* "Ocultos Buracos" - Minha Estrela de TV

Esta história é um conto da minha autoria que foi publicada na colectânea, "Ocultos Buracos", da editora Pastelaria Studios. Trata-se de histórias incríveis ou impossíveis... 
A apresentação deste projecto decorreu no dia 27 de Outubro, na Fábrica de Braço de Prata, em Lisboa. Para os interessados, a compra deste livro poderá ser efectuada online, nos links abaixo indicados.

Aqui deixo o meu texto, com a minha participação neste projecto e também o meu muito obrigado  à "Pastelaria Studios".

Links
------
 Minha Estrela de TV
  
 
Foi uma semana difícil, pois tive de viajar sozinho por alguns distritos de Portugal, com o objectivo de fiscalizar uma nova rede de infra-estruturas que estava a ser implementada, com o apoio da União Europeia.

Estive na Guarda, Castelo Branco, Santarém e Leiria. Naquela noite ficaria em Lisboa, e no dia seguinte seguiria para o Algarve. Foram muitos quilómetros em pouco tempo, e eu andava exausto, e naquela quinta-feira, já era noite, e eu estava quase a chegar à capital, ansioso por um banho, um bom jantar e muito descanso.

Na A8, a auto-estrada do Oeste, junto a Montachique, numa curva sem luz, estava um carro parado, avariado e uma mulher sozinha. Ela parecia desorientada e desesperada, com um vestido comprido a bailar ao ritmo do vento forte que se fazia sentir naquela noite fria de inverno. Decidi parar e tentar ajudar, mas fiquei totalmente pasmado quando me apercebi que era uma vedeta da TV, famosa e conhecida por todos. Eu estava a ver bem? Eu não estava a ter uma visão? Ela seria real?

Ela, em poucas palavras pediu-me boleia até ao hotel onde ela estava hospedada, em Lisboa. Ela tinha acabado de sair das gravações de um programa, nuns estúdios ali próximos e não conseguia contactar nenhum colega, nem a empresa que lhe alugou o carro. Eu nem tive coragem de lhe tocar com medo que ela não fosse real, pois eu adorava aquela mulher, e em casa, ainda tinha guardado a revista Maxmen, onde ela tinha sido capa, e onde existiam algumas fotos suas mais ousadas.

Durante a viagem, no meu carro, ela não disse uma única palavra, mas eu percebi que ela ficou mais calma com a minha companhia. Eu acredito que não seja fácil para uma mulher estar sozinha numa auto-estrada, à noite, e sem conseguir contactar ninguém. Ela estava hospedada no mesmo Hotel onde eu tinha o quarto reservado para aquela noite. 

A viagem demorou pouco tempo, e eu fui a falar um pouco da minha vida, do meu trabalho, dos meus projectos e acabei por confessar, ainda ter guardado a publicação onde ela brilhou. Ela respondia às minhas palavras em silêncio, mas com sorrisos expressivos.

Quando chegamos a Lisboa, cada um recolheu ao seu quarto, eu tomei o banho que tanto desejava e mudei de roupa. Antes de descer ao restaurante, decidi bater na porta do quarto 306, na esperança de conseguir uma resposta positiva ao convite para jantar que lhe iria fazer, e para saber se ela já tinha conseguido resolver o problema do carro.

Fique corado e envergonhado, quando ela me abriu a porta do quarto apenas com uma lingerie negra, fazendo um excelente contraste com a sua pele branca. Ela sorriu, convidou-me a entrar, e apercebendo-se do meu embaraço, ela interagiu comigo, perguntando-me: ”o que se passa? Não estás a ver nada mais do que viste nas fotos da Maxmen”

De facto era verdade, mas agora ela estava mesmo à minha frente, e já dentro do quarto, num acto provocatório, ela voltou a questionar-me: “O que fazes, e o que imaginas quando olhas para as minhas fotos na revista?”. Que pergunta!!! …pensei responder que não pensava em nada de especial, mas não era isso que ela queria ouvir, e tentei surpreender com uma resposta num tom mais digno para dizer a uma mulher: “Vejo o brilho do teu olhar, o reflexo da tua pele e a magia do teu corpo. Respiro a tua sensualidade. Fecho os olhos e imagino que o teu corpo é meu, imagino que te toco, que te sinto. Desejo-te incrivelmente... Graças a ti, em segredo, já tive deliciosos momentos de prazer. És um desejo difícil de descrever…”

Ela fez um sorriso atrevido de satisfação pelas minhas palavras, olhou para mim e perguntou-me de uma forma quase demoníaca, incentivando-me ao pecado: “E agora que estou aqui à tua frente, não queres exemplificar comigo, tudo o que vai na tua imaginação? Gostava de sentir o teu desejo. Achas que consegues? Achas que és capaz?

Corei novamente, mas ela combatendo a minha timidez, agarrou-me, puxou-me e fez-me cair na cama daquele quarto, abrindo assim as portas ao pecado. Parecia impossível, e eu nunca imaginaria que poderia desfrutar do corpo de uma mulher assim, estrela de TV e desejada por todos. Foi primoroso beijar aquela boca, aquele pescoço e todo o seu corpo. Tudo parecia perfeito, parecia divinal.

A roupa caiu no chão, e eu sentia-me no país das maravilhas, com aquele corpo nu em cima de mim. Foi um momento incrivelmente profundo entre os dois, mas ela não foi uma mulher fácil de satisfazer. Eu gosto de mulheres assim, que me aguçam o desafio e que dão luta. 

Ela obrigou-me a ser um homem intenso e ávido do seu prazer. Tudo se prolongou, como se o relógio tivesse duplicado a sua velocidade, numa viagem onde o prazer é difícil de descrever. Fomos ao céu e voltamos, de uma forma feérica... diversas vezes…

Os corpos ficaram extenuados, abraçados e em plena cumplicidade, acabando por adormecer num sono profundo em cima daquela cama.

Na manhã seguinte, quando acordei, o quarto estava vazio e sem marcas da noite anterior. Eu apenas encontrei um pequeno post-it amarelo colado na minha carteira com a seguinte mensagem: “Obrigado, mas ontem não aconteceu nada, foi só imaginação tua… esta história era impossível de acontecer, não era?”.

Vesti-me, e desci a correr até à recepção do hotel, para saber em que nome esteve aquele quarto na noite anterior, e ouvi uma surpreendente resposta: “Quarto 306? Na noite passada não esteve ocupado!!!

Impossível…

* Sexo ao Vivo

Eu era jovem, e já tinha visto em alguns filmes americanos, lojas com peep-show. Eu sempre pensei: será que isto existe em Portugal? Foi a caminhar nas ruas de Lisboa que descobri uma sexshop, onde existia este tipo de espetáculos.

Foi a minha grande oportunidade de matar a minha curiosidade. Entre na loja e escolhi uma pequena porta. Encontrei um espaço apertado, com um vidro fosco. Ganhei coragem para colocar uma moeda, para assistir ao show. Eu esperava encontrar de uma mulher nua, separada de mim apenas por aquele vidro. Acho que é um desejo secreto de todos os homens.

A moeda caiu, e o vidro deixou de estar fosco permitindo a visibilidade para o interior daquele espaço. Eu fiquei surpreendido com o que vi. Distraído, eu não li o grande anúncio que estava no interior da loja, junto à porta. Em vez de uma mulher, eu deparei-me com uma sessão de sexo ao vivo, com um casal, sem qualquer tabu…

Admito que fiquei bastante entusiasmado, com a imagem daquele casal, aparentemente oriundo de um país do Leste da Europa, em grande atividade, mesmo à minha frente, num palco rotativo, que me permitia assistir aquele espetáculo de todos os ângulos.

O tempo de cada moeda era curto, e para continuar a assistir tinha de colocar uma nova moeda. Tornava-se num espetáculo caro, e eu não ia monetariamente preparado, e assim apenas consegui assistir a poucos minutos…

Sai daquele espaço apertado, e fiquei atento a tudo o que existia naquela loja. Junto à porta, estava a informação que eu ainda não tinha lido, com uma foto do casal, e a comunicação que aquela actuação repetia-se de hora a hora. Surgiu-me logo a dúvida. Como é que aquele homem conseguia?

Imaginei que a Madalena ia gostar de assistir, mas nunca teria coragem de aceitar o meu convite. Era uma amiga sem tabus, mas tímida. Vi no horário que a última sessão seria às 22h, e arranjei um motivo para conseguir arrasta-la, ainda naquele dia, para aquela zona da cidade. Um jantar? Pago por mim? Ela aceitou o convite…

Quando passamos à porta da dita Sexshop, convencia-a a entrar, com um pedido mentiroso de ajuda, na compra de uma prenda atrevida para um amigo comum. O ambiente da loja estava diferente, mais pesado, com homens de meia-idade a vaguear pela loja, a entrar e a sair das cabines.

Ela sentiu-se incomodada com a atmosfera que ali se sentia, e questionava-me constantemente sobre o que acontecia dentro daquelas pequenas portas. Eu, sem lhe responder, puxei-a para dentro da única cabine que estava livre, colocando de imediato uma moeda. Lá estava o mesmo casal da manhã em acção.

Ela ficou incrivelmente surpreendida, com o seu olhar fixo no que estava a acontecer. Ela ficou incrivelmente corada. Desta vez eu estava preparado com mais moedas, mas tudo foi rápido. Quando tudo terminou, agarrei-lhe na mão e saímos em passo acelerado em direcção à rua, para não sermos alvo de olhares.

Estávamos os dois a ferver. Fomos até ao carro que estava no parque de estacionamento subterrâneo, perto do jardim. A pouca luz, e a zona mais escondida onde o veículo estava estacionado, foi o mote para não resistir à adrenalina e ao desejo que estávamos a sentir.

Rebatemos o banco do carro e abusamos um do outro, sem nos preocuparmos com os outros carros e as pessoas, que passavam mesmo ao nosso lado. Isso em vez de nos inibir, ainda nos excitava mais, sentindo-nos na pele do casal do peep show. A loucura foi tal, que ela abriu o vidro do carro, para o grito do seu orgasmo ecoar por todo aquele estacionamento.


Foto: Richard Nowitz  (corbis.com)

* Ir ao Céu e voltar...


A minha cabeça estava minada de todo o tipo de problemas, laborais, familiares e amorosos. Eu precisava de estar sozinho, de pensar no que queria para o meu futuro. Eu precisava urgentemente de tomar decisões importantes na minha vida.

Assim, sem comunicar o meu destino, informei toda a gente que estaria incontactável durante 15 dias, e que iria estar em local incerto.

Decidi viajar até à Cidade do México, pois eu necessitava urgentemente de estar em contacto com novas pessoas, novas caras, e um novo estilo de vida.

Tenho de confessar, que esta minha aventura longe de tudo começou muito bem, pois assim que me sentei no avião, vi que ia viajar lado a lado, com uma mulher bonita, com um olhar expressivo, e que cheirava muito bem, Miracle de Lancome, um odor que sempre me fascinou.

A viagem em Classe Executiva tem a vantagem de ser mais recatada, e os lugares estavam bastante vazios, e não sei se seria imaginação minha, mas aquela mulher subtilmente provocava-me. Ela tocava na sua perna, fazendo subir ligeiramente o tecido do seu vestido. Tocava subtilmente na sua barriga. Suavemente humedecia os seus lábios, com uma língua que parecia ousada.

Decidi trocar algumas palavras com ela, e descobri que ela viajava com o objectivo de representar Portugal num Congresso Internacional sobre Terapia da Fala, chamava-se Maria João e que ia aproveitar mais uns dias no México para conhecer a cidade.

Senti afinidade, e com a chegada da noite, a hospedeira deu-nos um pequeno cobertor para podermos dormir. Aquele cobertor ia esconder a ousadia que sentimos um pelo outro. A primeira a ousar foi a Maria João, quando fez a sua mão percorrer o meu peito, a minha barriga, parando discretamente na minha cintura, como pedido autorização para descer ainda mais.

Eu adoro mulheres ousadas, e coloquei a minha mão na sua perna, fazendo subir o tecido do seu vestido. Até onde ela ia deixar a minha mão chegar?

E a minha mão acabou por chegar onde eu mais queria, exactamente no mesmo momento em que ela me agarrou com força, e me sentiu duro. O meu dedo tocou no ponto mais quente do seu corpo, e não voltou a sair dali.

Lentamente, percorreu aquele caminho húmido, com cantos e recantos misteriosos, onde o prazer parecia escondido junto de cada pedaço de pele. Carinhosamente, toquei em todos os pontos mais sensíveis, fazendo o meu dedo circular em redor, da entrada de um sitio que se previa delicioso. O meu dedo deveria entrar?

Eu não tinha pressa nenhuma, até porque o México ainda estava muito longe, por isso tinha todo um Oceano para a deliciar. Confesso, que imaginava tocar com a minha língua, todos os sítios que o meu dedo tocava, e ousei provar o sabor daquela mulher, saboreando o meu próprio dedo.

Eu começava a ficar louco, e só pensava em sexo. Eu queria sexo. Eu queria entrar dentro da Maria João e não só com o dedo. Queria dominar aquele corpo feminino. Eu queria tudo com ela. E no meio de todo aquele jogo erótico e sexual, onde as mãos faziam todo o trabalho, o orgasmo não chegou a nenhum dos dois. Excitassimos, a ferver, e prontos a explodir… mas nada, tudo ficou reservado para o melhor momento.

Quando o avião aterrou na Cidade do México, na mente dos dois surgiu a mesma duvida: “Qual o hotel mais próximo, o meu ou o teu?” Foi perfeito, a vontade era tanta, que o encaixe dos corpos permitiu, um prazer alucinante.

Ela era terapeuta da fala, mas deixou-me a falar mal. Foi brutal, e os dois em simultâneo, conseguimos orgasmos impróprios para cardíacos… Foi naquele quarto que a minha vida começou a mudar…

Foto: _ (Corbis.com)

* Praia Molhada

Eu adorava fazer o meu jogging diário para tentar manter a forma, e para tentar travar o aumento da barriga, que a idade começava a ameaçar. Eu estava a fazer um trabalho na Póvoa de Varzim, e o facto de estar longe de casa não era um obstáculo ao meu exercício, antes pelo contrario, pois estava junto ao Mar, e eu adoro correr na praia.

Escolhi a Praia da Aguçadoura, e todos os dias fazia aquele areal de uma ponta a outra. Naquele final de tarde, o céu estava todo encoberto e ameaçava chover, mas isso para mim, nunca foi um obstáculo, e mais uma vez avancei para aquele areal. 

Desta vez, nem os habituais surfistas lá estavam, talvez devido às nuvens escuras que se estavam a aproximar. Naquele areal, apenas estava uma jovem sentada junto da água, com um ar triste, e com algumas lágrimas a escorrerem-lhe no rosto. Cada vez que eu passava a correr junto dela, eu pensava o que ela estaria ali a fazer. Será que ela precisava de alguma coisa?

Não hesitei, parei e baixei-me junto dela para saber se ela precisava de ajuda. Disse alguns disparates, algumas graças e consegui finalmente roubar-lhe um sorriso. Aparentemente ela estava carente, talvez tivesse a viver algum desgosto de amor. 

Acabei por me sentar ao lado dela, e como a maré estava a encher, em poucos minutos ficamos os dois todos molhados com uma onda mais forte que chegou junto de nós. Foi nesse momento, que ela talvez assustada com a força da água, se agarrou a mim. Ela roubou-me um beijo.

Eu senti-me devorado pela força daqueles lábios, acompanhado por um forte abraço. Aquele beijo molhado aconteceu no momento em que caíram as primeiras gotas de chuva. Agora estava tudo molhado, água do mar, água da chuva, e a saliva dos nossos beijos. Acabei por tirar a minha t-shirt molhada, e ela fixou-se no meu peito. Eu também não tirava os olhos daqueles mamilos escuros, bem destacados no tecido encharcado.

Os nossos corpos acabaram por se colar definitivamente, e começamos a rebolar naquela areia. Foi incrível como em poucos minutos tudo aconteceu, e os nossos corpos ficaram nus, completamente nus. Adorei a sua tatuagem nas costas, junto do ombro e beijei-a. Beijar aquela tatuagem foi quase como beijar o seu ponto fraco, pois foi naquele momento que ela se entregou por completo nos meus braços.

Nós nem sentíamos frio, e a chuva que caia na nossa pele parecia quente, talvez porque os nosso corpos estavam a ferver. A entrega foi total, e talvez irreflectida, pois eu não sabia nada daquela jovem, nem sequer o nome. Isso seria importante? Naquele momento o que foi importante foi entrar dentro do seu corpo, dar-lhe aquilo que ela queria, carinho, atenção, prazer, sexo. 

Os corpos estavam cada vez mais molhados e cheios de areia, e foi nesse momento que disse: “e se alguém nos está a ver?” Ela olhou para mim com um ar muito sério e disse-me: “cala-te e continua…

Os seus desejos foram ordem, e ela com o peito colado na areia, empinou aquele corpo na perfeição, para eu vindo detrás, mergulhar nas profundezas do desejo. É incrível na Natureza, como um simples encaixe de dois corpos, pode originar um momento tão perfeito de prazer, e aquele foi perfeito. 

Ela recebeu-me dentro do seu corpo de uma forma deliciosa, e eu retribui, colocando as minhas mãos na sua cintura, travei aquele corpo e ofereci-lhe o meu ritmo, a minha velocidade e a minha intensidade. Fui forte, fui intenso e fui devorador, saboreando aquele pequeno corpo feminino que me estava a deixar louco e descontrolado.

A chuva acompanhava as minhas penetrações, pois não parava e estava cada vez mais forte, e chegamos a um momento que foi fácil de perceber que o descontrolo era total e mutuo, pois da nossa boca apenas saiam palavras ordinárias, que nos deixavam ainda mais excitados, mas foi quando ela gritou: “vem-te, vem-te, vem-te”, que eu não resisti e ela também não. 

Ela perdeu a força nas pernas, e assentou a barriga na areia molhada. Ela vibrava e espalhava aquele orgasmo pelo corpo, e eu direccionei-me novamente para aquela tatuagem, e foi ali que a atingi, quente e viscoso, fazendo escorrer tudo nas suas costas.

Já era noite e nós nem nos tínhamos apercebido… o prazer deixou-nos cegos…

Foto: _ (Corbis.com)

* Enquanto esperávamos...

Mais um trabalho de grupo da faculdade, agora da cadeira de Estatística. Combinamos todos no pequeno apartamento alugado onde a Catarina estava a viver, em Odivelas, perto da estação de metropolitano. Era um sábado cinzento e chuvoso, típico de Outono.

Fui pontual, o primeiro a chegar. Ela abriu-me a porta, e ficamos a conversar no corredor junto à entrada, enquanto esperávamos pelo Luís, o outro colega do grupo.

Ele ligou-me a comunicar que estava atrasado. Ele comunicou que só conseguiria chegar duas horas depois do combinado. O único problema é que ele é que tinha todo o material do trabalho. A Catarina sugeriu, que enquanto esperávamos, podíamos ficar na sala a ver um filme. 

Ela era super fã da actriz Demi Moore, e tinha a colecção completa com todos os filmes onde ela entrava. Pediu-me para escolher um filme, mas eu dei-lhe toda a liberdade na escolha. Ela seleccionou o StreapTease, e eu concordei.

Fomos vendo o filme, e eu fiquei incrivelmente surpreendido com o facto de ela saber todas as falas dos actores daquele filme. Ela confessou-me ter assistido vezes sem conta, e que já tinha até ensaiado sozinha, várias cenas do filme, incluindo as mais ousadas da actriz.

Eu, em tom de brincadeira, disse que certamente ela faria muito melhor do que a própria Demi Moore. Ela riu-se e perguntou se eu gostava de ver. Claro que respondi afirmativamente. Ela colocou a música da banda sonora do filme, e subiu para cima da pequena mesa de centro da sala, enquanto eu me mantive no sofá.

Ela mordeu o lábio de forma sedutora e começou a dançar com o seu vestido vermelho. Ela fez subir e descer subtilmente o tecido da sua roupa. Desceu as mãos, agarrou o tecido, e fez subi-lo de forma sedutora. A imitação do filme estava longe de ser perfeita, mas ela mexia-se bem, e eu estava a gostar de ver.

Rodou o corpo e apalpou as próprias nádegas, enquanto se mexia de forma sexy. As suas mãos subiam e desciam pelo próprio corpo, ficando mais lentas em sítios essenciais. O corpo descia e subia e movimentos lentos. E nós os dois, sempre, olhos nos olhos. Molhou um dos seus dedos, com a própria saliva, e fez desce-lo pelo próprio corpo, sempre olhando para mim, com um delicioso olhar de desejo.

De seguida, pediu-me para fechar os olhos e desceu da mesa. Ela sentou-se em cima de mim, no meu colo. Ela queria sentir como eu estava, e sentiu… era impossível esconder… A minha mão tocou-lhe, sentindo a sua pele quente e senti que ela estava a gostar do momento. 

Na TV, a Demi Moore já tinha saído de cena, mas o nosso filme parecia estar agora a começar. Eu nunca tinha imaginado uma situação daquelas com a Catarina.

Aconteceu um forte abraço naquele sofá e os lábios tocaram-se quase como autorização para tudo. Agora apetecia tudo, e os dois estávamos bem preparados. As minhas mãos estavam a subir pelas suas costas dando início à retirada da sua roupa. A roupa foi ficando espalhada pelo chão, e os nos peitos nus acabaram por tocar-se calmamente. O descontrolo crescia de minuto a minuto

Sinceramente não sabia onde aquele momento iria acabar, e a roupa era cada vez menos nos nossos corpos, faltava muito pouco para ficarmos os dois totalmente nus quando a campainha tocou.

Upppss!!! O Luís acabava de chegar… e agora? Abrimos a porta?


Foto: Felix WIrth (corbis.com)