* Fardado de Piloto



A Liliana e a Ângela, decidiram fazer um jantar em casa da Liliana, que seria uma despedida de solteira mais privada para a sua grande amiga Guida, que se casava no fim-de-semana seguinte. Aquelas amigas queriam que aquela noite fosse só para as três, para se divertirem e relembrarem os bons momentos que tinham vivido. 

A Liliana teve uma ideia e pediu me ajuda. Ela queria que eu entrasse na sala depois de jantar, e que fizesse um “Strip caseiro” e divertido para as três. Inicialmente fiquei um pouco céptico, mas o poder persuasivo da Liliana acabou por me convencer.

Cheguei cedo, e fiquei escondido no quarto dos pais dela. Arranjei junto de um amigo, uma farda de piloto de aviões. Acho que era uma boa maneira de me apresentar aquelas três raparigas. Fiquei fechado no quarto em silêncio, a aguardar a mensagem com ordem para me apresentar. 

A Liliana nunca se esquece de nenhum pormenor, e disse-me no dia anterior para eu me perfumar com Armani Code, e como agradecimento, ofereceu-me um frasco desse perfume. Se ela escolheu, deveria ser bom, pois ela sempre foi uma mulher de muito bom gosto. Eu estava preparado, e o meu telemóvel recebeu a ordem para avançar. 

Cheguei à sala, e elas ficaram loucas, adoraram a farda. Levantaram-se, mas eu dei ordem para se sentarem as três no sofá. Senti que as três garrafas de vinho vazias em cima da mesa, explicavam aquela exaltação. Subi para cima da pequena mesa que estava em frente do sofá, e comecei a abanar o corpo, e aquelas três meninas rejubilavam com o momento. Tirei o chapéu de comandante, e coloquei-o na cabeça da noiva. 

De seguida tirei a gravata, e coloquei-a no pescoço da Ângela. Novamente em cima da mesa, lentamente e de forma sensual, tirei a camisa e as calças, ficando vestido com uns boxers pretos de licra. Aquelas três bonitas mulheres estavam ao rubro, e em coro começaram a dizer “tira, tira, tira, tira”. Eu apenas tinha combinado com a Liliana ficar em roupa interior, mas as três levantaram-se naquele momento, e fizeram a questão de retirar a única roupa que eu tinha no corpo.

Eu ali fiquei, sem roupa, deitado em cima daquela mesa. A Ângela olhou para as amigas e perguntou: “Será que podemos mexer?”. A Liliana riu-se e respondeu:”claro que sim, não te preocupes que ele não se vai queixar”. E no meio de uma grande gargalhada, com cada uma de um lado na mesa, e com a Guida sentada no sofá a assistir, elas tocava-me com o objectivo de me deixar bem excitado, e não foi difícil. 

A noiva disse às amigas: “Eu aqui sentada podia fazer de realizadora de cinema e vocês as actrizes, que me dizem?”. Deu origem a mais uma forte gargalhada, mas sem dar tempo para qualquer resposta, ordenou que me beijassem o corpo por completo. Eu fique agitado, mas a Liliana resolveu o problema, pendendo-me com o lenço preto que trazia ao pescoço. 

Aqueles beijos terminaram na zona mais quente do meu corpo, com os lábios das duas a subir, cada uma com o seu lado, e quando chegaram ao topo, os seus lábios acabaram por se tocar. Não percebi se foi de forma involuntária…

A Guida ao rubro, mas conseguiu se controlar, afinal, ia se casar dentro de três dias. No entanto, levantou-se, e fez questão de colocar-me o preservativo que trazia na sua mala, e disse às amigas:”Usem e abusem, não podemos ter pena dos homens, o verdadeiro prazer tem de ser das mulheres” A Liliana foi a primeira a experimentar-me, e fez subir a sua saia preta, deixando visíveis as suas meias de ligas. Quente, deliciosa e intensa. 

Ela usou-me de uma forma inteligente, ficando de costas para mim mas de frente para as amigas, de forma a elas conseguirem assistir à forma como eu entrava dentro do seu corpo. Com a temperatura alta, a Guida mandou a Ângela avançar, e a Liliana se sentar sobre a minha boca. 

Ficaram as duas frente a frente, olhos nos olhos. Naquele momento, o lenço soltou-se, enquanto eu entrava dentro daquelas duas amigas. Elas tocavam no peito uma da outra. Aqueles lábios voltaram a tocar-se, de forma suave e subtil.

No sofá, a Guida já não conseguia se controlar, e tirando a mão de dentro das suas cuecas, mostrou o seu dedo totalmente molhado. Naquele momento, tudo se descontrolou, e aquelas três amigas, em simultâneo, cada uma da sua maneira, vibraram e gemeram de forma descontrolada. 

Foi o êxtase feminino naquela sala. Eu acompanhei aquele momento, no meu melhor. Foi a loucura total. Esta história ficou no segredo dos deuses, e até hoje, só nós quatro sabíamos o que realmente tinha acontecido naquela noite. Prazer, muito prazer.

Foto: Randy Faris (Corbis.com)

* Saborosa Investigação


Eu, a Daniela e a Barbara éramos viciado nas series de Tv tipo CSI e Investigação Criminal. Todos tínhamos as colecções completas, e passávamos juntos os fins de semanas para fazer sessões continuas destas séries.

Depois de vistas, revistas, analisadas e outra vez analisadas, o nosso vicio passou para o terreno: “e porque não inventarmos as nossas próprias historias, e fazer as nossas próprias investigações?

Como éramos alunos do 12º ano, decidimos criar na escola o “Clube dos Detectives” e passamos também a ter o apoio da Professora Estela. É verdade, crimes, raptos, tudo passava pelas nossas mãos. Um de nós escrevia a história, vestia o papel de vitima, guardava o papel com a possível resolução, e os outros dois tinham de fazer a investigação. 

Já não tínhamos idade para este tipo de brincadeira, mas o assunto fascinava-nos. A Prof. Estela tinha uma grande imaginação, e muitas vezes quando menos esperávamos, recebíamos um sms com um desafio: “Foi encontrado o corpo de uma mulher num relvado. Fortes indícios de violação. Rua do Sol Nascente, nº22

Era a morada da professora, e eu e a Daniela fomos até lá. Quando chegamos, ela estava deitada na relva, imóvel e com marcas de agressões. A Professora era uma excelente actriz, e estava imóvel, como se tivesse desmaiada. Eu e a Daniela começamos em busca de pistas para resolver o enigma. Marcas nos braços, no pescoço e roupa interior rasgada.

Foi aqui que tudo começou quando a Daniela me segredou: “Se foi violada deve existir vestígios do agressor dentro dela”. Sim, era verdade, e a Daniela retirou o que sobrava da roupa interior da professora que estava rasgada. Ela voltou a dizer: ”metemos o dedo lá dentro e tentamos encontrar algo”. 

Estávamos a mergulhar demasiadamente na historia, o que é verdade é que a Daniela entrou mesmo com um dedo dentro do corpo da Prof. Estela. 

Eu inevitavelmente fiquei excitado por estar a ver assim a minha professora, até porque era a nossa professora mais gira.

A Daniela insistiu: “parece que estou a sentir qualquer coisa…” Incrivelmente também entrei dentro do seu corpo, e senti que aquele corpo estava a reagir. Dois dedos, um meu outro da Daniela, e cada um mexia-se e movimentava-se de uma maneira diferente. 

E era verdade que a Daniela estava a sentir qualquer coisa, era a excitação da professora que começava a escorrer nos nossos dedos. Acredito que nunca tivesse sentido dois dedos de duas pessoas diferentes em simultâneo dentro do seu corpo, e isso estava a excita-la bastante.

Eu não conseguia disfarçar o volume nas minhas calças, e a Daniela voltou a sussurrar-me: “porque é que tu não deixas a prova que tanto procuramos dentro da professora?

Vontade não me faltava, mas não tinha coragem, mas a Daniela insistia: “força, precisamos de resolver este caso”. E talvez de uma forma inconsciente, penetrei a Prof. Estela debaixo do sorriso radiante da Daniela.

Foi tudo muito rápido, devido à excitação que eu tinha e à forma incrivelmente saborosa que aquele corpo me recebeu. Quente, experiente e envolvente. Foi tão bom deixar tudo dentro de ela, e ver o entusiasmo com que a Daniela voltou a colocar os seus dedos lá dentro para recolher as provas que ela tanta ambicionava. Nós mergulhamos na história, e quase nos esquecemos da nossa professora.

Ela reagiu, abriu os olhos e levantou-se dizendo: “muito bem meninos, voçês estão melhores de história para história, vou fazer qualquer coisa para o nosso lanche, até porque o meu marido está quase a chegar”.

Marido? A prof. é casada? E ela não diz mais nada sobre tudo o que eu acabou de acontecer? Pelo seu sorriso, acho que ela saboreou o momento muito mais do que eu e a Daniela.. e afinal quem é que nunca teve uma fantasia com um professor?

Foto: Uwe Krejci (Corbis.com)

* Obsessão: Catarina


Depois de tudo o que me aconteceu no Chiado, o nome “Catarina” nunca mais me saiu da cabeça. Eu tinha ficado um homem diferente, ansioso, nervoso, carente. Eu tinha de voltar a encontrar aquele rosto tímido, para a minha vida regressar à normalidade. Eu queria voltar a tocar aquele corpo, eu queria conhecer melhor aquela mulher, mas o que é certo, é depois daquele final de tarde, nunca mais nos cruzamos.

O meu descontrolo chegou ao ponto de faltar ao trabalho para percorrer Lisboa em busca da “Catarina”. Achei melhor procurar apoio para esta minha obsessão, e em conversa com um amigo meu psicólogo, ele sugeriu-me sair de Lisboa por uns dias, em buscar de novo ar, e de ideias novas para a minha vida.

Decidi então ir passar a Pascoa ao Algarve, sozinho, pois talvez a mudança de ar me fizesse esquecer aquele final de tarde chuvoso que continua a atormentar-me. Albufeira foi a cidade escolhida, e fiquei num apartamento na avenida principal. 

E foi no sábado, ao início da noite, quando eu estava sentado numa esplanada junto da praia, que vi aproximar-se um grupo de pessoas, e de onde se destacou o brilho de uma estrela. Eu gritei descontroladamente: “-Encontrei-te”…. No meio daquele grupo de amigos todos se riram a olhar para mim, e ouvi algumas piadas do tipo:”-encontraste quem? O Wally?...lolol” “…

* Politicamente Opostos




O espírito de Abril sentia-se, no Jardim no Príncipe Real em Lisboa. Os problemas sociais animavam as noites de primavera, onde jovens se juntavam para discutir problemas políticos do pais e da Europa, e onde se destacavam ideais políticos e diferentes formas de pensar. 

Estes encontros começaram a ser famosos, e eu decidi juntar-me para também fazer valer as minhas ideias. Naquele jardim, todas as noites se cantava “Grândola Vila Morena” de Zeca Afonso. Viviam-se tempos de crise.

Se as noites estavam quentes, as discussões muitas vezes chegavam a ferver, tão díspares eram as formas de pensar. Nestes confrontos de ideias ganhei uma inimiga, inimiga se calhar é demasiado forte, vou-lhe chamar uma grande rival, a Luciana. Licenciada em Filosofia, militante de um partido de Esquerda. Uma defensora acérrima dos trabalhadores, do meio ambiente e de igualdades sociais. 

A nossa forma de pensar era tão diferente, que nos distinguíamos nos pequenos pormenores. Se eu normalmente andava de carro, ela tinha uma pequena scotter eléctrica. Se eu gostava de uma praia mais calma e recatada, ela adorava ir à Costa de Caparica, e estar na multidão, juntamente com o povo. Éramos muito diferentes….

Certa noite, a nossa discussão ficou tão quente, que fomos convidados a sair daquele grupo. Confesso que foi uma vergonha para os dois, a forma como perdemos o controlo, e nos atacamos mutuamente. De forma a acalmar os ânimos, afastei-me com a Luciana para conversar, e de certa forma percebermos que é normal e saudável pensarmos de forma diferente.

E como forma de apaziguar esta nossa guerrilha, decidimos tentar convencermos, que as nossas formas de pensar têm coisas positivas, e como a noite estava quente, peguei na sua pequena scotter, e decidi leva-la até à minha praia, a Praia da Adraga, no concelho de Sintra. Confesso que adorei a sensação de me sentir livre naquela pequena mota, com a Luciana agarrada a mim, a sentirmos o vento daquela noite.

Aquela viagem foi a prova que os opostos atraem-se. Com os corpos colados para evitar uma queda, a Luciana passava as suas mãos no meu peito, primeiro em cima da minha camisa, e depois em contacto directo com a minha pele. Fiquei descontrolado ao sentir os seus dedos a tocarem provocatoriamente no meu peito. Ela estava a brincar comigo, mas estas brincadeiras descontrolam um homem, e ela sabia bem disso.

A mão dela desceu no meu peito, e ela ousou entrar com aquela mão dentro das minhas calças, e confirmou as suas suspeitas. Ter tocado no meu peito despertou-me o mais primário desejo masculino. O seu dedo foi atrevido, e brincou comigo, sentindo-me melado. Começava a ser difícil conduzir aquela mota.

O auge da provocação aconteceu quando ela calmamente decidiu puxar a minha pele para traz, deixando a descoberto, o topo de todo o meu desejo, e de toda a minha vontade. Aquele movimento também serviu de ordem para a mota parar, mesmo antes de chegarmos à praia.

Entrei numa rua com muita vegetação, sem saída e isolada, já em pleno Parque Natural de Sintra. Naquele local fizemos uma pacífica coligação de prazer. O banco daquela mota foi o apoio para a nossa fusão. Comigo dentro do seu corpo assinamos um tratado de paz, e juntamos esforços para atingir uma intensa sensação de prazer. 

Transformamos a fúria das nossas divergências, num intenso tesão penetrante. Assim encontramos algo em comum entre os dois, uma vontade extrema de ter prazer, e eu não lhe perdoava um milímetro do meu corpo, e sempre com impulsos fortes penetrei-a por completo, deixando-a totalmente preenchida por mim.

E foi no banco daquela mota, que encontramos a posição perfeita para culminar uma noite que tinha começado muito mal, mas que acabou na perfeição. Dei-lhe tudo, sempre com aqueles movimentos rápidos que as mulheres adoram, que só eram interrompidos com o bater da minha barriga nas suas nádegas, que significava que já não era possível entrar mais nada. 

Ao final de algum tempo, a Luciana vacilou, e as suas pernas tremeram de exaustão e prazer… e eu carimbei o seu corpo, com a tinta que o meu corpo lhe quis oferecer, naquela noite, foi a tinta branca da paz… sussurramos os dois “Grândola Vila Morena… terra da fraternidade…



Foto: Blue Images (Corbis.com)

* Penedo da Saudade


Foram tempos difíceis, pois não conseguia arranjar emprego na minha área, no entanto surgiu uma oportunidade em Coimbra, e eu aluguei uma casa no centro da cidade, no entanto foram promessas vãs, pois quando comecei a trabalhar confirmei que tudo o que me tinha sido prometido era mentira, e assim acabei por ir trabalhar para uma pastelaria que existia perto da Sé Velha, para conseguir pagar os custos do aluguer.

Aquela pastelaria era um espaço que era visitado por muitos estudantes universitários, e numa determinada noite, um grupo de estudante que se preparavam para enfrentar uma noite de animação, decidiu ir “aguentar a noite” lá na pastelaria, antes de seguir para uma discoteca da cidade.

Nesse grupo estava uma cara que efectivamente não me era estranha. Trocamos um olhar de quem nos conhecíamos, mas não tivemos coragem para trocar qualquer palavra.

Parecia-me a Margarida, uma colega que eu tive em Lisboa, no 7º e 8º ano. Ela era chamado por todos pela “gordinha”, pois era uma rapariga baixinha e gordinha, e com acne no rosto. No entanto, hoje, apesar de o sorriso ser igual, está uma mulher muito diferente, uma universitária elegante, bonita, atraente.

Quando sai do trabalho, decidi ir com os únicos amigos que tinha na cidade aproveitar a noite, e entramos exactamente na mesma discoteca onde estava a Margarida. Voltamos a trocar olhares, mas desta vez, venci a timidez, e decidi meter conversa com ela, e confirmei as minhas suspeitas, era mesmo ela.

Aquela noite tornou-se fantástica, ficamos a dançar, e a relembrar os nossos tempos de criança, e a falar de que vida tinham seguido os nossos antigos colegas. Margarida acabou mesmo por me confessar que naqueles tempos, sempre foi apaixonada por mim, e ficava morta de ciúmes sempre que me via com outra rapariga.

E confessou-me ainda, nunca se sentiu tão atraída por ninguém, como se sentia por mim nesses tempos de adolescente, e desse modo, ainda hoje conserva a sua virgindade para a entregar a uma grande paixão. Ela era uma romântica. Fiquei surpreso com a confissão, e acabei por lhe oferecer um demorado beijo na boca, que quase a fez derreter. 

Foi fantástica a forma como ela me ofereceu os seus lábios e a sua língua. Senti que ela me queria oferecer o seu pequeno tesouro. Convidou-me para eu ir a casa dela, mas eu rejeitei, e apenas trocamos os nossos números de telefone.

Depois daquela noite, Margarida passou a ser uma fiel cliente da pastelaria onde eu trabalhava, e começamos a sair com alguma frequência, apenas os dois. Numa determinada noite, depois de termos dançado na nossa habitual discoteca, eu e a Margarida seguimos para o Penedo da Saudade, de modo a ficarmos mais perto, da fantástica Lua Cheia, que preenchia o céu de toda a cidade.

E aquela noite foi especial. Tudo ultrapassou os nossos habituais beijos demorados. Ofereci à Margarida uma sensação que ela nunca tinha sentido, e entrei dentro do seu corpo, com todo o desejo de lhe dar prazer, e com toda a vontade que aquela noite ficasse marcada na sua memória para sempre.

Foi fantástica a maneira que ela se entregou a mim, querendo sentir o meu corpo a penetrar o dela. Correspondi com todo o romantismo que ela sonhava para um momento tão especial, e dei-lhe o máximo prazer possível, e que estava ao meu alcance.

Depois daquela noite, o quarto onde ela estava a viver, era sempre pequeno para tanto amor e desejo entre os dois, mas o Penedo da Saudade ficou para sempre marcado como um local especial, e que fazíamos questão de passar em todas as nossas datas especiais.

Foto: Solus-Veer (Corbis.com)