* Cabelo de Holywood



A Elsa tirou o curso de cabeleireira e foi trabalhar durante dois anos para os Estados Unidos, mais concretamente em Hollywood. Foi sem dúvida uma experiência fantástica ter estado dois anos a mexer nos cabelos de grandes estrelas mundiais. 

Quando regressou a Portugal, ela abriu um pequeno cabeleireiro que se chamava exactamente “Hollywood”. A fama que trouxe com ela espalhou-se facilmente, e era normal ver na sua loja vários actores conhecidos para ela cortar ou arranjar o cabelo.

Eu adorava ir lá, pois ela fazia-me umas massagens na cabeça que eu adorava. Eram dez minutos de pura magia, em que aqueles dedos dedilhavam-me a cabeça, e faziam-me relaxar profundamente. Eu estava de olhos fechado, com pensamentos demasiado impróprios e a saborear cada toque das suas mãos na minha cabeça. Aqueles dedos fazem-me viajar…

Entretanto, ela começou a conversar mais comigo, elogiando o meu cabelo, a minha pele, e perguntou-me se nunca tinha pensado em tirar todos os pêlos do corpo. Bem, para ser sincero, nunca tinha pensado em tal assunto, mas decidi mentir para poder continuar a conversa com ela e disse-lhe que já tinha pensado várias vezes no assunto, mas que nunca tinha tido coragem.

Ela disse-me então que gostava de ver o meu corpo musculado sem pêlos, e que eu ia fazer um grande sucesso junto das mulheres, e com a técnica que ela tinha trazido dos Estados Unidos, era praticamente indolor. Não sei como, mas ela convenceu-me.

Avancei com ela para a cabine de depilação. Fiquei só de boxers enquanto ela me tirava os pêlos nas costas, no peito, nas pernas. Acho que aceitei aquela loucura, de forma inconsciente, para puder estar mais uns minutos juntos daquela mulher, que eu confesso, atraía-me bastante, talvez pelo espírito mais liberal e arrojado que ela trouxe da América.

O facto de eu estar com o meu corpo quase nu, a ser tocado por ela, deixava-me num estado que eu não conseguia esconder, e que era visível debaixo dos meus apertados boxers de lycra.

Ela percebendo o meu estado, enquanto me depilava, tocava-me bem ao de leve na minha pele, deixando-me todo arrepiado. E com um sorriso maroto, ela acabou por me perguntar, se os pêlos que faltavam também eram para tirar. Claro que ela se referia aos meus pêlos mais íntimos. Apenas sorri, e ela interpretou aquele sorriso como uma ordem para avançar.

Retirou-me a roupa interior, e foi impossível esconder aquela violenta erecção que se tinha apoderado de mim. Ela como boa profissional continuou o seu trabalho, mas sempre com um sorriso atrevido, de quem gostava do que estava a ver. Mas de repente ela parou, e disse-me que não estavam reunidas todas as questões de segurança para poder continuar o seu trabalho.

Retirou então da sua mala, um preservativo, colocou-o na boca e com uma técnica impressionante cobriu toda a minha rigidez com aquele látex transparente. Depois de bem protegido, ela decidiu levar-me à loucura, e com golpes por vezes lentos e outras vezes rápido, ela abocanhava-me. Eu estava nas nuvens. 

Ela metia tudo dentro da sua boca e sugava-me de uma forma incrível. Que sensação única. Não sei se ela aprendeu aquilo em Hollywood, mas era algo que eu nunca tinha sentido, que nenhuma mulher me tinha conseguido oferecer daquela maneira. Fiquei sem fôlego.

No final, quando fui pagar, ela escreveu nas costas do recibo: “tu ficaste-me a dever uma…” Uma? Uma quê? Naquele dia deixei muito mais do que os meus pêlos naquele cabeleireiro…. E sai de lá com a imaginação a mil.

Foto: Gulliver (Corbis.com)

* Quero Tudo Recordado



Naquela manhã quando cheguei ao trabalho, a Elsa, sabendo do meu gosto por fotográfica, perguntou-me se eu estava interessado em colaborar com ela, numa sessão fotográficas. Já éramos colegas algum tempo, e eu sabia que ela adepta do culto do corpo.
Eu já tinha-lhe mostrado alguns trabalhos que eu tinha realizado no mundo da fotografia, e apesar de eu ser apenas um amador, ela sabia que eu era uma pessoa discreta e de confiança. Eu aceitei o convite dela, e combinamos no seu apartamento, no centro da cidade, às 21h.
Cheguei a casa da Elsa, e foi o marido que me abriu a porta (nem sabia que era casada), e ele disse-me para eu estar à vontade e para eu ir andando para a sala, que ele tinha de ir para o trabalho e só voltava manhã seguinte. Sinceramente, não percebi bem o que iria acontecer.
Tratava-se de uma casa com uma decoração moderna, minimalista e com grandes espaços, num condomínio fechado de uma zona nobre da cidade. Ao chegar à sala encontrei várias velas perfumadas a arder, um ambiente meio escuro, ChillOut como música de fundo.
Entretanto, chegou ela, extremamente bem maquilhada, com um vestido negro, botas de cano alto e com um copo de champanhe na mão, e perguntou-me: “Preparado?
Ela deitou-se no sofá e fez subir ligeiramente o vestido, deixando visível a sua lingerie negra e as meias de liga. O cheiro do seu perfume invadiu a sala, um perfume forte e intenso. Um ambiente delicioso…


Ela olhou para mim e disse-me: “Fotografa-me. Quero-te perto, bem perto de mim. Quero que captes todos os pormenores do meu corpo. Capta a minha excitação. Capta-me por dentro e por fora... Quero que fique registado todas as imagens do meu prazer
Ela começou a tocar-se sobre a roupa, mostrando a sua pele subtilmente, e desvendando os seus recantos mais íntimos de forma delicada. Aproximei-me dela, e retratei todas a expressões do seu corpo. Era incrível a forma como ela se entregava ao prazer, abstraindo-se da minha presença e do som da objectiva.
Fotografei a forma como os seus dedos se moviam, e tocavam de forma cirúrgica no seu corpo, sempre em pontos-chave. Eram perfeitos os movimentos dos seus dedos, dando origem a uma luz e um brilho perfeito, em cada foto...
Aquela sessão fotográfica demorou aproximadamente duas horas, e perdi a conta ao número de fotografias que tirei, e ao número de vezes em que o corpo daquela mulher vibrou.
A Elsa era uma fonte de tesão inexplicável, e eu quase explodia, por não lhe poder tocar, sentindo todos os pormenores do seu desejo. Como era possível um homem resistir a algo semelhante ao que eu estava a viver?
No final, totalmente exausta, corada e transpirada, ela acabou por adormecer naquele sofá, já sem roupa, mas com um enorme sorriso no rosto. Eu tirei as últimas fotos aquele corpo relaxado e saciado, que dormia com um indomável sorriso de prazer.

Foto: Andersen Ross (Corbis.com)

* Loucuras de Laura

A Laura era uma mulher fantástica, que viveu uma vida de sonho, com o marido, que era um grande empresário, no ramo da hotelaria, no Algarve. Eu conheci a Laura, no 7º ano, e fomos colegas de escola até à faculdade, onde concluímos o mesmo curso. 

Pelo facto de termos crescido praticamente juntos, eu e ela éramos confidentes, éramos uns amigos fantásticos. No entanto, a vida de Laura desmoronou-se, quando o marido a trocou por uma mulher, que era bailarina no Casino do Estoril. Laura mergulhou numa profunda depressão, ficando dias seguindo deitada, sozinha, e sob forte medicação, para evitar uma atitude mais drástica.

Eu, lentamente, consegui regressar à vida dela, numa tentativa de ajudar a minha grande amiga, a sentir o verdadeiro gosto por viver. Demorou algum tempo, mas calmamente começou a melhorar. Eu para a poder acompanhar, mesmo à distância, ofereci-lhe o meu antigo portátil, com acesso à internet, e deste modo, tanto em casa, como no trabalho, conseguia sentir o seu estado de espírito.

Timidamente, Laura começou a navegar pela internet, e a fazer novas amizades. Ela começava a parecer outra mulher. Através das conversas que mantinha com outros homens em Chat’s e no MSN, voltou a sentir-se uma mulher desejada. Começou a ficar viciada na sedução pela internet. Esta sedução acabou por avançar para exibições pela webcam e sexo virtual, sempre em troca de dinheiro, ou carregamentos no telemóvel. Laura estava eufórica pela maneira fácil com que estava a conseguir arranjar dinheiro, sem sequer sair de casa. Eu, pelo contrário, estava muito arrependido de lhe ter oferecido o meu antigo portátil, no entanto, sabia que aquilo tinha sido o modo, de a tirar daquela profunda depressão.

* Cinema de Adultos



Foi o habitual jantar de caloiros, onde os alunos mais antigos tentam sempre integrar os novos alunos do curso. Os novos jovens começam assim a integrar o verdadeiro espírito universitário. É sempre curioso abraçar os novos estudantes que chegam das mais diversas zonas de Portugal.

São sempre jantares animados, onde os jarros de sangria rapidamente ficavam vazios. Todas as conversas eram permitidas. Um grupo de colegas, todos rapazes, contava ter visitado no ano anterior o cinebolso.

Fiquei curioso! Fui investigar, e descobri tratar-se de um cinema para adultos, com sessões contínuas de filmes explícitos. Aquela conversa também despertou a curiosidade da Júlia, uma jovem caloira recém-chegada a Lisboa, oriunda de Santarém. Ela confessou-me essa curiosidade, e eu alertei-lhe, que aquela sala não tinha ambiente para mulheres.

Era frequentada por homens, acima de tudo mais velhos, e com preferências pouco claras, isto é, naquela sala poderia acontecer o inesperado. Este meu alerta ainda lhe despertou mais a curiosidade. Aceitei acompanha-la aquele cinema. Ela seguiu com uns óculos escuros grandes, de forma a tentar disfarçar a sua identidade.

Entramos na sala, e sentimos que os lugares eram ocupados de forma dispersa de modo a garantir alguma privacidade. Era um ambiente de pouca luz, tenso e pesado. No grande ecrã decorria uma cena banal deste tipo de filmes. Eu e a Júlia estávamos mais atentos a todas as movimentações que aconteciam ao fundo da sala. 

Percebíamos que alguns homens se levantavam e se encontravam ao fundo. Era ao fundo da sala que se matava o desejo. Percebemos que alguns estavam muito atentos a nós, pois a Júlia era a única mulher na sala.

Achamos melhor sair, e quando ela se levantou, vários homens também se levantaram na esperança de acontecer algo. Saímos rapidamente. Saímos em passo rápido daquela rua e acabamos por lanchar numa zona de restauração no Saldanha. Precisávamos conversar sobre o que tinha acabado de acontecer. O perigo excitou-nos. A Júlia confessou-me ter sentido uma estranha sensação. Ela queria volta, mas de uma forma mais discreta.

Combinamos regressar no dia seguinte, mas a Júlia foi vestida com roupa minha. Ninguém poderia perceber que ela era uma mulher. Ficamos sentados lado a lado, e agora ela deixou de ser o foco das atenções. À nossa frente estavam sentados dois homens, da nossa idade. Na tela do cinema podíamos ver uma cena entre três homens e uma mulher. A imagem estimulou-nos. Nos lugares da frente, os dois começaram a brincar. O que estava sentado no lugar do lado direito dobrou-se sobre a esquerda, e encaixou a sua boca no seu companheiro.

A Júlia sorriu com aquela imagem e imitou-os. Eu não estava à espera. Percebi que lhe deu um gozo tremendo aquela ousadia. Os rapazes do banco da frente olharam para trás e perceberam que estavam a ser imitados. Surgiu o convite: “querem ir ao nosso apartamento?” Foi inesperado, mas a Júlia em silêncio acenou a cabeça afirmativamente.

Eles moravam perto, na zona da Estefânia, e na viagem para o seu apartamento ficaram surpreendidos quando perceberam que nós não éramos dois homens. A Júlia não quis estragar aquele jogo, alimentou a sua adrenalina e assumiu um espírito livre. No apartamento, ela tentou comportar-se como um homem, mas a sua feminilidade falou mais alto, muito alto.

Aconteceu o impossível, o impensável, e ela entregou-se por completo nos nossos braços. Aquele casal masculino acabou por comprovar que também gostava de mulheres… pelo menos gostaram muito da Júlia. Ela transformou-se e demonstrou-se uma mulher totalmente diferente, ousada e devassa, mergulhando na sua secreta fantasia… sentiu todos, um de cada vez… tal com a cena do filme que vimos no cinema…


Foto: Mike Kamp (Corbis.com)

* Herdade de Alcácer do Sal


Todos os anos, no primeiro fim-de-semana de Outubro, decorre este evento naquela Herdade de Alcácer do Sal. No ano passado, eu e a Sónia, perdemos a vergonha e decidimos arriscar. Nós queríamos experimentar novas sensações.

Na sexta-feira à noite fizemo-nos à estrada, a hora de início da iniciativa era as 21h00. Quando chegamos, estacionei o carro e fiquei logo espantado com os automóveis de alta cilindrada que se encontravam no estacionamento. 

O carro que mais se destacava, passava a ser o meu pequeno citadino. Quando saímos do carro, fomos informados que a senhora tinha de se dirigir para a tenda amarela e eu para a tenda branca. Só voltei a ver a Sónia no domingo à noite.

Eu fui o último a entrar na tenda branca, que já estava cheia de homens da minha idade. Na entrada, estava a ementa do jantar e um cesto com as chaves dos quartos. 

Eu como fui o último a entrar, já não tive hipótese de escolher, e fiquei com a chave nº13, quase o último, pois a herdade possuía 14 quartos. Na tenda das mulheres o procedimento era exactamente igual.

Durante o almoço senti-me descontextualizado, pois apenas se falava de carros, e férias no estrangeiro. Depois de almoço, todos os homens deslocaram-se até aos quartos, provavelmente ansiosos para conhecer qual a senhora que lhe teria calhado em sorte. Entrei no quarto que estava muito bem decorado, com um doce aroma no ar, provavelmente provocado pelas velas de cheiro que ardiam junto da cama.

Mais ou menos quinze minutos depois conheci quem seria a minha companheira: Ana Luísa, 29 anos, uma mulher de pele clara, olhos negros, sensual da classe média/alta. Aquela mulher seria a minha companhia para o fim-de-semana. Naquele momento pensei na Sónia, ela teria gostado do homem que lhe calhou em sorte?

Eu estava curioso para saber algumas coisas sobre ela, mas ela não estava interessada em conversar, pelo menos naquele momento. Ela tirou a roupa, ficando apenas com uma lingerie negra. Com os joelhos em cima da cama, demos o primeiro abraço, e fizemos a nossa pele tocar-se. Trocamos carinho e sensibilidade, conseguindo aumentar o nosso desejo.

Quase sem palavras, desfrutamos a novidade de um corpo que desconhecíamos, que nunca tínhamos visto, nem tocado. A novidade deu um sabor especial ao momento. Enfrentamo-nos com espírito de descoberta, e entregamos os nossos corpos ao prazer. 

Fomos os dois insaciáveis, perdendo noção do tempo, e a noite passou… mas não fomos capazes de adormecer, recarregando a energia do nosso corpo em plena cumplicidade, e trocando algumas informações sobre a nossa vida. A Maria João era designer de interiores.

Se a manhã de sábado voltou a ser intensa, sem lugar a grandes pausas, a tarde deu lugar à ternura. Com óleo bem espalhado nos nossos corpos, uma massagem mútua fez o carinho falar mais alto, numa perfeita cumplicidade entre os dois.

A madrugada de domingo foi mais uma vez mal dormida, de forma a aproveitar as últimas horas desta loucura, pois o almoço de domingo seria em conjunto entre todos os intervenientes deste evento. Eu estava totalmente espantado com a força e o desejo que aquela mulher demonstrou, pois ela estava sempre disposta a continuar, não mostrando qualquer fraqueza. Eu estava de rastos, seco e sem força.

E foi no almoço de domingo que voltei a estar com a Sónia. Ela estava como eu, com umas grandes olheiras e com sinais de pouco descanso. Eu estava ansioso para lhe contar as minhas aventuras e ouvir as dela, e acabei mesmo por conhecer o homem que esteve com ela, um jovem e elegante advogado. Foi estranha a sensação de conhecer o homem que tinha usufruído da minha mulher nas últimas horas…

Tudo terminou, e nós precisávamos urgentemente de dormir e descansar, e no caminho para casa, a Sónia pediu-me para fazer já a reserva para o próximo ano…

Foto: Steve Sparrow (Corbis.com)