* Vestido Vermelho



Naquele jantar em casa de um casal amigo o ambiente acolhedor e divertido, uma decoração moderna, uma luz ténue. Era um habitual jantar de Natal, que realizávamos no início do mês de Dezembro.

Eles eram decoradores de interiores, e por vezes colaboravam numa famoso programa de TV, e daí o bom gosto, e forma espectacular como aquela casa estava decorada. Nestes jantares, eles convidavam vários amigos e existiam sempre algo engraçado. Neste ano a regra era simples, os homens iam vestidos de preto e as mulheres de vermelho.

Durante a noite, eu comecei a ficar incomodado com a maneira com que uma jovem mulher me olhava, obviamente vestida de vermelho, amiga deles. Eram demasiados olhares insinuantes e provocatórios.

Era a maneira como ela mordia os lábios a olhar para mim. Era o modo como ela lambia a ponta do indicador enquanto mordia a unha. Eu não sabia quem ela era, mas não conseguia estar atento a mais nada, olhando para o seu rosto e para o seu corpo, envolvido num vestido, onde era evidente a ausência do soutien.

Depois do jantar, ficamos sentados no sofá, e ela sentou-se precisamente à minha frente. Ela era de poucas palavras, mas de movimentos ousados e atrevidos. Eu estava a ficar intimidado com aquele silencioso olhar.

Ela de repente levantou-se e foi ao WC, e eu não perdi a oportunidade e com a desculpa que me tinha esquecido do telemóvel no carro, fui atrás dela. Decidi confrontar aquela ousadia silenciosa. Ela apercebendo-se que eu a estava seguir, reduziu a velocidade do passo. Quando cheguei à entrada do WC, ela tinha acabado de entrar, e deixou a porta encostada.

Eu entrei, encostei-a à parede e perguntei-lhe: ”O que queres de mim?”. Ela respondeu: “Tudo” A sua mão direita apertou-me exactamente o que ela queria. Eu, impulsivamente, subi-lhe o vestido, peguei-lhe ao colo e sentei-a no lavatório e comecei a lamber sobre o tecido da sua roupa interior, aquele poço de calor que latejava dentro do seu corpo. Sempre em silêncio, sem palavras nem ruídos.

Tudo misterioso mas intenso, e ela recebia os meus movimentos com total agrado e satisfação, principalmente quando desviei o tecido, e a minha língua tocou directamente na sua pele húmida. A minha língua carinhosamente percorria aquele leito de prazer.

Quando baixei as calças, lhe mostrei tudo o que tinha para lhe oferecer ela decidiu ir-se embora. Sinceramente não a percebi. O que teria acontecido? Eu morria de desejo com aquele sabor na minha língua. Quando cheguei à sala retomei o meu lugar, e não havia sinais dela. Notei que a sala estava mais vazia e apenas alguns amigos conversam no outro canto, junto à lareira, outros fumavam na varanda e alguns já tinham ido embora.

Entretanto aparece ela naquele charmoso vestido, com a sua excelente ousadia e classe, desaperta-me as calças, e sem roupa interior, senta-se em cima de mim. Entrei dentro dela de uma forma inesperada. Entrei mas ficamos imóveis. Eu totalmente dentro dela, sentindo as suaves e discretas contracções do interior do seu corpo. Discreto, simples mas intensamente saboroso e agradável. Aquele momento foi rápido, e não durou mais de um minuto.

Ela quis apenas demonstrar-me o seu poder e do que era capaz de fazer, e a minha curiosidade aumentava a cada segundo. Quem seria aquela mulher? Eu não sabia o seu nome, não conhecia a sua voz, mas já conhecia algumas das suas qualidades. Ela queria-me dar prazer, e assim, finalmente conheci a sua voz quando ela me perguntou ao ouvido: “Na minha casa ou na tua? Eu quero tirar este vestido rapidamente…”

Foto: Hans Neleman (Corbis.com)

* Sabor: Chocolate



Durante aquela semana, depois da hora de almoço, regressava sempre ao trabalho a comer um chocolate, talvez devido ao efeito comercial do Natal.

Não era vulgar em mim, a tal ponto, que quando chegamos a sexta-feira, a habitual segurança da entrada do edifício brincou comigo: “Nunca o tinha visto a comer chocolate, e esta semana foi todos os dias… isso não será carência de nada?” Este comentário foi o mote para uma forte gargalhada dos dois, no entanto corei e não consegui responder. 

A Andreia (segurança), percebendo que me deixou um pouco sem jeito e envergonhado, tentou remediar o ambiente e rematou a conversa com um convite: “Bem, se é tão adepto de chocolate, vou convida-lo para ir amanhã provar o fondue de chocolate que faço lá em casa. Todos adoram. Aceita?

Achei o convite simpático, e como já conhecia a Andreia há algum tempo, aceitei o convite sem problema nem hesitações. Quando cheguei a casa dela, não me parecia a mesma mulher, pois sempre a conheci com a tradicional farda da empresa de segurança, e naquela tarde estava vestida de um modo informal, com umas leggings pretas, cabelo solto e um top azul. Na porta do apartamento, já existia a tradicional decoração de Natal. 

Eu fui o primeiro a chegar, mas logo de seguida chegou um casal de colegas amigos da Andreia. Apenas existia chocolate negro para o fondue. Preparamos a fruta, ananás, uvas e morangos. Confesso que achei delicioso a mistura dos doces sabores das frutas, com o amargo sabor do chocolate negro.

O casal que nos acompanhava era bastante simpático, mas recebeu um telefonema urgente e foi obrigado a retirar-se. A justificação foi um problema de saúde na família. Assim o Fondue ficou apenas para mim e para a Andreia. Como éramos apenas dois, levamos tudo para uma pequena mesa, e ficamos no sofá, era mais confortável. 

Eu percebi que a Andreia adorava os morangos cobertos pelo chocolate morno, e exagerava sempre na quantidade e acabou por pingar um pouco desse chocolate para o pescoço e pelo ombro. Eu, em tom de brincadeira, disse-lhe: “Espera, nada se perde”, e rapidamente a minha boca a recolheu aquele chocolate quente.

Senti a pele dela a arrepiar-se com o toque dos meus lábios, mas logo de seguida, não sei se de forma voluntária ou casual, voltou a cair um pouco de chocolate, que desta vez, escorreu rapidamente pelo seu decote. Desta vez, sem dizer nada, voltei a recolher tudo, com a minha língua a repetir todo o percurso do chocolate. Desta vez, a respiração dela alterou-se…

De seguida, ela deu-me um morango na boca, deixando-me os lábios todos sujos com chocolate e reagiu: “Agora é a minha vez de te limpar…”, e tocou a sua língua nos meus lábios. Foi sensual, excitante, arrepiante. As duas bocas já tinham chocolate, e acabou por acontecer um beijo completo.

Aquele jogo do “Agora é a minha vez de limpar” tornou se incontrolável, pois naquele sofá, a roupa foi saindo, e o chocolate foi caindo em todas as partes do corpo, no peito, no pescoço, na barriga, no umbigo… os dois queríamos ficar sujos…

O peito dela foi percorrido pela minha língua vezes sem conta. Ela acabou por colocar tudo o que restou de chocolate junto da sua barriga, deixando escorrer para a sua zona mais íntima. Era ali que ela queria sentir a minha língua, e sentiu. Lambi de uma forma incansavelmente saborosa e quente. Recolhi o pouco chocolate que acabou por entrar dentro do seu corpo, e sempre de uma forma extremamente delicada.

A minha língua deliciava-a, mas ela quis o prazer completo. Era impossível negar. Acabei por entrar dentro do seu corpo. Aquele aroma achocolatado tornou-se afrodisíaco, e dentro dela ficou uma simples combinação de “leite com chocolate


Na segunda-feira seguinte, lá estava novamente na recepção do edifício, a Andreia, fardada, rabo-de-cavalo, com um ar sério e profissional, como se nada tivesse acontecido. Nesse dia, à hora de almoço, em vez de regressar com o habitual chocolate, passei junto dela a beber um pacote de leite com chocolate… ela percebeu e sorriu…

Foto: Paul Taylor (Corbis.com)

* Festa da Espuma



O Cristiano era famoso na vida nocturna, e toda a gente o chamava de “nights”. 

Ele ficou tão conhecido, que durante o verão ele trabalhava como DJ e relações públicas nas discotecas temporárias que eram criadas no Algarve.

Ele era um grande adepto de “festas da espuma”, e era capaz de efectuar grandes distâncias para marcar a sua presença. E com tantos convívios e tantas pessoas que conheceu no mundo da noite, surgiu-lhe um convite: uma oferta de trabalho numa discoteca que seria inaugurada dentro de um mês no Dubai. Era uma oportunidade única que ele aceitou sem reservas.

Ele teve uma semana para preparar a viagem para a Ásia, e fez questão de se encontrar com os seus melhores amigos, pois ele assumia a forte possibilidade de nunca mais regressar a Portugal, pois as oportunidades de trabalho eram escassas.

Para fazer a despedida deste amigo, eu e a Dora convidamos o “nights” para um jantar em nossa casa, e surgiu uma ideia engraçada: realizar uma festa da espuma muito privada, na garagem da velha casa do Sr. Jacinto. A casa era perto, isolada, o Sr. Jacinto vivia num Centro de Dia para idosos, a garagem estava totalmente vazia e eu tinha a chave. Tudo perfeito.

Esta festa seria uma grande surpresa, e provavelmente algo totalmente desconhecido para todos. Depois do jantar, bem regado com vinho do Ribatejo, fomos a pé até à garagem, onde tudo estava preparado.

A noite estava quente e o álcool deixou-nos desinibidos. A espuma crescia dentro da garagem ao som do ritmo da dança. Estávamos os três a sentir um espírito livre, em movimentos ousados induzidos pela música.

Quando me afastei para preparar umas bebidas, senti a aproximação entre o “nights” e a Dora. Dançavam encostados, demasiado encostados com os corpos a tocarem-se. Mantive-me afastado, com a estranha sensação de gostar de ver a minha namorada com outro homem. A música marcava os movimentos dos corpos e despertava a minha imaginação. O que estaria a acontecer debaixo daquela espuma?

Os corpos deles tocavam-se de uma forma que eu não conseguia ver, mas gostava de imaginar. Bebi rapidamente o copo de vodka que tinha preparado, aproximei-me dos dois e tive a confirmação, tudo o que tinha imaginado estava verdadeiramente a acontecer.

Juntei-me ao inesperado. O ritmo da música marcava o ritmo do prazer do Cristiano dentro da Dora. A minha namorada estava a desfrutar do prazer oferecido por outro homem, um grande amigo meu, mesmo à minha frente. Quis tocar, para sentir o que estava a ver. 

A minha mão tocou no sítio onde tudo estava a acontecer. Tudo estava quente, e o efeito da espuma facilitava o momento. A minha mão ficou presa ente os dois corpos, num momento de penetração total. 

O toque dos meus dedos no local onde o “nights” tinha tudo guardado, descontrolou-o de tal forma, que não conseguiu impedir o facto de deixar todo o seu prazer, bem fundo, dentro do corpo da Dora. Eu sem perder tempo, entrei dentro dela, e senti o seu corpo como nunca: usado.

Criei uma estranha sensação de prazer que me excitou como nunca. Eu sentia tudo o que estava dentro dela, e foi preciso muito pouco para oferecer-lhe a minha parcela no mix de prazer, que a Dora guardava dentro de si. Ficamos os três rendidos ao momento, de uma forma inesperada e difícil de explicar.

Dias depois o Cristiano viajou para o Dubai, e nunca mais deu notícias sobre a sua nova vida a ninguém. A Dora recebeu uma excelente proposta de trabalho na Argentina, ela viajou e a nossa relação acabou. 

Depois de um momento em que tivemos os três tão próximos, hoje estamos os três incrivelmente afastados.

Foto: Stephane Cardinale (Corbis.com)

* Troféu de Natal


O feriado de 8 de Dezembro era especial para empresa, pois para além do habitual jantar de Natal, era o dia em que se comemorava o seu aniversário. No ano 2011, para festejar os 50 anos, a administração decidiu organizou um grande jantar com todos os colaboradores e familiares, no Centro de Congressos de Lisboa. Iam ser mais de 600 pessoas.

Eu fui um dos responsáveis pela organização e logística da festa. E naquele dia, a meio da tarde, tive de abandonar o local, e deslocar-me até à sede da empresa, para transportar os troféus que iriam ser entregues aos funcionários que se destacaram.

Quando estacionei o meu carro, chamou-me a atenção o facto de lugar ao lado do meu, estar um fantástico BMW X6. Parei e fiquei vidrado a observar aquela máquina. Era um carro de sonho.

Fiquei tão desconcentrado com aquele “avião”, que nem percebi, que do lugar do condutor estava a sair uma mulher, charmosa, com uma pele branca, casaco tigresa, deliciosamente bem maquilhada e com um cigarro nos dedos. Quando descobri que ela estava dentro do carro, fiquei sem reacção. Ela com um ar meio de gozo e arrogante disse: “Você parece um miúdo, nunca viu um carro? Fica tão excitado só por ver uma máquina? Não tem coisas mais interessantes que o excitem? Ou você é sempre assim infantil?

Quando ela acabou de me dizer aquilo, percorreu o meu corpo com o olhar, e soprou o último bafo do cigarro em direcção à minha cara. Senti-me humilhado com aquela palavras e com aquele comportamento, e simultaneamente furioso, e num comportamento totalmente irracional, puxei-lhe o braço, encostei-a ao carro, e fiquei olhos nos olhos com ela. Ela reagiu com as seguintes palavras: “afinal parece que temos homem, ferido no orgulho parece um leão, mas não deve passar de um simples gatinho…miauuuuuu”.

Aquilo irritou-me solenemente. Ela estava a provocar-me, abri a porta do carro, empurrei-a lá para dentro, entrei juntamente com ela e deitei sobre o seu corpo. Mais uma vez ela perguntou-me: “vais mostrar-me a tua savana leãozinho? Não quero saber quem tu és… mas quero sentir-te.”.

A excitação apoderou-se do meu corpo. As palavras daquela desconhecida, dentro daquele fantástico carro, fizeram-me ferver. Resolvi acatar as suas ordens, e entrei dentro dela, como fosse uma ordem da natureza, em que um macho se delicia com a sua fêmea. Estocadas fortes e profundas, foi tudo o que lhe dei. As minhas mãos percorreram as suas pernas perfeitamente depiladas. Apertei fortemente as suas nádegas, dizendo-lhe ao ouvido palavras ordinárias de pura devassa.

Foi um profundo e rápido momento de prazer… e o facto de me sentir nervoso ainda me deu mais força, deslizando perfeitamente no interior daquela mulher. Foi demasiado intenso e impossível de resistir… Ela sentindo-me no limite do descontrolo, quis sentir o meu prazer na sua boca, intensificando o brilho do seu baton.

Depois desta inesperada loucura, voltei para o local da festa. O evento decorreu na perfeição mas… fiquei sem reacção, quando vi o presidente da empresa entrar dentro do Centro de Congressos acompanhado com uma mulher charmosa, pele branca, casaco tigresa, deliciosamente bem maquilhada. Era ela. Ele fez questão de apresentar no palco, a sua actual companheira, demonstrado o seu amor com um beijo na boca, diante de todos… sim, naquela boca… bela surpresa de Natal… eu recebi o melhor troféu de Natal...

Foto:_ (Corbis.com)

* Enrolada nos Lençois



A Maria era minha colega de trabalho, e como mantínhamos uma grande amizade, eu era o seu grande conselheiro relativamente a Homens. Ela sentia-se insegura, pois não conseguia encontrar uma relação estável, equilibrada, e pelo facto de se tratar de uma mulher alta e vistosa, sentia-se sempre como objecto sexual, e isso não a agradava.

Eu sentia que o facto de a Maria não encontrar um homem que a realizasse, a tornava uma mulher mais vulnerável, mais sensível, e em tom de brincadeira, achei que seria engraçado, no dia do seu aniversario, oferecer-lhe um brinquedo, que poderia substituir um homem, em dias de maior desejo.

No dia do jantar, onde ela convidou todos os amigos para festejar o seu aniversario, eu disse-lhe ao ouvido: “Só te posso dar a prenda no final da festa…”. Ela, curiosa como sempre, ficou inquieta com o que eu lhe iria oferecer. Tentou de varias maneiras descobrir o que seria, mas nunca conseguiu.

No final da festa, ela colou-se a mim. Queria a sua prenda já. A sua curiosidade também se devia ao facto, de eu oferecer-lhe sempre prendas originais, mas este ano ela não imaginava o que seria. 

Fomos até ao meu carro, e eu entreguei-lhe o saco com o presente. Quando ela desembrulhou tudo, riu-se de uma forma descontrolada durante alguns minutos, dizendo de forma repetitiva: “Só tu…

Quando ficou mais calma, olhou para mim com um tom mais serio e disse-me: ”obrigado, mas eu não sei usar isto…” Agora foi a minha vez de me rir e disse: ”Não sabes usar? Imaginas que é um homem, mas és tu que dominas tudo… mas se quiseres eu ensino.” Ela de uma forma espontânea, e talvez irreflectida disse-me: ”estás a falar a sério? Podemos ir para tua casa?

É verdade, talvez pelo efeito da sangria do jantar, ficamos mais desinibidos, e fomos mesmo para minha casa. Quando chegamos, ela pediu-me para ficar um pouco sozinha no meu quarto, e só alguns minutos depois me chamou. Quando eu entrei, ela estava sem roupa, embrulhada no lençol da minha cama, e disse-me “Estou pronta para tu  usares o meu novo brinquedo…

Naquela palavras, percebi, que ela queria que fosse eu a manusear aquele brinquedo, enquanto ela saboreava calmamente o momento. Eu aceitei e entrei no jogo. Apesar de desinibida, ela não me quis mostrar o seu corpo, estava coberta, e assim quis ficar. 

Lubrifiquei bem o objecto, e coloquei a mão no meio das suas pernas, e debaixo dos meu lençóis, que envolviam o seu corpo. Os meus olhos apenas viam o seu rosto.

Calmamente, deixei aquele objecto tocar no seu corpo, na sua pele, até encontrar o sitio certo. Entrou… e eu senti calmamente entrar dentro do seu corpo. Que suavidade. Ela com os olhos fechados, revirava a sua cabeça, esticava os seus braços, contraia as suas pernas. 

Senti que ela desejava mais intensidade nos meus movimentos, mas decidi não lhe satisfazer essa vontade, e continuei, de forma calma e suave, retirando tudo, para logo de seguida preencher por completo o seu corpo. Nada ficava de fora.

Visto eu não efectuar o impulso com a intensidade que ela desejava, ela começou a impulsionar o seu corpo, de forma à penetração ser mais mais forte, mais intensa. Eu podia ainda não ter visto o seu corpo, mas a minha mão já tinha tocado no seu desejo. Estava quente, muito quente. E foi nesse momento, que aquele corpo feminino iniciou uma produção incrível de energia, de regozijo, de prazer. Foram incalculáveis os orgasmo que aquela mulher atingiu.

Quando eu pensava que ela estava realizada, tudo continuava. Confesso que já tinha dores na mão e no braço, da força que estava a fazer para a poder satisfazer e perguntei: “Posso parar?”  E ela respondeu: “se retirares isso de dentro de mim, vai ter de meter outra coisa… Tu é que sabes… Escolhe…

Foto: Lise Metzger (Corbis.com)

* Temível Bluetooth

Eu sempre tive a mania de brincar com o Bluetooth do telemóvel, quando estava em locais públicos, como no comboio, no metro, num Centro Comercial ou numa discoteca. Divertia-me a verificar quem estava em meu redor, e também tinha o Bluetooth ligado. Depois, tentava enviar imagens, vídeos ou mensagens. Aquilo divertia-me, até porque algumas vezes recebia respostas, mas nunca sabia quem era a pessoa que estava a responder. Parecia o jogo do gato e do rato.

Naquela tarde de sábado, fui até um grande Centro Comercial, nos arredores de Lisboa, e depois de ter gasto praticamente todo o meu orçamento em prendas de Natal, decidi ir até à área de restauração para comer qualquer coisa. O espaço estava cheio, e no ar pairava um gigantesco espírito de Natal. Árvores de Natal por todo o lado, e sempre presente a figura do Pai Natal, e para que ninguém se esquecesse da época que estávamos a viver, no sistema sonoro do shopping, uma interminável sequência das músicas habituais.

Quando me sentei numa das mesas da área de restauração, decidi ver, quem tinha o Bluetooth ligado. Como seria de esperar, era muito mais gente do que o habitual, no entanto encontrei um nick que me despertou a atenção, “dominadora”. Fiquei com vontade de tentar interagir, e enviei uma imagem natalícia, para alimentar ainda mais o espírito da época.

Ela aceitou a recepção da imagem, e enviou-me outra imagem do mesmo género. Iniciou-se uma troca intensa de imagens de natal, românticas, de humor, até que esgotei o meu stock, e acabei por enviar 2 ou 3 imagens que tinha de sexo. Fiquei de boca aberta, pois conforme enviei, também recebi. Afinal quem seria a “dominadora”? Comecei a vaguear, para tentar descobrir alguém que estivesse agarrado ao telemóvel, e acabei por encontrar uma jovem mulher, sentada numa mesa do restaurante de fast-food.

Arrisquei e meti conversa. Bingo, tinha acertado em cheio. Era gira, simpática com um ar calmo e sereno. Os poucos minutos que conversamos foi o tempo suficiente, para trocarmos os nossos números de telefone. Foi a primeira vez que conheci uma mulher, através da minha habitual brincadeira com o Bluetooth do telemóvel. De modo a não demonstrar a minha terrível vontade de estar novamente com ela, aguardei até quarta-feira seguinte para a contactar, e para a convidar para um café.

Ela sem qualquer hesitação aceitou, mas insistiu que o café fosse em sua casa. Assim que lá cheguei, ela estava apenas de roupão. Cumprimentou-me, deu-me dois beijos, bebemos o café na mesa da sala, e de repente, tirou o roupão e ficou totalmente vestida de cabedal. Que loucura, porque estaria ela assim vestida? Agarrou-me no cabelo, deixou-me sem reacção, e arrastou-me para o seu quarto, deixando-me praticamente paralisado. Amarrou-me à cama e amordaçou-me. Colocou-me uma coleira no pescoço, e tratou-me como se eu fosse o seu cãozinho de estimação.

Agora eu já percebia aquele nick “dominadora”, ela era adepta de bondage, e eu fui tão inocente que não percebi isso. Ela queria dominar-me, e eu teria de ser o seu escravo. Depois obrigou-me a deitar-me no chão, e sentou-se em cima da minha boca, dando-me ordens para eu lamber, sempre a dizer: “Isso meu cachorrinho”.

De seguida, quando se sentiu preparada, sentou-se em cima da minha excitação, e cavalgou em cima de mim, não se preocupando com o meu prazer ou com a minha satisfação. Obrigou-me insistentemente e vezes sem fim, que eu entrasse por completo dentro dela. Ela nunca se preocupou com o meu prazer ou satisfação. Foi um acto de puro egoismo. Quando ela se sentiu realizada, e posso dizer que não foi uma nem duas vezes, ela soltou-me, deu-me o seu roupão e a minha roupa rasgada, e arrastou-me novamente pelos cabelos até à rua, de uma forma humilhante.

Fiquei sentado vários minutos nos degraus daquele prédio, a reflectir no que tinha acabado de acontecer. Ninguém iria acreditar nesta história? Esta aventura fez-me aprender, que uma simples e simpática mulher, pode ter um ar calmo e sereno, e simultaneamente os desejos mais estranhos e secretos. As aparências iludem. Todas as pessoas podem esconder mil segredos e desejos…


Foto: Ricky Gomez (Corbis.com)

* Mundo de Coincidências

Foi uma ideia fantástica ir comemorar o meu aniversário na Riviera Maya. No entanto, escolhemos provavelmente os piores dias para a viagem, pois quando chegamos, devido à pandemia de uma doença que estava a ter origem no México, tivemos de passar por uma junta médica. Felizmente, comigo estava tudo bem, mas a Filipa foi aconselhada a ficar de quarentena numa zona reservada, para analisar alguns sintomas.

Fiquei sozinho, e fui até à praia de Tulum, onde as águas em tons de azul-turquesa do mar das Caraíbas criavam um ambiente fabuloso. Com o clima de medo que se tinha criado nos turistas e na população, a praia estava praticamente deserta. 

Perto de mim estava uma jovem loirinha, também sozinha, que acabou por correr na minha direcção, com medo de uma iguana que se aproximou dela. Achei engraçado a cara de pânico criada por aquele pequeno animal inofensivo. Mais engraçado, foi quando a ouvi falar, percebi logo que também era portuguesa, que coincidência.

Sotaque nortenho, loirinha, baixinha, simpática. Fomos levados pelas palavras. Tínhamos muitas coisas em comum, mesmos gostos, os mesmos hobbies. Gostávamos das mesmas músicas, dos mesmos livros, dos mesmos filmes. Tínhamos viajado no mesmo avião…

Tantas coincidências… mas o mais engraçado foi quando lhe informei, que aquela viagem era uma prenda de aniversário, e que eu fazia anos exactamente naquele dia… Ela perdeu o controlo e começou a rir de uma forma descontrolada, que eu não consegui perceber o motivo? Era também o aniversário dela.

Eu quis dar-lhe uma prenda, e sem ter nada material, ousei dar-lhe um beijo na boca… que ela recebeu com agrado, respondendo-me, fazendo a sua língua tocar na minha. Foi um beijo demorado, que foi apimentado com as nossas mãos a percorrer os nossos corpos. A curiosidade era mútua e entramos num filme, num cenário paradisíaco.

Tendo a areia mexicana como colchão, e as iguanas como única testemunha, acabei por entrar dentro daquela mulher que fazia anos no mesmo dia que eu. Incrivelmente, descobrimos um encaixe perfeito, uma sintonia única, algo que eu nunca tinha sentido e difícil de explicar. Ela estava deliciada com a forma que eu percorri o seu interior. Seria pela data? Ou pela envolvência do mar das Caraíbas? Ou pela surpresa do momento?

O que é certo, é que aquele momento tornou-se tão saboroso e especial, que tudo foi feito calmamente. Olhos nos olhos, lábios nos lábios. Em cada movimento, eu saboreei os seus recantos mais profundos. A temperatura era perfeita, tudo parecia perfeito, de tal forma que nos esquecemos por completo, do símbolo que tínhamos no dedo da mão esquerda. 

O remate perfeito daquele momento foi o seu sussurrar, com um delicioso sotaque do norte, com pedidos ordinários de prazer, que me deixaram perfeitamente louco. Ela chamava-se Maria, exactamente o nome da minha primeira namorada. Apenas mais uma coincidência.

Acho que foi o momento de prazer mais paradisíaco da minha vida, uma excelente prenda de aniversário. Ela voou nas demoníacas asas de um anjo até às portas do paraíso. Foi único. Saborear uma pessoa que faz anos no mesmo dia que tu, será sempre assim tão especial?

A caminho do hotel, combinamos entre os dois, que o que tínhamos acabado de viver, era um segredo só nosso, e que não podia repetir-se. Tínhamos de respeitar os nossos companheiros. Quando chegamos, o período de quarentena tinha terminado, e encontramos a Filipa e o Carlos a conversar, sentado à beira da piscina, de uma forma muito cúmplice e íntima. 

Ficamos surpreendidos com aquela cumplicidade, mas eles justificaram-se, pelo facto de terem sido colegas, e de já terem sido namorados… Terá sido apenas mais uma coincidência??? 


Neste mundo de coincidência, foi incrivelmente saboroso conhecer o interior de uma mulher que faz anos no mesmo dia do que eu. Tu gostavas de sentir a mesma sensação?

Foto: Stanislas Merlin (Corbis.com)

* Check Mate



A Glória era uma rapariga quase perfeita, filha de um casal amigo dos meus pais, que viviam em Cascais, o pai era médico e a mãe era juíza. Era uma rapariga com um comportamento quase irrepreensível, educada, bonita, com excelentes notas na escola, praticava ténis e sonhava ser pediatra.

No entanto, eu sempre desconfiei que por detrás de tanta perfeição, a Glória fosse uma rapariga com um espírito mais ousado e rebelde. Sempre que ficava mais perto dela, ela provocava-me, ela gostava de me provocar, colocava-me a mão no peito, apalpava-me o rabo de surpresa, e eu nunca percebi bem o objetivo daqueles comportamentos, mas eu como sou uns anos mais velho do que ela, respondia sempre às suas provocações, em tom de brincadeira: “… esquece, só quando tu tiveres 18 anos…

Certa tarde, eu estava sozinho em minha casa, na mesa de xadrez que tenho na sala, onde eu gostava de me distrair, a resolver jogadas complicadas deste jogo de tabuleiro. De repente oiço passos, e vejo que era a Glória junto de mim: “… como entraste aqui? O que estás aqui a fazer?

Ela com uma roupa praticamente transparente, um vestido curto, chegou junto de mim, colocou o dedo indicador nos meus lábios, ordenando-me daquela maneira para me calar, e disse: “xiuuuuu… é importante saberes a forma como entrei aqui? O que importa é que estou aqui, e ontem foi o meu aniversário… ontem fiz 18 anos… deixaste de ter desculpas, hoje vou ser tua… quero receber a minha prenda…”

E no espaço de tempo em que disse aquelas palavras, ela sentou-me à minha frente, em cima da mesa, derrubando todas as peças do tabuleiro. Eu sentado na cadeira, e ela em cima da mesa, com as pernas mesmo à minha frente. Afastaram-se calmamente, confirmando o que eu já desconfiava, isto é, ela não tinha roupa interior. 

Fiquei sem reacção. Ela inclinou o corpo para trás, colocou os pés em cima da mesa, mantendo as pernas afastadas. Não é difícil imaginar o que o meu instinto me obrigou a fazer de um modo devorador. A minha língua tocou-lhe, lentamente, de baixo para cima. Pela direita, pela esquerda ou pelo meio, a minha língua fez aquele percurso diversas vezes, sempre calmamente. Ela tremia, deliciosamente…

Confesso de adorei chegar ao ponto mais alto daquele caminho, parar, e chupa-lo carinhosamente. Sugar aquele ponto quente e activo, durante alguns minutos, levou a Glória à loucura. A força dos meus lábios, o toque da minha língua estava a esgotar o seu tenro corpo feminino. Foi ela que me obrigou a parar, ela queria ser penetrada, quis sentir o meu corpo entrar dentro do seu.

Mantive-me sentado na cadeira, e ela fez o seu corpo escorrer, sentando-se no meu colo, num encaixe perfeito. Beijei a sua boca, enquanto ela coordenava os movimentos, num jogo excitante de cintura, onde a penetração foi sempre total. Ela, completamente preenchida, mexia-se de um modo delicioso…

As suas mãos agarraram o meu cabelo, e dirigiram a minha cabeça em direcção ao seu peito. Ela quis sentir a minha língua ali, e aproveitou aquele momento para se confessar num sussurro junto do meu ouvido: “desejei-te durante toda a minha adolescência… tu és o meu desejo, o teu corpo vive na minha imaginação… eu sonhei com este momento durante muito tempo, e mesmo que não se torne a repetir, nunca te vou esquecer durante toda a minha vida… mas tu tinha de ser meu… eu desejava-te loucamente…”

E foi com aquelas palavras, que a Glória deu início a movimentos com o seu corpo, onde se tornou impossível resistir. Ela subia, para rapidamente descer… Tudo o que ela fez naquele momento transparecia desejo, e eu não sendo de ferro… e derreti-me de prazer, simultaneamente com ela, num abraço forte… Check Mate

Ela foi simplesmente deliciosa, mas eu fiquei sem saber, como poderia qualificar aquele momento. Seria apenas desejo? Seria paixão? Apenas atracção? Eu confesso que queria mais, queria repetir, queria voltar a sentir aquele corpo jovem em meu poder, mas tinha medo das consequências… 

Eu desconfiava que aquilo que ela sentia por mim, era apenas uma obsessão de adolescente, é normal este sentimento nas mulheres, e depois passa, certo?

Foto: Thomas Kruesselmann (Corbis.com)