* Praia Molhada

Eu adorava fazer o meu jogging diário para tentar manter a forma, e para tentar travar o aumento da barriga, que a idade começava a ameaçar. Eu estava a fazer um trabalho na Póvoa de Varzim, e o facto de estar longe de casa não era um obstáculo ao meu exercício, antes pelo contrario, pois estava junto ao Mar, e eu adoro correr na praia.

Escolhi a Praia da Aguçadoura, e todos os dias fazia aquele areal de uma ponta a outra. Naquele final de tarde, o céu estava todo encoberto e ameaçava chover, mas isso para mim, nunca foi um obstáculo, e mais uma vez avancei para aquele areal. 

Desta vez, nem os habituais surfistas lá estavam, talvez devido às nuvens escuras que se estavam a aproximar. Naquele areal, apenas estava uma jovem sentada junto da água, com um ar triste, e com algumas lágrimas a escorrerem-lhe no rosto. Cada vez que eu passava a correr junto dela, eu pensava o que ela estaria ali a fazer. Será que ela precisava de alguma coisa?

Não hesitei, parei e baixei-me junto dela para saber se ela precisava de ajuda. Disse alguns disparates, algumas graças e consegui finalmente roubar-lhe um sorriso. Aparentemente ela estava carente, talvez tivesse a viver algum desgosto de amor. 

Acabei por me sentar ao lado dela, e como a maré estava a encher, em poucos minutos ficamos os dois todos molhados com uma onda mais forte que chegou junto de nós. Foi nesse momento, que ela talvez assustada com a força da água, se agarrou a mim. Ela roubou-me um beijo.

Eu senti-me devorado pela força daqueles lábios, acompanhado por um forte abraço. Aquele beijo molhado aconteceu no momento em que caíram as primeiras gotas de chuva. Agora estava tudo molhado, água do mar, água da chuva, e a saliva dos nossos beijos. Acabei por tirar a minha t-shirt molhada, e ela fixou-se no meu peito. Eu também não tirava os olhos daqueles mamilos escuros, bem destacados no tecido encharcado.

Os nossos corpos acabaram por se colar definitivamente, e começamos a rebolar naquela areia. Foi incrível como em poucos minutos tudo aconteceu, e os nossos corpos ficaram nus, completamente nus. Adorei a sua tatuagem nas costas, junto do ombro e beijei-a. Beijar aquela tatuagem foi quase como beijar o seu ponto fraco, pois foi naquele momento que ela se entregou por completo nos meus braços.

Nós nem sentíamos frio, e a chuva que caia na nossa pele parecia quente, talvez porque os nosso corpos estavam a ferver. A entrega foi total, e talvez irreflectida, pois eu não sabia nada daquela jovem, nem sequer o nome. Isso seria importante? Naquele momento o que foi importante foi entrar dentro do seu corpo, dar-lhe aquilo que ela queria, carinho, atenção, prazer, sexo. 

Os corpos estavam cada vez mais molhados e cheios de areia, e foi nesse momento que disse: “e se alguém nos está a ver?” Ela olhou para mim com um ar muito sério e disse-me: “cala-te e continua…

Os seus desejos foram ordem, e ela com o peito colado na areia, empinou aquele corpo na perfeição, para eu vindo detrás, mergulhar nas profundezas do desejo. É incrível na Natureza, como um simples encaixe de dois corpos, pode originar um momento tão perfeito de prazer, e aquele foi perfeito. 

Ela recebeu-me dentro do seu corpo de uma forma deliciosa, e eu retribui, colocando as minhas mãos na sua cintura, travei aquele corpo e ofereci-lhe o meu ritmo, a minha velocidade e a minha intensidade. Fui forte, fui intenso e fui devorador, saboreando aquele pequeno corpo feminino que me estava a deixar louco e descontrolado.

A chuva acompanhava as minhas penetrações, pois não parava e estava cada vez mais forte, e chegamos a um momento que foi fácil de perceber que o descontrolo era total e mutuo, pois da nossa boca apenas saiam palavras ordinárias, que nos deixavam ainda mais excitados, mas foi quando ela gritou: “vem-te, vem-te, vem-te”, que eu não resisti e ela também não. 

Ela perdeu a força nas pernas, e assentou a barriga na areia molhada. Ela vibrava e espalhava aquele orgasmo pelo corpo, e eu direccionei-me novamente para aquela tatuagem, e foi ali que a atingi, quente e viscoso, fazendo escorrer tudo nas suas costas.

Já era noite e nós nem nos tínhamos apercebido… o prazer deixou-nos cegos…

Foto: _ (Corbis.com)

8 comentários:

  1. Mt bem..um bom contador de histórias.

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  2. Cegos?! O que é essa cegueira perto de todas as outras sensações descritas aqui?!...Onde fica essa praia? Quem sabe um dia passo por lá. rs


    Um final de semana carregado de orgasmos deliciosos...

    Anita.

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  3. Mais uma história bem conseguida.
    Gostei de ler
    ;)

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  4. ui ui... eu quero conhecer esta praia

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  5. Rapaz, quero ir a Portugal conhecer essas praias...

    Abraços


    HOT SPOT NO MSN:

    hotspotonline@hotmail.com

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  6. Muito bom...espero que em seu bolso tivesse um preservativo..rs

    Beijos
    Myah

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  7. Existem situações na Vida, que realmente merecem ser contadas.

    xxx
    xx
    x

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