A empresa ganhou um
concurso público, em que teria de instalar um sistema, em todas as capitais de
distrito, de Portugal Continental. Os escolhidos para fazer uma primeira
análise, em todos os locais, fui eu e a Carmen.
Nós
tínhamos 18 dias para percorrer as 18 capitais de distrito, ia ser uma
terrível, e stressante maratona contra o tempo, pois apesar de a análise no
local, ser um trabalho rápido, mas o tempo a viajar ia ser muito.
As
coisas foram correndo bem, eu e a Carmen estávamos a fazer uma boa equipa, e
estávamos a conseguir dar bem conta do recado, mas os problemas começaram a
aparecer quase no final, quando apenas nos faltava a região do Nordeste do
país.
Estávamos a circular na
A24, entre Viseu e Chaves, quando fomos surpreendidos com um forte nevão, que
bloqueou por completo a estrada e nos obrigou a parar. Estávamos bloqueados e
sem possibilidade de prosseguir.
Segundo a informação que a autoridade nos deu,
teríamos que aguardar pelo limpa-neve. Ficamos desesperados. Foi nessa altura
que a Carmen libertou todo o stress acumulado nas últimas semanas. Começou a
chorar e demonstrou algum desespero. Já não via o marido nem o filho, o pequeno
Sebastião, há quase duas semanas, e a viagem por todo país estava a ser desgastante.
Tentei acalma-la.
Abracei-a, acariciei-a. Ela ao sentir o meu carinho ficou mais calma e
agarrou-se a mim, com força. Passei-lhe a mão pelos cabelos e ela encostou a
sua cabeça no meu peito. De seguida, olhou-me nos olhos, e deu-me um surpreendente
beijo na boca. Não neguei e correspondi-lhe.
Ficamos ali, durante algumas
horas, dentro do carro, como se fossemos dois adolescentes. Beijos e mais
beijos. As nossas mãos não permaneciam quietas, e percorriam todas as partes
dos nossos corpos. Aquele momento estava a trazer-me à memória, as primeiras
vezes que sai de carro com uma namorada.
Estávamos isolados, e tudo
era permitido, mas apenas estávamos a saciar a nossa carência de afectos, e
fazer esquecer, a distância que estávamos das pessoas que mais gostávamos.
Aquela intimidade, por estranha que parecesse, até era normal, pois eu e a
Carmen estávamos juntos há mais de duas semanas, e já tínhamos feito centenas
de quilómetros juntos.
Algumas horas depois,
quando a estada ficou livre, já tinha passado a hora de fazer o nosso serviço,
e fomos diretamente para o hotel, que estava reservado em Bragança. Nessa
noite, à semelhança das outras, tínhamos dois quartos reservados. Depois de
passarmos a recepção e de subirmos a escada, acabamos por ficar os dois no
quarto dela. Todas aquelas carícias, e trocas de afecto durante a tarde,
abriu-nos o apetite para mais.
Acabamos por nos entregar
um ao outro, atirando tudo para trás das costas. Foi tudo tão intenso.
Estávamos a precisar de libertar toda a energia acumulada nas últimas semanas.
Aquela mulher tinha um corpo, que não deixava nenhum homem indiferente. A sua
parte mais íntima era perfeita. Foi fantástico entrar dentro de tanta perfeição.
Ela quis tudo. Estava insaciável.
Eu correspondi no meu melhor, dando-lhe todo o prazer que ela me exigiu. Fui um
homem forte e intenso, que correspondeu sempre ao ritmo que ela pedia. Ela ao início
pediu carinho e penetrações suaves, mas ao fim de algum tempo, quis-me mais
intenso. Duro, feroz e voraz. O corpo dela transbordava de desejo e de vontade.
A neve que estava na rua,
não arrefecia a temperatura naquele quarto. Acabei por presentear todo o seu
peito, com tudo o que saiu de dentro de mim. No dia seguinte estávamos
revigorados, e o nosso trabalho foi retomado como se nada tivesse acontecido,
quer dizer, foi mais produtivo, pois estávamos os dois muito mais aliviados e
bem-dispostos.
Os nossos corpos estavam a precisar daquilo, e as nossas almas
ainda mais. Juntamos a fome com a vontade de comer…
Foto: Vincent Besnault (Corbis.com)
Imagem cada cena... uma delícia!
ResponderEliminarAdorei o texto (:
ResponderEliminargostei... simples, narrativo, deixando a imaginação correr...
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