* Sono Molhado


Os tempos estavam difíceis, e como forma de aumentar o orçamento familiar, a mãe do David decidiu transformar o escritório lá de casa noutro quarto, e decidiu aluga-lo. Aquele quarto foi alugado à Joana, uma bióloga marinha dos Açores, que veio para Lisboa fazer um estágio no Zoo.

Eu e o David éramos grandes amigos, e andávamos numa fase da nossa vida dedicada a descobertas sexuais, com revistas e filmes, e tínhamos a enorme fantasia de ter uma mulher nua à nossa frente. O David de uma forma ilegal, conseguiu arranjar a chave do quarto da Joana, e apesar de ter tentado instalar clandestinamente uma webcam no seu quarto, nunca conseguiu nenhum registo da jovem açoriana.

A nossa obsessão era grande, e por vezes, entravamos dentro do seu quarto, em busca de algo mais íntimo dela, mas nada. A Joana saía cedo de casa, e chegava sempre muito tarde, e mesmo assim quando chegava, dizia apenas “boa noite”, e fechava-se no quarto. 

Era uma jovem muito bonita, mas que já tínhamos percebido que se dedicava por completo ao seu estágio. Nós, rapidamente percebemos que o melhor seria desistir, pois ela nunca conversava lá em casa, nem tinha nada de interessante no seu espaço. No entanto, naquela noite, o David ligou-me perto da meia-noite, pois a mãe já estava a dormir e a Joana também dormia, mas com a porta do quarto apenas encostada. 

Eu fui a correr ter com ele, e num silêncio total, espreitamos para dentro do quarto dela. Tivemos uma visão arrebatadora, pois a Joana estava a dormir, deitada de barriga para baixo, apenas de cuequinhas.

Eu e o David, ficamos ali, ansiosos para que ela se virasse, e para finalmente termos oportunidade de ver ao vivo, o peito de uma mulher. O que é certo, é que o tempo passava, e ela continuava sem se mexer. Eu, assumindo o perigo, ousei entrar naquele quarto, pé entre pé, sem fazer o mínimo barulho, e cheguei junto dela. Ousei cheirar o seu corpo, e fiquei apaixonado pela sua pele.

Esta minha ousadia fez a Joana mexer-se, e o seu corpo rodou, ficando agora deitada de barriga para cima. Perfeito. Fiquei cheio de medo que ela acordasse, mas não aconteceu, e ela continuou no seu sono profundo. O David acabou por entrar e também ficou vidrado, olhou para mim, e sussurrou-me de uma forma quase própria de um tarado: “Mamas…

Sim, pela primeira vez tínhamos as mamas de uma mulher ao vivo, mesmo à nossa frente. Ficamos incrivelmente excitados, e o David, fez questão de baixar ligeiramente as calças, e mostrar o estado em que se encontrava. Duro, muito duro, e eu estava igual, e também lhe mostrei o meu estado. E agora, o que fazíamos?O que queríamos fazer, nós sabíamos, mas não era possível, que era perder a virgindade com aquela jovem, mas eu fui ousado, e com a minha excitação na mão, comecei aquele movimento que todos os homens conhecem, e todos adoram fazer. 

O David ficou a olhar para mim, mas não foi capaz de me imitar. Ele ficou calado e imóvel a ver o rápido movimento da minha mão, que puxava toda a minha pele para trás, deixando a descoberto aquela zona sensível do meu corpo, que desejava incessantemente estar pela primeira vez dentro de o corpo de uma mulher. 

Os meus olhos estavam fixos naquelas mamas, e a aceleração da minha mão já não tinha como parar, só faltava decidir para onde direccionar tudo o que estava na eminência de sair de dentro do meu corpo. O David percebeu a minha dúvida e apontou para as mamas da Joana, mas foi tarde demais, porque tudo saiu antes de estar direccionado para aquele peito delicioso. 

O jacto vigoroso, quente e viscoso que foi disparado do meu corpo, ficou depositado na barriga da Joana, escorreu e foi absorvido parcialmente pelo único tecido que ela tinha no corpo. Eu e o David saímos rapidamente daquele quarto, enquanto ela continuou no seu profundo sono, agora molhado… O que terá ela pensado quando acordou?


Foto: Rick Gomez (Corbis.com)

* Véspera de Casamento



Eu fui a um casamento no Norte, no Gerês, no primeiro fim-de-semana de Outubro. Ia casar-se a Telma, uma prima afastada do meu pai, que eu não fazia ideia de quem era, mas veio família de toda a parte do mundo, para este mega-casamento.

Quando lá chegamos, verificamos que os meus tios viviam numa grande casa, numa zona isolada no Parque Natural. O meu tio era um empresário influente no concelho de Melgaço. Eram muitos os convidados para a festa, e os familiares que vinham de longe ficaram hospedados na sua casa, sendo distribuídos pelos quartos disponíveis.

Eu fiquei a dormir num quartos do 1º andar, havia um colchão no chão e uma cama de casal. Eu ia dormir no chão e na cama de casal ficavam as minhas primas Monique, que vive em Marselha, e a Telma, a noiva...

Na 1ª noite em que lá ficamos, e véspera do casamento, acabei por recolher mais tarde ao quarto, porque fiquei a conversar com os meus primos do Canadá, que eu mal conhecia. Quando entrei, a Monique e a Telma pareciam já dormir. Eu estava com dificuldade em dormir, até porque aquele colchão não era nada confortável. A meio da noite a insónia persistia, e eu comecei a notar alguma agitação na cama das minhas primas.

Tentei discretamente verificar o que se estava a passar e deparei-me com a Monique a esfregar o seu peito nas costas da Telma. Se ao início não houve resposta nem reacção, ao fim de alguns minutos esta acabou por se virar e ficaram frente a frente. De forma discreta e silenciosa tocaram os peitos bem durinhos, uma na outra, bem devagar, biquinho com biquinho. Era visível o entusiasmo.

Eu não estava a acreditar no que estava a ver e de repente vejo-as a beijarem-se na boca, num beijo bem demorado, língua com língua. Eu estava paralisado e elas tinham-se esquecido que eu estava ali... eu estava perfeitamente imóvel, mas de olhos bem abertos. Tudo isto acontecia na presença do vestido da noiva, que estava pousado num cabide mesmo ao lado da cama.

Aquele beijo na boca não parou, e propagou-se pelo resto do corpo. Acabaram por inverter as posições na cama e a saborear a zona do corpo que muito provavelmente estaria mais quente. O silêncio era tal, que eu ouvia na perfeição o barulho do movimento daquelas duas línguas a tocar em zonas húmidas… 

Se eu já não conseguia dormir, agora estava mais alerta do que nunca. Na cama, os corpos começaram a enrolaram-se, e elas acabaram por entrelaçar as pernas, uma na outra, e esfregavam aqueles dois vulcões em erupção, um num outro. Um perfeito enquadramento daqueles dois corpos femininos.

Adorei assistir ao contacto íntimo, daquela zona do corpo delas. Eu começava a ficar descontrolado e comecei a pensar seriamente em levantar-me e questionar se elas não estariam com falta de mais nada. “Vou ou não vou?” Mas eram minhas primas, e uma era a noiva… A dúvida continuava na minha cabeça, até porque eu também me encontrava incrivelmente excitado.

Elas estavam descontroladas, e as mãos delas tocavam e esfregavam estrategicamente no sítio certo. Elas gemiam baixinho, mas de forma ofegante. A manifestação de prazer foi tão intensa, que só percebi que elas estavam realmente satisfeitas quando aqueles dois corpos nus acabaram por adormecer exaustos. Eu levantei-me e fui vaguear para rua até nascer o sol. Ainda me custava a acreditar no que tinha acabado de assistir. 

Terei feito mal não me ter feito convidado para participar com elas? Teria sido a primeira vez num acto de curiosidade? Teria sido uma verdadeira despedida de solteira? O noivo saberá deste gosto especial da Telma?

No dia seguinte, durante o casamento, eu estava cheio de sono, mas sempre que eu olhava para a noiva, via os seus olhos brilhar de felicidade. Qual seria o verdadeiro significado de tanta felicidade? O casamento ou a noite passada? Nunca saberei…

Foto: Pete Leonard (Corbis.com)

* Sem Toque


A Joana era uma das miúdas mais giras da escola, mas os rapazes não se interessavam por ela, pois ela apregoava aos quatro cantos, que queria se casar virgem.

Visto que a grande maioria dos jovens já tinham iniciado a sua vida sexual, isto era sem dúvida, um bom pretexto para afastarem-se de si. Eu não considerava isso fundamental, e achava a Joana uma miúda fantástica. Ela era a melhor aluna da turma, e sonhava ser médica, tal como a mãe e pai.

Nós os dois ganhamos uma grande afinidade, e acabamos por começar a namorar.

A nossa relação foi desenvolvendo-se, mas eu nunca fiz qualquer pressão para obrigar a fazer o que ela não queria, no entanto sentia que ela estava cada vez mais curiosa, relativamente a tudo o que era relacionado com sexo. Os nossos beijos demorados, a sua mão procurava mais no meu corpo, parecia que ela queria ir mais longe.

Todas as noites antes de dormir, eu fazia questão de lhe ligar para lhe desejar uma boa noite, e para lhe dizer que a amava muito. Estas conversas nocturnas começaram a desenvolverem para temas mais quente, começaram a provocar mais desejo. 

Com grande frequência, estas conversas terminavam em doces momentos de prazer pelo telefone. Um orgasmo de cada lado, e um acumular de muito desejo. Eu adorava ouvir os seus secretos gemidos, enquanto se tocava, e procurava o seu mais profundo prazer.

Certo dia, por volta das 22h, ela enviou-me um sms com a mensagem: ”Vem depressa a minha casa. É muito urgente. Preciso de ti.”. O que terá acontecido? Fui a correr desde minha casa para ir ter com ela. Quando lá cheguei, ela encaminhou-me para o seu quarto, e disse-me para eu não me preocupar, pois os pais dela foram chamados de emergência, para reforçar a urgência do Hospital, devido ao surto de gripe.

Quando cheguei ao quarto, ela disse-me para eu me sentar no cadeirão, ela deitou-se na cama, pegou no telemóvel e ligou-me. Porque estava ela a ligar-me se estávamos frente a frente? Mas assim que atendi a chamada, percebi o que ela queria. Eu conhecia aquela maneira de falar, baixinho, excitante e misterioso.

Deitada na cama, a sua mão começou a percorrer o seu corpo, o seu peito e a sua barriga, acabando por entrar dentro da sua negra roupa interior. Eu comecei a não me conseguir conter, e mais louco fiquei, quando ela decidiu se despir por completo. Foi a primeira vez que vi o seu corpo nu. 

Acabei por também tirar a minha roupa, e ficamos os dois nus, frente a frente, pela primeira vez. Os nossos olhos percorriam os nossos corpos, em busca de todos os pormenores, com o objectivo de memorizar tudo na nossa cabeça. Eu estava com um terrível desejo de lhe tocar, mas não avancei. Não a queria pressionar.

A nossa conversa continuou pelo telefone, enquanto tudo estava cada vez mais ardente. A Joana utilizou um pequeno peluche, que certamente fazia parte da sua infância, e começou a utiliza-lo em busca de prazer. Foi delicioso, quando ela de uma forma suave e calma se acariciava com aquele pequeno boneco.

Foi um carinhoso contacto no seu corpo em busca do prazer que tanto desejava, e nos instantes antes de o atingir, ela pediu-me: “vem, quero sentir pela primeira vez na minha vida, o prazer de um homem a escorrer-me pela pele.” 

E logo de seguida, quando eu efectivamente lhe ofereci tudo o que saiu de dentro de mim, ela afirmou: “Tão quente, tão bom. Criaste em mim o desejo de sentir todo este líquido dentro de mim. Hoje foi o teste final. Não senti qualquer vergonha de te mostrar o meu corpo, e de te mostrar o meu prazer. É melhor te preparares, pois o nosso dia está a chegar.


Foto:Sie Prodution (Corbis.com) 

* À Luz do Frigorifico


O Marco tornou-se num bailarino muito famoso em Portugal, e grande parte dessa fama, deve-se à insistência que sempre tive com ele, para não desistir do grande sonho da sua vida, ser bailarino. Ele tinha muito talento.

Ele reconhecia a minha forte colaboração na realização deste sonho, e dessa forma, fazia questão que eu tivesse sempre presente na estreia dos seus espectáculos. 

E foi assim, que viajei até ao Norte, para uma estadia de dois dias, para assistir ao primeiro espectáculo da temporada, que iria realizar-se no Coliseu do Porto.

Fiquei hospedado no seu apartamento na Povoa de Varzim, e na noite do espectáculo, regressamos já bastante tarde a casa. O Marco recolheu-se exausto para o quarto, e eu fiquei a ler um pouco antes de adormecer.

Sem sono, e com sede, dirigi-me à cozinha em busca de um copo de água, e quando entrei tive uma surpresa: uma mulher. O que fazia uma mulher na escuridão da cozinha, com a porta do frigorífico aberta? Quem era ela?

Em silencio, ficamos os dois a olhar um para o outro, pois a surpresa foi mutuo. O seu rosto não era facilmente perceptível na escuridão, mas a silhueta do seu corpo destacava-se na contra luz daquele cenário. 

Os meus olhos percorreram todas as suas curvas do seu corpo, pedindo-me para caminhar na sua direcção, numa condução que poderia ser perigosa. Aquele corpo feminino apenas tinha vestido um top branco semi transparente, que não mostrava tudo, mas fazia a imaginação voar.

Sem pensar e sem fazer perguntas, cheguei junto dela, agarrei-a no braço e encostei-a à parede. Ela não resistiu àquele meu movimento bruto e irracional. As minhas mãos perderam-se nas suas curvas, na sua cintura estreita, na sua barriga. 

Depois de tocar no seu sensível umbigo, subi calmamente e agarrei aquele peito, que tinha a dimensão perfeita para a minha mão poder apertar. Com os dois corpos colados, ela já me sentia a latejar, e já podia imaginar o que queria dela.

Foi nesse momento que eu, com uma mão seu cabelo, e outra na sua cintura, dobrei o seu corpo sobre a mesa da cozinha, deixando o seu peito colado na toalha que estava vazia. O meu dedo tocou-lhe, e sentiu o seu húmido desejo a chamar por mim. Com a ajuda da minha mão, procurei o caminho certo, e esfreguei-me naquela zona quente, até garantir que tinha as portas totalmente abertas para poder entrar.

Lá dentro fiquei doido, e com as minhas mãos a agarrar os seus ombros, ganhei balanço para grandes e profundas penetrações, onde eu entrava e saia de um corpo feminino que parecia derreter de prazer. 

Ela, silenciosamente, delirava sempre que sentia o movimento do meu corpo a entrar dentro dela. Percebi que ela adorava a sensação de um homem forte e duro, a penetra-la por completo. Eu estava louco e irracional, com uma estranha rendida nos meus braços, numa casa que não era minha. Eu não estava a pensar…

A minha única duvida naquele momento, era saber quanto tempo eu ainda conseguiria aguentar com aquele ritmo frenético, de entrar e sair de dentro daquela mulher. Ela acabou por usar os seus próprios dedos para ajudar a encontrar o seu prazer, tocando no seu sitio chave, enquanto eu sentia no seu interior, as contracções do seu prazer. Eu não consegui aguentar mais nenhum segundo…

Tudo aconteceu no escuro, apenas com a luz do frigorífico de fundo, e foi assim no escuro que ela saiu daquela cozinha. Depois de tudo o que aconteceu, eu não ouvi uma única palavra na sua boca. Seria portuguesa? Seria estrangeira? Afinal quem seria aquela mulher?

Regressei para o meu quarto mas não consegui dormir, pensando em tudo o que tinha acontecido. Seria namorada do Marco? Seria uma amiga dele? Uma colega da companhia de bailado? O que fazia ela assim vestida na cozinha? De onde é que ela surgiu? Eu estava a ficar louco, mas não tive coragem de falar neste assunto com ele…

Foto: Pinto (Corbis.com)

* Discreta Ousadia





A Neusa era uma colega de trabalho simples, discreta e reservada, e que fazia questão de usar sempre um estilo de roupa bastante elegante. Trabalhávamos no mesmo edifício, mas em pisos e departamentos diferentes. Eu cruzava-me com ela diversas vezes, e trocávamos sempre um sorriso de cortesia. 



Curiosamente, começamos a beber o café da manhã à mesma hora, juntamente com outros colegas. As conversas eram díspares, sobre eventos do fim-de-semana, sobre assuntos de família, notícias do dia-a-dia, mas quase sempre estas conversas acabavam em assuntos mais ousados. Numa empresa onde a grande maioria dos funcionários são homens, o tema “sexo” surge com demasiada regularidade.



A Neusa corava e retirava-se em silêncio, assumindo assim a sua timidez natural. Confesso que percebia bem o sentimento dela, pois os nossos colegas exageravam, detalhando conversas demasiado íntimas. Em determinado momento, ela optou por começar a beber o seu café matinal, sozinha.



Sentindo aquele comportamento, decidi enviar-lhe um mail, mostrando a minha compreensão sobre o seu afastamento. Esta mensagem foi o início de uma longa conversa no silêncio das teclas dos nossos computadores.



Nas suas palavras, descobri uma mulher imaginativa e sonhadora, não assumindo qualquer tabu na sua intimidade, mas reservando todas as suas loucuras para dentro de quatro paredes. Ela confessou-me que os prazeres do seu corpo são elaborados e complexos, e carecem de muita dedicação e qualidade para atingir a perfeição. Estas palavras alimentaram a minha curiosidade e despertaram o meu desejo.



Naquela empresa, ninguém imaginava as palavras quentes que o outlook transportava entre o 3º e o 4º piso. Na semana seguinte, no dia de aniversário da Neusa, decidi surpreende-la com um presente. De manhã, quando ela chegou ao seu posto de trabalho, tinha um pequeno presente em cima da sua secretária. Ela abriu reservadamente, e facilmente percebeu a origem de tal oferta, uma lingerie negra.



Eu já tinha confessado, que imaginava que uma lingerie negra, certamente ficaria perfeita na sua pele clara, e o seu cabelo escuro. Sempre adorei esse contraste de cores, e ela sabia. Nesse dia, ela não respondeu a nenhuma das minhas mensagens. Ela não atendeu a nenhum dos meus telefonemas. Ela teria levado a mal a minha oferta? Fiquei triste, perturbado, preocupado. Nessa noite não consegui dormir…



Na manhã seguinte, tudo continuava igual. O que teria acontecido? A meio da manhã, recebi um telefonema, a informar-me que tinha uma reunião marcada na sala nº5. Reunião? Não está na minha agenda!! Desci até à sala de reuniões, mas não tive uma reunião, tive uma surpresa. A Neusa esperava por mim…



Ela quis surpreender-me. Trazia um vestido preto, cintado, e umas botas de cano alto. Ela estava elegante como sempre. Eu fiquei tímido, sem saber o que dizer. Qual era o objetivo da reunião? Ela quis mostrar-me como tinha gostado da minha prenda. Ela pediu-me para ficar sentado, e retirou o vestido calmamente, sem nenhuma espectacularidade.



Adorei ver o seu corpo, a sua pele e o seu ventre liso. Aquele momento ultrapassou tudo o que eu tinha imaginado. Senti que tinha brincado com o fogo. A Neusa era fogo, e eu acho que me queria queimar.



Ela voltou a vestir-se calma e naturalmente, deu-me um beijo no canto da minha boca deixando as marcas do seu baton vermelho, e segredou-me: “tenho de ir trabalhar… mas hoje já podes imaginar como estou debaixo deste vestido…” O nosso jogo de sedução e provocação estava cada vez mais refinado. Será difícil imaginar como isto vai acabar? Eu estava a adorar a sua discreta ousadia…



Foto: Autor Desconhecido (corbis.com)