* Invisivelmente Delicioso

Faltavam-me poucas cadeiras para terminar o curso, e como último folgo, comecei a estudar para os últimos exames, nas salas de estudo da Faculdade de Psicologia. Não ficava muito longe de minha casa, e o facto de não conhecer lá ninguém, aumentava a minha concentração, e reduzia os factores de distracção.

Era um espaço frequente praticamente por mulheres, mas naquele momento da minha vida, apenas me queria concentrar nos estudos.

No entanto, naquele final de tarde, quando cheguei, existia uma grande placa junto da entrada que dizia: “Girls Columbia University Welcome to Lisbon”. Fiquei curioso, e perguntei ao porteiro o significado daquela placa. Ele informou-me que todos os anos, em Junho, durante três semanas, a Faculdade fazia um intercâmbio de estudantes com Faculdades Americanas. Ele, em tom de brincadeira, rematou: “as raparigas que vieram este ano parecem todas do American Pie… eheh”.

Desconhecia a existência deste intercâmbio, mas achei uma ideia interessante, e a única diferença que senti com este acontecimento, foi o facto de a última sala, onde eu normalmente estudava por ser a calma, ter ficado reservada apenas para as estudantes da terra do Tio Sam.

O Wc dos homens esteve encerrado durante uns dias, devido a uma pequena rotura num cano, e quando reabriu, ainda era visível que os trabalhos não estavam concluídos. Quando entrei naquele wc, ouvi vozes que pareciam estar ali. Verifiquei mas não vi ninguém, no entanto, sentia-me observado. 

Ouvia risos que acompanhavam os meus passos. Fiquei todo o dia a pensar se estaria a ficar louco, ou com a mania que estava ser seguido por alguém.

Na tarde seguinte, quando cheguei, pousei a minha mala e fui aquele wc, e voltei a sentir exactamente o mesmo do dia anterior. E nesse momento fez-se luz. As vozes que eu ouvia, estavam a vir de um pequeno buraco existente na parede.

Tentei ser discreto, mas percebi que as meninas de Columbia, estavam a controlar os meus movimentos. Decidi ser ousado. Despi a minha t-shirt e baixei as minhas calças, ficando apenas com uns boxers negros vestidos. Senti que elas ficaram radiantes com o meu comportamento.

Coloquei a minha mão direita dentro da minha roupa interior, e apertei a minha nádega. Elas perderam a vergonha, e comecei a ouvir “come on boy”. Eu aproximei me daquele buraco, de uma forma totalmente inconsciente, retirei a única roupa que ainda tinha vestida, e coloquei naquele buraco, uma grande surpresa para as meninas americanas.

Ouvi gritos do outro lado, mas foram gritos eufóricos de satisfação: “oh my god” O que fiz foi inconsciente pois não sabia quem estava do outro lado, mas comecei logo a sentir o toque e várias mãos. 

Eu não sabia quantas meninas ali estavam, o que é certo, é que sentir o toque sem ver o que se estava a passar do outro lado estava a deixar-me em brasa.

Duas línguas em simultâneo tocavam-me, quando uma mão agarrou-me com força e ouvi a voz da Americana a ordenar: “quiet”. Eu obedeci, mas fiquei nervoso. O que iria acontecer? Senti o calor do corpo feminino a aproximar-se, e sem ser necessário nenhuma mão para indicar o caminho certo, entrei por completo dentro do seu corpo. 

Invisivelmente delicioso. Foi nesse momento que percebi que se tratavam de três raparigas, pois todas se colocaram em posição para sentir o prazer da minha penetração.

O momento acabou por não demorar muito mais tempo e acabei por depositar dentro do corpo de uma daquelas estudantes. Um pouco sem jeito, vesti-me e rapidamente fui-me embora sem conhecer o rosto daquelas três mulheres. 

Nunca mais regressei aquelas salas de estudo, mas sempre que passo à porta daquela faculdade penso, que depois daquele dia, até posso ser pai de um pequenino Americano.

Foto: Mardini (Corbis.com) 

* Senhora X

Por vezes recebo mails de alguns do meus leitores, mas aquele mail foi diferente, e vinha assinado com o nome misterioso de “Senhora X


Era uma leitora assídua dos meus textos, e fã incondicional do meu Blog, e como grande admiradora do meu espírito imaginativo, pensou que eu seria a pessoa perfeita para a ajudar a realizar a grande fantasia da sua vida.

Tratava-se de uma fantasia que não poderia ser realizada por um conhecido ou amigo, pois ela sonhava em ser amarrada e devorada por um estranho. Confesso que inicialmente fiquei muito céptico com esta proposta, mas no fundo realizar uma fantasia a uma leitora dava-me um gozo especial.

Aceitei. Planei tudo, e disse-lhe para ela estar no feriado, às 15h, no novo Hotel junto do Parque de Campismo, e quando ela chegasse, pedir na recepção a chave do quarto 310. 


Com o objectivo de aumentar o seu nervosismo e a sua ansiedade, chegamos 2h atrasados. Sim, chegamos, porque eu decidi ir acompanhado, e levei um amigo comigo, o Martim, um amigo que era personal trainer num famoso ginásio de Lisboa.

Eu tinha avisado para ela deixar a porta do quarto simplesmente encostada, e assim entrei de subitamente, coloquei-lhe uma venda nos olhos e amarrei-lhe as mãos. Ela esperava por mim apenas em lingerie, e eu fiquei admirado com o seu corpo, pois não conhecia aquela mulher, e aceitei o desafio de forma totalmente cega.


Depois de tudo preparado, o Martim também entrou no quarto, em silêncio, para ela não perceber que éramos dois. O desejo dela em viver aquele momento era tanto, que era perfeitamente visível a sua excitação. E visto ela estar preparada, entrei dentro do seu corpo sem lhe dar piedade, em movimentos de vai e vem a alta velocidade, e com uma fricção intensa e total. 

Sempre com as penetrações profundas que ela queria sentir, recebendo o embate do meu corpo no seu. O corpo dela vibrava intensamente e ela delirava sempre que sentia a força com que eu entrava por completo dentro de si. O objectivo máximo era dar prazer à minha leitora…


Eu aguentei até ao limite das minhas forças, enquanto ela se derretia de prazer em silenciosos mas fortes gemidos. O seu peito foi o depósito do meu prazer, e ela suspirou, no meio de um sorriso, quando sentiu aquela sensação quente a cair na sua pele. Era parecia rendida e satisfeita…

O que ela não sabia e não esperava, é que o Martim estava ali, e pronto para entrar em acção, e eu sussurrei-lhe ao ouvido:”prepara-te que a festa ainda não acabou… quero ver o teu limite…”. Ele foi muito mais feroz e totalmente impiedoso. Ele teve uma intensidade incrível, que ela continuava a conseguir aguentar, sempre pimba, pimba, pimba … sem parar e sem abrandar aquele ritmo forte e frenético


O Martim fustigou aquele corpo, até sentir que a “Senhora X” já tinha ultrapassado todos os limites das suas forças, e caminhava para a exaustão total. Ela caminhava para a loucura, mas uma loucura saudável, de prazer, satisfação e muito tesão. Ele juntou todo o seu prazer ao meu, aumentado assim a quantidade que ela tinha no seu peito. Ela delirou e derreteu-se, ficando totalmente entregue aos prazeres do seu corpo, totalmente molhada de transpiração e sexo.

Deixei-lhe um pequeno papel na cama a dizer que o Hotel estava pago, soltei-lhe as mãos, dei-lhe um suave beijo nos lábios, e saímos silenciosamente do quarto sem ela nos conhecer o rosto. Não me conheceu o rosto mas ficou com o sabor dos meus lábios na sua boca.


Esta aventura deu-me um gozo bestial, pelo facto de ter realizado daquela maneira, uma fantasia de uma mulher, mas acima de tudo, de uma das minhas habituais leitoras… e é muito provável, que encontrem algum comentário assinado pela “Senhora X”…

Foto: Vincent Besnault_(Corbis.com)

* Perfeição Feminina


Eu gostei tanto da experiência de ter trabalhado durante as férias da Pascoa, no Estúdio de Tatuagem, que quando chegaram as férias de Verão, fui falar com o Virgílio, se haveria alguma vaga para poder voltar a trabalhar no estúdio. 

Ele disse-me que no Estúdio de Tatuagem não havia vagas, mas se eu tivesse interessado poderia ir trabalhar, durante quinze dias, para um Estúdio de Piercing, que ele também era proprietário, que ficava situado em Alfama.

Mais um desafio que aceitei com um sorriso nos lábios, sem sequer pensar no que teria de enfrentar. E é verdade, não foi nada fácil conseguir lidar com esta situação, de ver pessoas a ser furadas em varias parte do corpo.

Era terrível para mim, ver pessoas a fazer piercings, na maioria das vezes apenas por uma questão de afirmação pessoal, ou para poder se manter num grupo de amigos. Eu achava terrível, no entanto respeitava as opções.

No entanto os quinze dias pareciam que não terminavam, e naquela tarde, apareceu uma jovem, para fazer um piercing vaginal. Fiquei chocado. O que levava uma rapariga tão bonita, a fazer aquilo? 

Tentei conversar com ela para tentar perceber de onde partia tal desejo, e foi fácil e rápido de perceber que a origem de tal iniciativa partia do namorado. Ela já tinha feito um piercing no umbigo e junto do olho, também por iniciativa dele e era ele que pagavam.

Ela mostrou-me uma fotografia do namorado, e ele tinha vários adornos metálicos no rosto. Ele era um fã de corpos decorados com pequenas jóias metálicas. Pelas fotos, aquele rapaz parecia-me de um estilo completamente diferente desta rapariga, e ela apenas lhe fazia a vontade para o satisfazer, e para poder integrar-se no grupo de amigos dele.

Bem, comecei a prepara-la, para o nosso técnico lhe fazer a aplicação da jóia metálica. Ela tirou a roupa, e ficou com as pernas abertas, mesmo à minha frente de modo a que tudo ficasse em condições de segurança e higiene.

Fiquei fascinado a olhar para a intimidade daquela jovem, era linda, perfeita, e algo que eu nunca tinha observado. Nas suas pernas, via-se a veias a caminhar, prontas a irriga-la, nos seus momentos mais quentes de prazer. 

Eu abri o coração e acabei por me confessar: “Esta tua zona do corpo é uma coisa tão perfeita, tão simétrica, tão bem desenhada pela Natureza. Confesso que nunca tinha visto nada tão excepcionalmente excitante e atraente. Dá-me vontade de tocar e de sentir. Saborear cada pormenor e cada recanto. Deve ser uma incrível fonte de prazer. Ela será certamente a porta de passagem dos teus filhos para o mundo. Ela é linda, linda, linda… Por favor, não a alteres, e deixa-a ficar assim perfeita. Por favor, guarda essa jóia bem guardada, valorizando a sua perfeição, e oferece-a apenas a quem mereça desfrutar desta perfeição. O que acabei de assistir, é uma imagem que nunca sairá da minha memória…”

Aquelas palavras despertaram nela algo que não foi indiferente. Ela sentiu-se encorajada, vestiu-se, deu-me um beijo de felicidade, e saiu a correr em direcção à rua. Eu fiquei extremamente radiante por ter conseguido evitar, que aquela jovem mulher fizesse algo que efectivamente não queria, desfigurando para sempre, algo tão perfeito, apenas por capricho de um homem.

Nunca mais consegui ver nada mais bonito, do que as portas daquele abrigo de prazer. Ainda hoje sonho, em muitos momentos de solidão, tudo o que poderia fazer com aquela jóia preciosa, e sempre com estou com uma mulher, em segredo, faço sempre as minhas comparações. Irei morrer com o desejo secreto de encontrar algo semelhante.

Bem, quem não achou graça às minhas palavras foi o Virgílio, que assim que soube que tinha perdido um cliente, antecipou o dia em que tinha de sair. Fui despedido, e ainda bem que assim foi…

 Foto: Silvya Torres (Corbis.com)