* Sexo ao Vivo

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SEXO ao VIVO

Passeava-me pela rua, quando descobri aquela Sexshop. Sempre fui um curioso por este tipo de artigos e de filmes e decidi entrar. Nestas lojas, muitas vezes conseguem-se descobrir ideias para apimentar um pouco mais a vida de um casal.

Quando entrei, apercebi-me que aquela loja tinha um peep-show. Como sou bastante curioso, não me importei de gastar uma moeda para espreitar uma menina toda nua, a dançar, apenas separada de mim por um vidro. Quando entrei naquele apertado cubículo, fui surpreendido com o que vi, porque eu não me tinha apercebido do anúncio, que estava exposto à entrada da loja, e em vez de uma mulher, deparei-me com uma sessão de sexo ao vivo, com um casal. 

Admito que fiquei bastante entusiasmado, ao ver aquele casal, aparentemente do Leste da Europa, e por cada dois minutos que passavam, me obrigavam a colocar mais dois euros, para assistir aquele espectáculo.

Depois da terceira moeda, decidi não gastar mais dinheiro, e sai da loja. Fiquei na montra a ler, que aquele casal fazia exibições de hora a hora. Surgiu-me logo a dúvida. Como é que aquele homem conseguia?

Eu sabia que a Carlota ia gostar de assistir, então vi o horário da última sessão, e arranjei um motivo para a conseguir arrastar aquela zona da cidade. Quando passamos à porta da dita Sexshop, disse que era uma boa ideia entrar, para ver umas brincadeiras, para oferecer ao António Cruz (os amigos chamavam-lhe Tom Cruise), que se ia casar.

Já lá dentro, o ambiente era pesado, homens de meia-idade com aspecto de tarados vagueavam pela loja, e entravam e saiam das cabines. Desafiei a Carlota a entrar numa das cabines. Ela aceitou, sem saber o que lhe esperava. Assim que coloquei a moeda, a cortina subiu e a actriz estava a usar a boca para deixar o companheiro duro e pronto para a acção. 

A Carlota ficou de boca aberta com a imagem. Ficou colada ao vidro que nos separava, dos dois actores em acção, enquanto eu, com o bolso cheio de moedas, ia abastecendo a máquina.

No inicio da nossa relação, ela tinha me confessado, que adorava ter a oportunidade de assistir a sexo ao vivo, e hoje, na minha primeira deslocação à loja, essa conversa veio-me à memoria.

Ela ficou vidrada, até ao momento, em que ele finalizou a sua actuação, deitando todo o seu líquido, no peito da actriz, e que ela fez questão de espalhar com a mão. Eles acabaram de sair, e nós também saímos da loja. Estávamos os dois a ferver, fomos até ao carro, que estava no parque de estacionamento subterrâneo, perto do jardim.

A pouca luz, e a zona mais escondida onde o carro estava estacionado, foi o mote para não resistir a toda a excitação que aquele espectáculo nos tinha provocado. Rebatemos o banco do carro e abusamos um do outro, sem nos preocuparmos com os carros e as pessoas, que passavam mesmo ao nosso lado, e abrandavam para nos ver em acção. 

Isso em vez de nos inibir, ainda nos excitava mais, de tal modo, que ela abriu o vidro do carro, para o grito do seu orgasmo ecoar por todo aquele estacionamento. Aquela foi sem dúvida, a noite do Voyerismo….

Foto: Richard Nowitz (corbis.com)