Liguei para o salão, e agendei a aula para uma quarta-feira, às 22h. Quando lá cheguei, ainda não tinha decidido o tipo de dança que iria escolher, mas isso foi fácil de resolver, pois a única professora que estava disponível era a Argentina Dolores, a professora de tango.
Aceitei o desafio. Ela perdeu 10 minutos a explicar-me a essência, a sensualidade e o erotismo da dança. Depois, no restante da aula, ela mostrou-me os passos principais, as bases iniciais, e como os dançarinos se devem comportar.
Fiquei curioso, e no final daquela aula decidi marcar mais algumas sessões. Fiquei decidido em aprender mais. Nas aulas seguintes, a magia da dança, o ritmo e a melodia entraram no meu espírito. Quis mergulhar verdadeiramente na sensualidade argentina, e vesti-me sempre a rigor, e ela correspondia, com um vestido comprido e com meia de liga, que tornava tudo mais sensual e sedutor.
Com o passar do tempo, a dança tornou-se voraz, num ambiente vermelho, sedutor, quente. Ela começou a transferir o domínio da dança para mim. Entregou-se. Para ela, a essência da dança era o domínio do Homem. Tudo ficou mais intenso. Ela tornou-se num objecto frágil nos meus braços.
As minhas mãos dominavam o seu corpo quente, sentiam as suas costas e percorriam as suas pernas. Em algumas situações os rostos colavam-se, e os lábios raspavam uns nos outros. Se inicialmente ficava envergonhado com aqueles movimentos, com o passar do tempo tudo se tornou normal.
Naquele final de noite, ficamos sós no salão, sem ninguém por perto. A dança tornou-se mais quente do que habitual. A forma como a agarrava e a puxava contra o meu corpo, deixou-a totalmente fragilizada e entregue a mim. Num movimento mais rápido, ela agarrou a minha camisa e fez todos os botões rebentarem, mas a dança não parou.
De seguida, passei a minha mão pelo seu pescoço enquanto ela se deitava para trás, oferecendo-me uma visão deslumbrante. A minha mão fez descair a alça do seu vestido, deixando-a apenas com as ligas. O botão das minhas calças também não aguentou muito mais tempo, acabando por saltar, com a força da mão daquela mulher. Ela começava a ficar submissa nos meus braços.
Ela beijou o meu peito, e num movimento descendente, tirou-me as calças, deixando-me como eu vim ao mundo. Ela apenas com as ligas, colou o seu corpo ao meu, num fantástico momento de sedução. Num dos passos habituais, ela levantou a perna e envolveu a minha cintura, puxando-me contra si. Aquele movimento foi a ordem que os nossos corpos esperavam. Entrei dentro do seu corpo, mas por pouco tempo, pois o ritmo da dança obrigou a um momento de afastamento dos corpos.
Desejoso daquele corpo, o meu braço puxou-a, e ela saltou, envolvendo as suas pernas na minha cintura, e fez com que eu entrasse profundamente dentro seu corpo. Os peitos colaram-se. Delirante. O ritmo da música fazia ela dançar comigo dentro de si. Os corpos acabaram por cair no chão, com um ritmo e uma profundidade de prazer incalculáveis. Ela queria sempre tudo dentro de si, e tinha sempre vontade de lhe dar mais forte, e cada vez mais intenso. Eu correspondia ao seu desejo, e fui implacável ao seu prazer.
Tudo foi fantástico, num ambiente de paixão e sedução. Libertei-lhe ferozmente o meu prazer enquanto ela se deleitava nos meus braços ao ritmo de uma música que não parava.
Naquela noite quente de verão, eu senti por dentro o verdadeiro ritmo argentino, e percebi o sentido de Tango Passion…
Foto:JGI (corbis.com)
Momentos de prazer. A música entra no sangue e os corpos fundem-se num ritmo crescente de paixão
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