A Marília era alguém que nunca imaginava que poderia reencontrar, pois no dia em que estivemos juntos, foi o ultimo dia que ela esteve em Portugal. Ela estudou Administração em Lisboa, e quando terminou o curso regressou ao Brasil. No entanto, aquele dia ficou marcado de uma forma especial para os dois.
O que é certo, é que dois anos depois o nosso olhar voltou a cruzar se, desta vez em Guimarães. A Marília estava a fazer um estudo numa empresa Brasileira que estava a implementar-se no mercado europeu.
Nós ficamos os dois a olhar um para o outro, um pouco sem reacção, sem saber o que dizer. Eu ganhei coragem, cheguei junto dela e perguntei se ela ainda se lembrava de mim. Ela envergonhada disse prontamente: “… como poderia esquecer…”
Pois, eu também nunca me esqueci daquele dia, e para conversar um pouco mais à vontade convidei-a para jantar nessa noite. Ela aceitou, com a condição que o jantar ser em sua casa. Tudo bem. Ela estava a viver numa casa antiga, na Praça de Santiago, mesmo no centro histórico da cidade. Aquela casa respirava história.
Nós os dois depois do jantar, ficamos a conversar um com o outro, pois apesar do momento quente que tínhamos vivido em Lisboa, nós não nos conhecíamos, não sabíamos nada um do outro. O que é certo, é que descobri que a Marília era uma mulher super interessante e inteligente, no entanto ela não consegue explicar o que aconteceu naquela tarde junto ao Tejo.
Ela é uma mulher tímida e discreta, mas naquele dia sentiu um forte desejo por mim, e sentiu que não queria sair de Portugal sem sentir o verdadeiro sabor de um homem português. O que é certo é que ela adorou, e nunca mais se esqueceu.
Eu senti que aquelas palavras serviram de pedido para repetir tudo o que tinha acontecido, mas agora de uma forma mais calma, com mais ternura e com muito menos perigo. E calmamente, a nossa conversa terminou, ela ligou a sua música preferida, e a roupa foi saindo dos nossos corpos. No meio de dois beijos, ela sussurrou-me ao ouvido: “desde aquele dia, nunca mais tive com nenhum homem…”
A entrega foi total, a união entre Portugal e o Brasil foi feita entre os nossos corpos. O encaixe era perfeito e parecíamos feitos um para o outro. Tudo feito com muita calma e ternura, fazia o sabor do prazer perdurar Cada centímetro meu que entrava dentro do seu corpo era maravilhoso, e ela queria sempre tudo dentro de si, adorava sentir se preenchida, sempre preenchida na totalidade.
E foi num desses momentos, em que eu estava completamente dentro do seu corpo, que ela me fez um pedido secreto: “- Já que os nós corpos se encaixam tão bem… acho que você é o homem certo para me penetrar onde eu nunca fui penetrada…” Eu fiquei sem reacção para aquele pedido inesperado, mas aceitei o desafio. Excitava-me a ideia de ser o primeiro.
De modo a tudo correr bem, tudo foi bem lubrificado, de forma a ser suave e mais saboroso. Ela adorou o toque do meu dedo, a confirmar o local certo. Delirou com a sensação de algo molhado a começar a entrar dentro do seu corpo. E calmamente entrou, bem devagar entrou tudo. Mais uma vez preenchi o corpo da Marília por completo.
O movimento da sua cintura pedia-me mais ritmo. E assim aconteceu, acelerei o ritmo e coloquei dois dedos dentro de uma zona do seu corpo que estava incrivelmente quente e onde eu já tinha estado. Preenchi aquele corpo o máximo que consegui e levei-a à loucura. A palavra prazer estava escrita nos seus olhos. Ela gritou, berrou e delirou. Nada mais poderia entrar dentro de si. Ela estava totalmente preenchida. Eu ofereci-lhe tudo, e ela adorou ver tudo a sair de dentro de mim.
Naquela casa mais uma vez escreveu-se história, uma história por detrás de um reencontro, e um reencontro é sempre tão especial e saboroso, não é?
Foto: Chris Rogers (Corbis.com)