Conheci a Solange num Bar que frequentava com os meus amigos,
não muito longe de minha casa. Acabamos
por trocar contactos, telefone e email, e quando não nos encontrávamos à noite, acabávamos sempre por nos comunicar de outro modo.
Solange era Engenheira do Ambiente e as suas opções sexuais
eram apenas femininas. Vivia num apartamento no centro da cidade, com outra
mulher, ligeiramente mais velha, e que tinha um cargo importante no Ministério
do Ambiente. Aquela relação não estava a ser fácil.
Numa tarde, Solange ligou-me, convidou-me para jantar em casa
dela, pois tinha tomado uma decisão importante na vida, e tinha um pedido para
me fazer. Fiquei curioso, e aceitei. Jantamos os três, e no final, depois da
sobremesa, Solange comunicou-me que queria ser mãe, e gostava que o pai da
criança fosse eu.
Fiquei sem resposta por alguns segundo, mas espontaneamente
acabei por responder que teria muito gosto, em ser o pai do seu filho. A
Solange então combinou comigo, quando fosse o dia indicado, ela iria me
telefonar a combinar para eu ir lá a casa. Durante alguns dias reflecti
profundamente sobre o que isto significava…
Na semana seguinte, ela disse estar tudo preparado. Eu
desloquei-me até lá, e fiquei a assistir a um momento intimo daquelas duas
mulheres. Era o tónico para eu ficar quente, para depois deixar dentro da
Solange, o que ela queria.
Confesso que foi delicioso ver aquelas duas mulheres
a entregarem-se por completo, mas Solange chamou-me. Nessa noite limitei a
deixar dentro dela, o fundamental para ela ser mãe, mas aqueles poucos minutos
que tive dentro dela, criaram uma vontade para algo mais entre os dois.
Abriu-nos um secreto apetite.
No dia seguinte, ela voltou a ligar-me, para voltarmos a
tentar. Desta vez ela estava sozinha em casa. Senti que este pedido era para
algo mais demorado e completo. Tivemos uma noite maravilhosa. A Solange estava
a desfrutar de um homem, como nunca tinha feito na vida.
As minhas fortes
penetrações era algo diferente do que ela habitualmente sentia. Foram diferentes
sensações, e um prazer com diferente intensidade. Alguma semanas mais tarde, a
Solange voltou a telefonar-me, a comunicar-me que não tinha engravidado, tínhamos de voltar a tentar. Eu convidei-a a ir passar um fim de semana, na
casa de férias de uns amigos em S. Martinho do Porto. Ela aceitou.
Naquele fim de semana, ela aproveitou aquilo que lhe faltava
todos os dias, e que a sua companheira não lhe oferecia. Melhor do que qualquer
objecto, que funciona a pilhas, era sentir a minha pele, e a minha carne, numa
intensa fricção dentro do seu corpo. Ela queria mais, pedia sempre mais.
Parecia que me pedia algo que não fosse carinho. Ela queria sexo intenso e
forte. Ela nunca queria nem dedos, nem língua, queria sempre a minha tesão
dentro dela.
Nestes dois dois, as tentativas para que ela ficasse grávida foram
bastantes, e depositando sempre a minha parte, bem dentro do seu corpo. Bem
fundo. Eu percebia que ela estava a desfrutar da minha companhia, e comecei a
despertar nela o interesse por um homem.
Na semana seguinte, voltamos a encontrar-mo-nos mais algumas
vezes. Mais do que a vontade de ser mãe, ela estava desejosa do meu corpo. Ela
só pensava em sexo, e na intima sensação de sentir o meu liquido quente a
escorrer dentro de si.
Estes nossos encontros acabaram por terminar a relação
que ela tinha com a outra mulher, e acabaram por se separar. Algumas semanas
mais tarde a Solange ligou-me radiante:”Consegui,
estou grávida”. Esta noticia, foi a melhor prenda de natal que poderia ter
recebido. Depois de sentir o seu objectivo realizado, ela acabou por envolver-se
com outra mulher, mais jovem, numa relação mais estável.
A Solange recebeu, uns meses depois, uma incrível proposta, e
uma excelente oportunidade de trabalho em Los Angeles, e viajou com a sua nova
companheira, nesta nova fase da sua vida. Elas agarraram determinantemente esta
oportunidade para fugir ao preconceito… e
o Pedro, depois de nascer, passou a ser verdadeiramente o único homem da sua
vida.
Foto: Medioimage (Corbis.com)