Viagem para Lisboa


Naquele final de tarde, depois da época de Natal, a D. Alice, grande amiga da minha mãe, pediu-me se eu não me importaria de dar boleia à sua filha, Vanessa, porque havia greve dos comboios e ela tinha de ir para a faculdade em Lisboa. Não vi qualquer inconveniente e deste modo até teria companhia para a viagem.
A Vanessa era mais nova do que eu cerca de 5 ou 6 anos. De ano para ano, sempre que ia à terra dos meus pais, eu ficava encantado com o facto daquela menina tímida estar cada vez mais bonita. O facto de ela ter ido para Lisboa, transformou uma simples menina de uma aldeia, numa sensual mulher cosmopolita.
A viagem foi feita num dia complicado, pois havia muito transito nas estradas e o tempo estava chuvoso. Com o decorrer da viagem, fui conseguindo manter a conversa com ela, e aquela menina tímida foi perdendo a vergonha de conversar comigo.
A viagem era longa e a conversa devolvendo-se… Ela confessou-me que não tinha namorado, e nunca tinha estado com um homem. Não se sentia preparada, e que achava que os homens só se interessavam pelo corpo dela. De facto ela tinha um corpo fantástico. Naquele momento, fiz-lhe uma pergunta, talvez um pouco irreflectida: Não sentes desejo? Vontade?

Ela riu-se com a minha admiração e com a minha pergunta espontânea. E respondeu-me sem qualquer complexo, que estava constantemente em ebulição, e soltou mais uma forte gargalhada. Disse-me que não entregava o corpo, mas entregava a alma. Procurava na internet e nos chats existentes no teletexto das Tv’s, companhia para matar o seu desejo. Tinha alguns amigos virtuais que lhe respondiam sempre aos seus sms provocantes… E perguntou-me: Queres ouvir o que eles me dizem: Vou provocar um….
Depois de trocarem 3 ou 4 sms, o telefone da Vanessa tocou, e ela colocou em alta-voz de modo que conseguisse ouvir toda a conversa. Do outro lado estava uma voz descontrolada, excitada e ofegante. Ao meu lado, ela também começou a perder um pouco o controle. Desapertou o botão das calças, e fez a mão direita entrar lá dentro, enquanto a esquerda continuava a segurar no seu telemóvel vermelho. O rapaz dizia que lhe fazia tudo, que a lambia, que a chupava, que lhe dava todo o prazer do mundo, e que não se importava de ser o seu escravo sexual. Ela pedia mais, sempre mais…
Uma coisa é certa, eu estava excitadíssimo com aquela conversa, mas não podia tirar os olhos da estrada, mas os meu ouvidos estavam atentos à conversa e ao som que conseguia ouvir dentro das calças da Vanessa… Aqueles dedos batiam em algo molhado, percebia-se pelo som, ela estava excitadíssima… e muito pouco tempo depois, o prazer entre os dois chegou e o telefone desligou…
Depois daquela viagem, tornei-me um grande amigo e conselheiro sentimental e sexual daquela jovem, mas nunca existiu nada mais entre nós…
Foto: Morgan David de Lossy (corbis.com)

3 comentários:

  1. Viagem difícil de resistir...

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  2. Quem nao gostaria de uma viagem dessas!!
    que verdadeira loucura!
    adorei a historia..

    parabens

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  3. Amigo e conselheiro sexual. Parece-me bem! :D

    Adoro como escreves.

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