* Tenda dos Segredos

A Márcia queria ir ao Summer Fest, festival de verão que ia decorrer na Ericeira, mas ninguém estava na disposição de acompanha-la. Os artistas em cartaz não se destacavam nas preferências do nosso grupo de amigos.

A Elisa era minha amiga e conhecia a Márcia, e quando lhe falei do assunto, ela disponibilizou-se para acompanha-la, até porque ela adorava a Ericeira, e todos os motivos eram bons para regressar aquela vila de pescadores. Eu ajudei, e disponibilizei-lhe a minha pequena tenda de campismo. Os motivos eram diferentes, mas seguiram as duas radiantes para aqueles 3 dias de festa.

Aquela pequena tenda já registava algumas histórias, e mais uma vez aconteceu algo especial. A Elisa e a Márcia acabaram por ficar amigas. A Elisa tinha um desejo secreto, que os amigos mais próximos sabiam, ter uma experiência com uma mulher. Ela era curiosa e esclarecida nas suas opções, mas gostava de viver essa sensação.

Tudo se precipitou no balneário, durante do duche, quando a Márcia confidenciou à Elisa a dificuldade que tinha em sentir prazer no seu corpo. Ela desabafava dizendo que não sabia se o problema era seu, ou dos homens com quem tinha estado. Esta conversa só terminou dentro daquela tenda, num olhar cúmplice. As mãos tocaram timidamente os corpos. No silêncio, as coisas aconteceram. A roupa saiu, nos corpos docemente aromatizados, pelo gel duche com aroma de leite e mel, partilhado entre as duas.

A Elisa tocou-lhe, numa pele deliciosamente hidratada, gostou e desceu. Foi a primeira vez que ela tocou onde desejava. Os seus dedos foram carinhosos, acariciando suavemente aquele recanto feminino. O instinto da Márcia obrigou-a a abrir as pernas, e a Elisa correu atrás daquele instinto com a magia da sua língua. Tocou, sentiu e lambuzou em redor do ponto central de todo aquele desejo. Os dedos afastaram ligeiramente aquela zona perfeitamente depilada e a língua tocou mesmo no meio, com lentos movimentos de caricia.

O movimento da língua acelerou calmamente, e um dedo acabou por entrar dentro do corpo da Márcia. O dedo entrou e saiu, enquanto a língua continuava com movimentos saborosos, no ponto onde mais se salientava o seu desejo. Estavam as duas perfeitamente deliciadas e entregues ao momento que se prolongou por vários minutos. O corpo da Márcia tremeu, numa sensação inédita na sua vida. Ela mordeu a sua roupa para evitar gemidos descontrolados. Foi a primeira vez que sentiu o verdadeiro prazer…

A Elisa tinha acabado de provar o seu desejo mais secreto. Ela ficou deliciada por oferecer aquele momento de prazer à sua companheira de campismo. No exterior daquela tenda a agitação era grande, mas ninguém imaginava o que tinha acabado de acontecer naquele pequeno espaço.

Acabaram por se vestir e sair a duas para o festival e para os concertos daquela noite. Ficaram mais cúmplices e próximas do que nunca. Toda noite foram cúmplices e secretas com mil segredos e sussurros ao ouvido. A Márcia prometia: “…quando regressarmos à tenda, vai ser a tua vez...

Foi o que aconteceu… Esta história foi-me contada pelas duas. Depois do festival terminar, a Márcia fez questão de se encontrar comigo no dia seguinte, para agradecer a companhia da minha amiga. Ela estava deliciada, e parecia outra mulher. Contou-me tudo o que aconteceu ao pormenor. Ela pediu-me segredo.

Entretanto a Elisa passou em minha casa para me devolver a tenda. Ela confidenciou-me a realização dos seus desejos mais íntimos. Fez questão de descrever-me os deliciosos momentos que viveu, e todas as sensações que sentiu. Ela estava verdadeiramente realizada. Ela pediu-me segredo.

Ficou um segredo dos três. A minha tenda já tinha sido testemunha de bons momentos e aventuras secretas, mas agora, depois das aventuras femininas na Ericeira, passou a ser também a tenda dos segredos…

Foto: Jamie Grill (Corbis.com)

* Invisivelmente Delicioso

Faltavam-me poucas cadeiras para terminar o curso, e como último folgo, comecei a estudar para os últimos exames, nas salas de estudo da Faculdade de Psicologia. Não ficava muito longe de minha casa, e o facto de não conhecer lá ninguém, aumentava a minha concentração, e reduzia os factores de distracção.

Era um espaço frequente praticamente por mulheres, mas naquele momento da minha vida, apenas me queria concentrar nos estudos.

No entanto, naquele final de tarde, quando cheguei, existia uma grande placa junto da entrada que dizia: “Girls Columbia University Welcome to Lisbon”. Fiquei curioso, e perguntei ao porteiro o significado daquela placa. Ele informou-me que todos os anos, em Junho, durante três semanas, a Faculdade fazia um intercâmbio de estudantes com Faculdades Americanas. Ele, em tom de brincadeira, rematou: “as raparigas que vieram este ano parecem todas do American Pie… eheh”.

Desconhecia a existência deste intercâmbio, mas achei uma ideia interessante, e a única diferença que senti com este acontecimento, foi o facto de a última sala, onde eu normalmente estudava por ser a calma, ter ficado reservada apenas para as estudantes da terra do Tio Sam.

O Wc dos homens esteve encerrado durante uns dias, devido a uma pequena rotura num cano, e quando reabriu, ainda era visível que os trabalhos não estavam concluídos. Quando entrei naquele wc, ouvi vozes que pareciam estar ali. Verifiquei mas não vi ninguém, no entanto, sentia-me observado. 

Ouvia risos que acompanhavam os meus passos. Fiquei todo o dia a pensar se estaria a ficar louco, ou com a mania que estava ser seguido por alguém.

Na tarde seguinte, quando cheguei, pousei a minha mala e fui aquele wc, e voltei a sentir exactamente o mesmo do dia anterior. E nesse momento fez-se luz. As vozes que eu ouvia, estavam a vir de um pequeno buraco existente na parede.

Tentei ser discreto, mas percebi que as meninas de Columbia, estavam a controlar os meus movimentos. Decidi ser ousado. Despi a minha t-shirt e baixei as minhas calças, ficando apenas com uns boxers negros vestidos. Senti que elas ficaram radiantes com o meu comportamento.

Coloquei a minha mão direita dentro da minha roupa interior, e apertei a minha nádega. Elas perderam a vergonha, e comecei a ouvir “come on boy”. Eu aproximei me daquele buraco, de uma forma totalmente inconsciente, retirei a única roupa que ainda tinha vestida, e coloquei naquele buraco, uma grande surpresa para as meninas americanas.

Ouvi gritos do outro lado, mas foram gritos eufóricos de satisfação: “oh my god” O que fiz foi inconsciente pois não sabia quem estava do outro lado, mas comecei logo a sentir o toque e várias mãos. 

Eu não sabia quantas meninas ali estavam, o que é certo, é que sentir o toque sem ver o que se estava a passar do outro lado estava a deixar-me em brasa.

Duas línguas em simultâneo tocavam-me, quando uma mão agarrou-me com força e ouvi a voz da Americana a ordenar: “quiet”. Eu obedeci, mas fiquei nervoso. O que iria acontecer? Senti o calor do corpo feminino a aproximar-se, e sem ser necessário nenhuma mão para indicar o caminho certo, entrei por completo dentro do seu corpo. 

Invisivelmente delicioso. Foi nesse momento que percebi que se tratavam de três raparigas, pois todas se colocaram em posição para sentir o prazer da minha penetração.

O momento acabou por não demorar muito mais tempo e acabei por depositar dentro do corpo de uma daquelas estudantes. Um pouco sem jeito, vesti-me e rapidamente fui-me embora sem conhecer o rosto daquelas três mulheres. 

Nunca mais regressei aquelas salas de estudo, mas sempre que passo à porta daquela faculdade penso, que depois daquele dia, até posso ser pai de um pequenino Americano.

Foto: Mardini (Corbis.com) 

* Senhora X

Por vezes recebo mails de alguns do meus leitores, mas aquele mail foi diferente, e vinha assinado com o nome misterioso de “Senhora X


Era uma leitora assídua dos meus textos, e fã incondicional do meu Blog, e como grande admiradora do meu espírito imaginativo, pensou que eu seria a pessoa perfeita para a ajudar a realizar a grande fantasia da sua vida.

Tratava-se de uma fantasia que não poderia ser realizada por um conhecido ou amigo, pois ela sonhava em ser amarrada e devorada por um estranho. Confesso que inicialmente fiquei muito céptico com esta proposta, mas no fundo realizar uma fantasia a uma leitora dava-me um gozo especial.

Aceitei. Planei tudo, e disse-lhe para ela estar no feriado, às 15h, no novo Hotel junto do Parque de Campismo, e quando ela chegasse, pedir na recepção a chave do quarto 310. 


Com o objectivo de aumentar o seu nervosismo e a sua ansiedade, chegamos 2h atrasados. Sim, chegamos, porque eu decidi ir acompanhado, e levei um amigo comigo, o Martim, um amigo que era personal trainer num famoso ginásio de Lisboa.

Eu tinha avisado para ela deixar a porta do quarto simplesmente encostada, e assim entrei de subitamente, coloquei-lhe uma venda nos olhos e amarrei-lhe as mãos. Ela esperava por mim apenas em lingerie, e eu fiquei admirado com o seu corpo, pois não conhecia aquela mulher, e aceitei o desafio de forma totalmente cega.


Depois de tudo preparado, o Martim também entrou no quarto, em silêncio, para ela não perceber que éramos dois. O desejo dela em viver aquele momento era tanto, que era perfeitamente visível a sua excitação. E visto ela estar preparada, entrei dentro do seu corpo sem lhe dar piedade, em movimentos de vai e vem a alta velocidade, e com uma fricção intensa e total. 

Sempre com as penetrações profundas que ela queria sentir, recebendo o embate do meu corpo no seu. O corpo dela vibrava intensamente e ela delirava sempre que sentia a força com que eu entrava por completo dentro de si. O objectivo máximo era dar prazer à minha leitora…


Eu aguentei até ao limite das minhas forças, enquanto ela se derretia de prazer em silenciosos mas fortes gemidos. O seu peito foi o depósito do meu prazer, e ela suspirou, no meio de um sorriso, quando sentiu aquela sensação quente a cair na sua pele. Era parecia rendida e satisfeita…

O que ela não sabia e não esperava, é que o Martim estava ali, e pronto para entrar em acção, e eu sussurrei-lhe ao ouvido:”prepara-te que a festa ainda não acabou… quero ver o teu limite…”. Ele foi muito mais feroz e totalmente impiedoso. Ele teve uma intensidade incrível, que ela continuava a conseguir aguentar, sempre pimba, pimba, pimba … sem parar e sem abrandar aquele ritmo forte e frenético


O Martim fustigou aquele corpo, até sentir que a “Senhora X” já tinha ultrapassado todos os limites das suas forças, e caminhava para a exaustão total. Ela caminhava para a loucura, mas uma loucura saudável, de prazer, satisfação e muito tesão. Ele juntou todo o seu prazer ao meu, aumentado assim a quantidade que ela tinha no seu peito. Ela delirou e derreteu-se, ficando totalmente entregue aos prazeres do seu corpo, totalmente molhada de transpiração e sexo.

Deixei-lhe um pequeno papel na cama a dizer que o Hotel estava pago, soltei-lhe as mãos, dei-lhe um suave beijo nos lábios, e saímos silenciosamente do quarto sem ela nos conhecer o rosto. Não me conheceu o rosto mas ficou com o sabor dos meus lábios na sua boca.


Esta aventura deu-me um gozo bestial, pelo facto de ter realizado daquela maneira, uma fantasia de uma mulher, mas acima de tudo, de uma das minhas habituais leitoras… e é muito provável, que encontrem algum comentário assinado pela “Senhora X”…

Foto: Vincent Besnault_(Corbis.com)