* Bar Aberto

Aquele bar de praia estava sempre vazio e sem graça, então eu decidi falar com a Teresa, que era a dona, de forma a tentar que este verão aquele bar fosse um sucesso. 

Apesar de termos a mesma idade, ela era uma mulher mais séria, de quem era difícil arrancar um sorriso, e talvez por isso faltasse alguma vida aquele pequeno bar de praia.

Ela gostou do meu dinamismo, e das propostas que lhe apresentei, e eu fiquei sócio dela durante o verão. Aquele bar começou a ficar aberto até às 3h da manhã, sempre com música para dançar, e tornou-se num dos pontos de encontro das noites de verão, quase sempre com Dj’s famosos.

Naquele dia de Agosto, os termómetros estiveram quase a atingir os 40 graus, e com o cair da noite a temperatura pouco baixou. O Bar estava cheio de jovens a dançar e a aproveitar aquela noite quente. Estava um ambiente fantástico, com toda a gente ao rubro.

Quando faltava apenas uma hora para fechar as portas, decidi lançar um desafio, escrevi num papel e pedi à Teresa para ir junto do DJ comunicar a todos pelo microfone. 

Ela leu, riu-se e avançou: “Pessoal, para comemorar a noite mais quente do ano, vamos fazer subir ainda mais a temperatura… e se entregares uma peça da tua roupa interior no balcão, tens direito a bar aberto até fecharmos as portas… Quem têm coragem?”

Eu nunca pensei no impacto que este desafio ia ter. Muitas raparigas que estavam de saias não hesitaram, e avançaram para o balcão, já com a sua lingerie nas mãos. Na zona dos wc’s formaram-se filas, tanto do lado das mulheres como no lado dos homens, e assim era fácil ter direito a bebida até ao final da noite…

Aquela medida fez despertar a imaginação. Aquela mulher morena ali à minha frente estava sem roupa interior? E a outra loira também? Acho que este sentimento se multiplicou por toda a gente, até porque em muitos rapazes, a ausência de roupa interior era facilmente notada nos calções, com os movimentos do corpo.

Em algumas raparigas, que estavam com vestidos um pouco mais curtos, em alguns movimentos do corpo quase mostravam o paraíso, eu não conseguia ver nada, mas a minha imaginação dizia-me que sim. 

Devo confessar que foi excitante aquela sensação de liberdade, sim, porque eu e a Teresa como responsáveis do Bar, também demos o exemplo. Eu nunca imaginei que a Teresa aderisse a uma iniciativa destas, mas ela estava entregue à festa. Eu senti que os seus olhos seguiam o corpo de alguns do rapazes com corpos mais vistosos.

No final da noite, a Teresa estava mais animada que nunca, e já com o bar fechado, enquanto limpava o chão, e com a música alta, dançava com a vassoura bem presa, no meio das suas pernas, simulando que estava a dançar com alguém. 

Aqueles movimentos, com a roupa bem colado no seu corpo, marcavam o seu vinco mais íntimo, e fez com que eu deixasse cair a caixa onde estava a roupa interior que as mulheres tinham deixado no bar.

Ela riu-se, e eu disse-lhe em tom de brincadeira: “vou experimentar para ver se me ficam bem…” ela, radiante disse: “sim, quero ver isso…” Eu fiquei nu à sua frente, e fui experimentando, uma a uma, as cuecas que aquelas mulheres tinham deixado no bar. 

A Teresa estava a adorar, e se provavelmente eu estava a fazer uma figura ridícula com roupa intima feminina, mas estava a excitar-me muito a sensação de sentir na minha pele, algo que esteve à muito pouco tempo em contacto com a zona mais intima de uma mulher.

A Teresa decidiu imitar-me, e começou a vestir a roupa íntima dos homens. A imaginação dela falava mais alto, e por vezes esfregava aquele tecido no seu corpo. Se a minha excitação tocava o tecido mais íntimo das mulheres, a excitação dela chegou a ser preenchida com o tecido no seu interior pela roupa íntima dos homens. 

Depois de todo este estranho jogo de excitação entre os dois, não será muito difícil descobrir como acabou a nossa noite. Eu e a Teresa devoramos a excitação mútua, exterminamos a vontade e derretemos a tesão, de uma forma quase demoníaca, tudo no chão daquele pequeno bar, numa madrugada escaldante.

Foto: _ (Corbis.com)