* Brincar aos Médicos

Todos os anos, nesta altura, nas férias de verão, eu passava os dias com a minha prima Catarina, na casa da minha avó, numa aldeia perto de Mafra.

Logo de manhã, quando os meus pais iam trabalhar, eles deixavam-me lá e só me iam buscar novamente à noite.

Passávamos dias bem divertidos, não precisávamos de consolas, nem de computadores para passar o tempo, porque a casa da minha avó tinha bastante terreno, e passávamos os dias ao ar livre, com brincadeiras saudáveis e pelo campo, no entanto, ela nunca largava o seu leitor de Mp3, pois adorava música e era fã dos Bon Jovi.

Naquela tarde, estávamos a fazer corridas com uma bicicleta e a Catarina caiu. Eu fui a correr em direcção a ela, a simular ser uma ambulância, a fazer o barulho da sirene, peguei-a ao colo e levei-a para o velho barracão no fundo do quintal, onde a minha avó guardava alguns utensílios agrícolas.

Ela dizia que estava bem, mas eu disse em tom de brincadeira, que ela tinha de ser vista por um médico. Vesti uma bata branca e velha da minha avó, e disse que eu era o médico, e tinha de observar o estado da doente. Ela estava a gostar da brincadeira e ria-se. Perguntei-lhe onde lhe doía. Ela disse que era na perna, e na barriga.

Deitei-a no relvado, e disse que tinha de ser observada ao pormenor. Liguei uma lanterna, e comecei a observa-la pelos pés. Fui subindo, observando e apalpando o seu corpo. Ela estava concentrada a fazer o papel de doente. Quando cheguei às partes mais íntimas da Catarina, detectei que estavam mais quentes do que o resto do corpo. E disse que aquela zona tinha de ser observada com mais rigor…

Despi-lhe os calções que ela trazia vestida, e ela ficou nua da cintura para baixo. Ela não reagiu, continuava séria, a alinhar na brincadeira.

Fui lhe tocando e perguntado se tinha dores: “- aqui, aqui e aqui?” Ela dizia que nada lhe doía, ao que eu rapidamente disse que muito provavelmente o problema vinha de dentro do seu corpo, e disse-lhe que tinha de fazer exames mais detalhados.

Penetrei-a com o dedo indicador, e senti que ela estava realmente quente e molhada. Inocentemente, nem sabia bem o que estava a fazer. Disse-lhe que estava confirmado a origem do problema, aquele calor não era normal, e lhe tinha de lhe aplicar uma pomada todos os dias, para resolver aquele problema que era muito complicado.

Como não tinha nada à mão para simular a pomada, deixei cair um fio de saliva e massajei-a durante alguns minutos, enquanto ela com um sorriso malandro não disfarçava a sua satisfação, e dizia que aquilo estava efectivamente a deixa-la mais aliviada.

Mais ou menos quinze minutos depois, disse-lhe que se podia vestir e que tinha de lá voltar todos os dias para verificar se estava a melhorar ou não, e caso fosse necessário teria de aplicar mais pomada.

É verdade, eram brincadeiras inocentes, mas todos os dias a repetíamos, passando a aplicar um creme Nivea, que a minha avó tinha num pequeno frasco metálico azul, em vez da inicial saliva. Uns dias era eu o doente, e outros dias era ela, mas sempre transmitindo muito prazer um ao outro. E assim, inocentemente fomos descobrindo a nossa sexualidade, e os nossos corpos de uma forma divertida e saudável.

Foram momentos que ficaram registados por ter sido a primeira vez toquei assim numa mulher.

Foto: Plush Studios (Corbis.com)