* Festa da Espuma



O Cristiano era famoso na vida nocturna, e toda a gente o chamava de “nights”. 

Ele ficou tão conhecido, que durante o verão ele trabalhava como DJ e relações públicas nas discotecas temporárias que eram criadas no Algarve.

Ele era um grande adepto de “festas da espuma”, e era capaz de efectuar grandes distâncias para marcar a sua presença. E com tantos convívios e tantas pessoas que conheceu no mundo da noite, surgiu-lhe um convite: uma oferta de trabalho numa discoteca que seria inaugurada dentro de um mês no Dubai. Era uma oportunidade única que ele aceitou sem reservas.

Ele teve uma semana para preparar a viagem para a Ásia, e fez questão de se encontrar com os seus melhores amigos, pois ele assumia a forte possibilidade de nunca mais regressar a Portugal, pois as oportunidades de trabalho eram escassas.

Para fazer a despedida deste amigo, eu e a Dora convidamos o “nights” para um jantar em nossa casa, e surgiu uma ideia engraçada: realizar uma festa da espuma muito privada, na garagem da velha casa do Sr. Jacinto. A casa era perto, isolada, o Sr. Jacinto vivia num Centro de Dia para idosos, a garagem estava totalmente vazia e eu tinha a chave. Tudo perfeito.

Esta festa seria uma grande surpresa, e provavelmente algo totalmente desconhecido para todos. Depois do jantar, bem regado com vinho do Ribatejo, fomos a pé até à garagem, onde tudo estava preparado.

A noite estava quente e o álcool deixou-nos desinibidos. A espuma crescia dentro da garagem ao som do ritmo da dança. Estávamos os três a sentir um espírito livre, em movimentos ousados induzidos pela música.

Quando me afastei para preparar umas bebidas, senti a aproximação entre o “nights” e a Dora. Dançavam encostados, demasiado encostados com os corpos a tocarem-se. Mantive-me afastado, com a estranha sensação de gostar de ver a minha namorada com outro homem. A música marcava os movimentos dos corpos e despertava a minha imaginação. O que estaria a acontecer debaixo daquela espuma?

Os corpos deles tocavam-se de uma forma que eu não conseguia ver, mas gostava de imaginar. Bebi rapidamente o copo de vodka que tinha preparado, aproximei-me dos dois e tive a confirmação, tudo o que tinha imaginado estava verdadeiramente a acontecer.

Juntei-me ao inesperado. O ritmo da música marcava o ritmo do prazer do Cristiano dentro da Dora. A minha namorada estava a desfrutar do prazer oferecido por outro homem, um grande amigo meu, mesmo à minha frente. Quis tocar, para sentir o que estava a ver. 

A minha mão tocou no sítio onde tudo estava a acontecer. Tudo estava quente, e o efeito da espuma facilitava o momento. A minha mão ficou presa ente os dois corpos, num momento de penetração total. 

O toque dos meus dedos no local onde o “nights” tinha tudo guardado, descontrolou-o de tal forma, que não conseguiu impedir o facto de deixar todo o seu prazer, bem fundo, dentro do corpo da Dora. Eu sem perder tempo, entrei dentro dela, e senti o seu corpo como nunca: usado.

Criei uma estranha sensação de prazer que me excitou como nunca. Eu sentia tudo o que estava dentro dela, e foi preciso muito pouco para oferecer-lhe a minha parcela no mix de prazer, que a Dora guardava dentro de si. Ficamos os três rendidos ao momento, de uma forma inesperada e difícil de explicar.

Dias depois o Cristiano viajou para o Dubai, e nunca mais deu notícias sobre a sua nova vida a ninguém. A Dora recebeu uma excelente proposta de trabalho na Argentina, ela viajou e a nossa relação acabou. 

Depois de um momento em que tivemos os três tão próximos, hoje estamos os três incrivelmente afastados.

Foto: Stephane Cardinale (Corbis.com)

1 comentário:

  1. Incrível história!!

    Adoro isso tudo!
    Casais que buscam um amigo para o casal podem me procurar, será um grande prazer conhecê-los...

    Blogue: http://mistermenage.blogspot.com

    MSN mistermenagesp@hotmail.com

    Beijos e até breve…

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