Tu conheceste o meu Blog quando eu fui entrevistado num programa de radio,
onde o tema era o “Simples Atracção”.
Ficaste curiosa com o que estavas a ouvir, e foste até ao site, e perdeste
horas a ler todas as histórias que lá estavam publicadas. No final, assumindo
toda a curiosidade em conhecer o escritor de tanta ousadia, adicionaste-me como
amigo no Facebook [apenas.simplesmente@gmail.com]. Eu obviamente
aceitei, como aceito todos os meus leitores.
Eu senti que tu eras uma mulher especial, educada e ousada, inteligente e
atrevida. Tu dizias ser uma mulher dificil de ser seduzida, mas que adoravas
seduzir. Em tom de brincadeira, começaste a chamar-me “taradinho”, e
porquê? Porque tu dizias que um homem que escreve este tipo de textos só pode
ser tarado. Isso irritava-me, pois não me sinto nenhum tarado, e eu disse-te
que poderia provar isso.
Aquele jogo de palavras e acusações prolongou-se durante algumas semanas, até
que eu acabei por convidar-te para jantar comigo, em minha casa. Eu queria
provar-te que sabia ser um homem romântico, sensato, normal, longe do rotulo de
“tarado” que tu insistia em me colocar.
Preparei tudo para brilhar. Quando tu chegaste, tocou à companhia do portão
da rua, e eu pelo intercomunicador disse-te: “Olá, segue o caminho
que os teus sentidos te indicarem…”
Entre o portão da rua e a sala, coloquei pétalas de flores indicando o trajecto, e tochas a arder. Tu chegaste à sala, com um ar espantado, mas com um vestido negro, arrebatador para uma noite de verão.
Entre o portão da rua e a sala, coloquei pétalas de flores indicando o trajecto, e tochas a arder. Tu chegaste à sala, com um ar espantado, mas com um vestido negro, arrebatador para uma noite de verão.
À meia-luz, e com uma música ambiente relaxante, adiei a minha chegada, com
o objecto de te deixar ansiosa. Mandei te uma mensagem para o telemóvel: “senta-te
na cadeira do topo da mesa”.
Cheguei em silêncio, pé entre pé, e por detrás, coloquei-te uma venda
vermelha nos olhos. Assustada mas rendida, aceitaste que eu te levasse à tua
boca uma Ostra com limão. Ficaste arrepiada? Sim, não podes negar… mas
sempre elegante…
Decidi tirar-te a venda e acompanhante no saboroso deleite daquele marisco.
Excitante? Os teus olhos acompanhavam os movimentos da minha língua, e a forma
de como a minha boca sugava o sumo daquele fruto do oceano.
A tua imaginação, certamente imaginava aqueles movimentos no teu corpo,
repetidamente no sítio certo. Sem pausas nem descanso, e cada vez de uma forma
mais intensa e mais voraz.
O Champanhe aqueceu ainda mais os nossos corpos, e eu apercebi-me que a tua
mão, por vezes, desaparecia de cima da mesa. Onde iria ela? Eu estava como tu:
excitadíssimo. Confesso que naquele momento queria ser verdadeiramente tarado,
dizer-te tudo o que me apetecia: “quero que sejas minha, quero entrar dentro
do teu corpo, quero sentir o teu sabor salgado, quero dar-te prazer, quero
comer-te, quero-te f…”
Mas eu tinha de ser forte, o objectivo deste jantar era exactamente o
contrário, eu tinha de provar que não era tarado. Mas do teu lado, as coisas
também não estavam fáceis, pois para uma mulher que se dizia resistente e
intocável perante os homens, e impossível de ser seduzida, tu parecias que
estavas morta para correr para os meus braços, louca para te entregar...
Aquele jogo de sedução prolongou-se ridiculamente, até que de forma
sensual, os nossos lábios acabaram por se tocar. De uma forma erótica, a minha
língua percorreu toda a Ostra que tu tinhas na tua boca.
Nesse momento, deixaste de ser a “lady na mesa” que eu conhecia, e
envergaste a pele de uma “louca na cama” dizendo: “Vem… o meu corpo
chama por ti, saboreia-me, devora-me, possui-me, penetra-me… vou ser tua, toda
tua, quero ser tua… faz-me sentir mulher, verdadeiramente mulher… sinto-me uma
fêmea com o cio…”
Adorei a forma com te abriste para mim, e aquela mesa foi a nossa cama.
Nunca mais me esqueci daquela noite. Foi memorável aquela noite de agosto…
acredito que também nunca te esquecerás…
Foto: Serge Krouglikoff (Corbis.com)
Vivi situação muito semelhante com esta, mas fui a deixar as pétalas e a demorar-me para chegar à sala :) !
ResponderEliminar