter sido beijado? 

* Noite de Tempestade




Na rua o vento não parava de soprar, e empurrava a chuva com violência para os estores do nosso quarto, e não me deixava dormir.

Ela já dormia profundamente ao meu lado.

O barulho dos relâmpagos arrepiava-me. Aquele terrível temporal deixava-me em transe… Olhei para ela. Estava com a sua mais recente roupa de dormir, que eu lhe tinha oferecido no natal. Pensei acordá-la, mas desisti. Comecei a tocar-lhe no corpo, a percorre-lo com suaves carícias, tocava-lhe no cabelo, no rosto.

Mesmo a dormir, sentia a pele dela toda arrepiada. Molhei o meu dedo no copo de água que tinha na cabeceira, e comecei a passar o meu indicador nos seus lábios húmidos, desci pelo pescoço e desci até aos seios, e cada vez que contornava o seu mamilo, sentia-a a morder o lábio. Continuei a descer suavemente até ao umbigo, e ouvia-a sussurrar para continuar. Ela já estava acordada, mas muito ensonada e sem reacção.

O meu dedo desceu rapidamente, e foi encontrar um paraíso com clima tropical, quente, e onde os níveis de humidade eram muito altos. Toquei-lhe com movimentos longos e leves, em busca do ponto mais quente, que seria a cratera de um vulcão em erupção, nesse clima tropical.

Acariciei-o com movimentos circulares, e com o dedo indicador, explorei toda a zona em seu redor. Sentia a humidade a aumentar, e o meu dedo escorregava de cima para baixo, aproveitando toda a sua viscosidade. Coloquei a palma da mão sobre o ponto mais sensível, penetrei dentro daquele quente vulcão, com um dedo, enquanto movimentava a mão, de modo a friccionar aquele ponto sensorial de intenso prazer.

Senti que um dedo era pouco, e penetrei-a com outro. Ela continuava com os olhos fechados, a saborear o presente que lhe estava a oferecer. Tinha os olhos fechados, mas estava bem acordada.

Os meus dedos entravam a uma velocidade baixa, e com um ritmo calmo e lento. Estava a adorar sentir, todos os recantos, todas as rugosidades do deu interior. E ao fim de alguns minutos, a voz ofegante dela fez-se ouvir, a pedir para ser mais intenso, mais forte e mais rápido. Obedeci.

Na rua o tempo estava mais calmo, e a tempestade parecia já ter passado, mas dentro daquelas quatro paredes, aquele vulcão estava na eminência de explodir.

Os meus dedos e a palma da minha mão aumentaram a velocidade, e comecei a sentir o descontrolo no corpo dela. Nunca a tinha presenteado com algo parecido, e estava a adorar. O interior do seu corpo fervia, enquanto saboreava a velocidade dos meus dedos, até que senti o momento, em que o seu corpo vibrou, e ela involuntariamente soltou silenciosos gemidos de prazer e satisfação. Eu tinha atingido o meu objectivo. Sentir na minha mão, todo o prazer da mulher, que eu adorava satisfazer.

Na manhã seguinte acordei sobressaltado. Ela decidiu saborear-me mole, pequeno e inerte, enquanto eu dormia. Ela quis-me sentir crescer dentro da sua boca. Quis sentir o aumentar da minha rigidez, em contacto com os seus lábios. Que deliciosa maneira de acordar. 

Eu queria acordar assim todos os dias. O movimento dos seus lábios na minha pele o tocar da sua língua em pontos-chave e o sugar da sua boca, provocou em mim, o meu mais rápido momento de prazer, que eu me lembro de ter vivido.

Ela olhou-me nos olhos, e com os lábios molhados do que eu lhe tinha acabado de oferecer, fez questão que eu visse o movimento da sua garganta, de modo a eu perceber que ela gostava de ter dentro do seu corpo, tudo o que era meu, e tudo o que eu lhe oferecia.

Foto: Vincent Besnault (Corbis.com)