Naquele jantar em casa
de um casal amigo o ambiente acolhedor e divertido, uma decoração moderna, uma
luz ténue. Era um habitual jantar de Natal, que realizávamos no início do mês
de Dezembro.
Eles eram decoradores de
interiores, e por vezes colaboravam numa famoso programa de TV, e daí o bom
gosto, e forma espectacular como aquela casa estava decorada. Nestes jantares,
eles convidavam vários amigos e existiam sempre algo engraçado. Neste ano a regra
era simples, os homens iam vestidos de preto e as mulheres de vermelho.
Durante a noite, eu
comecei a ficar incomodado com a maneira com que uma jovem mulher me olhava,
obviamente vestida de vermelho, amiga deles. Eram demasiados olhares insinuantes
e provocatórios.
Era a maneira como ela
mordia os lábios a olhar para mim. Era o modo como ela lambia a ponta do
indicador enquanto mordia a unha. Eu não sabia quem ela era, mas não conseguia
estar atento a mais nada, olhando para o seu rosto e para o seu corpo,
envolvido num vestido, onde era evidente a ausência do soutien.
Depois do jantar,
ficamos sentados no sofá, e ela sentou-se precisamente à minha frente. Ela era
de poucas palavras, mas de movimentos ousados e atrevidos. Eu estava a ficar
intimidado com aquele silencioso olhar.
Ela de repente
levantou-se e foi ao WC, e eu não perdi a oportunidade e com a desculpa que me
tinha esquecido do telemóvel no carro, fui atrás dela. Decidi confrontar aquela
ousadia silenciosa. Ela apercebendo-se que eu a estava seguir, reduziu a
velocidade do passo. Quando cheguei à entrada do WC, ela tinha acabado de
entrar, e deixou a porta encostada.
Eu entrei, encostei-a à
parede e perguntei-lhe: ”O que queres de mim?”. Ela respondeu: “Tudo”
A sua mão direita apertou-me exactamente o que ela queria. Eu, impulsivamente,
subi-lhe o vestido, peguei-lhe ao colo e sentei-a no lavatório e comecei a
lamber sobre o tecido da sua roupa interior, aquele poço de calor que latejava
dentro do seu corpo. Sempre em silêncio, sem palavras nem ruídos.
Tudo misterioso mas
intenso, e ela recebia os meus movimentos com total agrado e satisfação,
principalmente quando desviei o tecido, e a minha língua tocou directamente na
sua pele húmida. A minha língua carinhosamente percorria aquele leito de
prazer.
Quando baixei as calças,
lhe mostrei tudo o que tinha para lhe oferecer ela decidiu ir-se embora.
Sinceramente não a percebi. O que teria acontecido? Eu morria de desejo com
aquele sabor na minha língua. Quando cheguei à sala retomei o meu lugar, e não
havia sinais dela. Notei que a sala estava mais vazia e apenas alguns amigos
conversam no outro canto, junto à lareira, outros fumavam na varanda e alguns
já tinham ido embora.
Entretanto aparece ela
naquele charmoso vestido, com a sua excelente ousadia e classe, desaperta-me as
calças, e sem roupa interior, senta-se em cima de mim. Entrei dentro dela de
uma forma inesperada. Entrei mas ficamos imóveis. Eu totalmente dentro dela,
sentindo as suaves e discretas contracções do interior do seu corpo. Discreto,
simples mas intensamente saboroso e agradável. Aquele momento foi rápido, e não
durou mais de um minuto.
Ela quis apenas
demonstrar-me o seu poder e do que era capaz de fazer, e a minha curiosidade
aumentava a cada segundo. Quem seria aquela mulher? Eu não sabia o seu nome,
não conhecia a sua voz, mas já conhecia algumas das suas qualidades. Ela
queria-me dar prazer, e assim, finalmente conheci a sua voz quando ela me
perguntou ao ouvido: “Na minha casa ou na tua? Eu quero tirar este vestido
rapidamente…”
Foto: Hans Neleman (Corbis.com)