A Eduarda era
minha colega num Clube de Ténis que eu frequentava em Lisboa. Ela era a minha
adversária favorita e difícil de vencer. Era determinada e os dois criamos uma
rivalidade desportiva que alimentou a nossa amizade.
Apesar de
sermos os dois comprometidos, parecia que eu e a Eduarda não podíamos viver um
sem o outro. Sentíamo-nos próximos. Quando não estávamos juntos, o telefone
anulava a nossa distância. Era um sentimento de atracção difícil de explicar.
Por diversas vezes, tive uma terrível vontade de beijar a sua boca, mas sempre
resisti ao pecado. Sentia que este desejo era recíproco. Era um sentimento
silencioso que os olhos não conseguiam esconder...
Certa noite,
Lisboa estava a ser assolada por um vento polar que fez as temperaturas
baixarem até aos 0 graus. A Eduarda enviou-me um sms: “a minha cama está
gelada…” Eu estava no meu quarto,
já de pijama, quando recebi esta mensagem, e um pouco sem pensar questionei: “queres
ajuda para aquecer a cama?”. A resposta dela surpreendeu-me por completo: ”Vem…
mas tens de entrar sem fazer barulho… os meus pais já estão a dormir…”
Vesti um casaco cumprido em cima do meu pijama, entrei no carro e fui
até à casa da Eduarda. Quando cheguei, ela abriu a porta com um pijama escuro,
de mangas compridas e de um tecido quente. Sem dizer uma única palavra, fechou
a porta devagar, e fez-me sinal para eu seguir para o seu quarto. Assim que
entramos os dois no quarto, ela fechou a porta à chave, fazendo um sorriso de
traquinice de criança. É verdade, parecíamos duas crianças a fazer algo de errado
que ninguém podia saber. Apagamos a luz, entramos dentro da cama, e ficamos bem
tapados com os lençóis e o édredon branco que existia naquela cama, a tentar vencer
o frio.
E agora? No escuro daquela cama, demos um abraço forte, meigo e
carinhoso. Confesso que o desejo do beijo surgiu mais forte do que nunca. Os
corpos ficaram bem colados, frente a frente, com o nariz a tocar um no outro.
Para tentar resistir, rodei o meu corpo, fiquei deitado de lado, e fiz a
Eduarda agarrar-se às minhas costas. Ela agarrou-se a mim, colocou a mão dentro
do meu pijama, e percorreu a sua mão lentamente no meu peito. A sua mão desceu
e parou na zona do meu umbigo.
Apesar de eu estar calado e imóvel, o meu corpo desencadeou uma reacção
que eu não consegui controlar. A Eduarda sentiu, e sem pedir autorização ousou
tocar-me. Adorei sentir a sua mão num local do meu corpo que estava
incrivelmente sensível. Ela foi meiga, carinhosa e ternurenta dos movimentos
calmos que me ofereceu.
De forma a evitar o descontrolo total, os nossos corpos
rodaram, ficando eu agarrado às costas da Eduarda, em conchinha. Não foi fácil
ficar naquela posição, pois ela sentia o meu descontrolo a tocar no seu corpo.
Eu agarrei-a, beijei o seu pescoço e toquei no seu peito. As minhas duas mãos
envolveram o seu tronco, e agarraram o seu peito. Senti que ela adorou a
sensação de domínio dos meus braços.
Agora foi a minha vez de fazer a minha mão descer calmamente.
Deliciei-me com a sensação suave da pele da sua barriga, adorei encontrar o seu
umbigo. Senti que podia continuar esta perigosa viagem, e entrei dentro das
calças daquele pijama. Eu estava a entrar numa zona perigosa que não era minha.
Senti que ela tinha alguns pelos naquela zona do seu corpo, mas poucos.
Decidi não descer mais, mas acabei por tocar no ponto mais sensível do seu
corpo. Estava vivo, estava activo, e muito suavemente, o meu dedo caminhou em
seu redor, dando origem a um percurso circular, cujo centro era o ponto mágico
de prazer do corpo da Eduarda. Eu sussurrei-lhe ao ouvido: “é melhor eu ir
para casa…” Ela virou-se para mim, voltamos a ficar cara a cara, com o
nariz a tocar um no outro.
Ficamos no limiar de concretizar o nosso desejo, mas conseguimos impedir.
Mesmo assim, talvez tenhamos pisado o risco, pois somos os dois comprometidos. Teremos
sido infiéis? Aquela noite fria fez-nos pensar, e agora? Como vai ser tudo depois
daquela noite?
Foto: Ole
Graf
(Corbis.com)
:)
ResponderEliminarbjinhos
Paula
Nossa, que resistência !
ResponderEliminarObrigado por seguir-me, querido. Estou te seguindo tb.
Beijinhos da Lola.
beijo sussurrado
ResponderEliminar