* Amigos com Benefícios

A Lúcia era minha amiga há vários anos, e desde que terminou a sua relação com o Luís, ela procurava em mim, apoio e conselhos masculinos. 

Naquela semana, ela pediu-me ajuda para comprar uma prenda de aniversário para o seu sobrinho, que fazia 15 anos, e combinamos: sexta-feira. O local de encontro escolhido foi a entrada do meu prédio, depois de eu sair do trabalho, e seguíamos a pé, até ao shopping no centro da cidade.

No entanto, surgiu uma situação inesperada no meu trabalho, e eu atrasei-me mais de uma hora. Ela coitada, ficou ali todo aquele tempo à minha espera, e eu não consegui avisa-la. Cheguei todo sujo, e precisava urgentemente de tomar um duche rápido e mudar de roupa. Pedi mil desculpas à Lúcia, e convidei-a a subir, para aguardar mais um pouco por mim. Ela sentou-se na sala, e eu disse para ela ficar à vontade, que eu ia ser muito rápido.

Ela ficou no sofá, mas eu esqueci-me de tirar de cima da mesa, um livro com fotografias eróticas, de um amigo meu fotógrafo. Era livro com corpos nus, de homens e mulheres, com fotos detalhadas de corpos masculinos. Nu artístico de grande qualidade. Fiquei esperançado que ela não desfolhasse aquele livro, e tentei ficar pronto o mais rápido possível.

Quando cheguei à sala, o livro estava aberto, e a Lúcia foi ousada, sorriu e comentou: “pensei que vinhas vestir-te aqui junto de mim” Sorri, mas não respondi. Será que as imagens daquele livro fizeram despertar desejo mais íntimo? Ela estava sozinha há mais de três anos, e durante todo este tempo, nunca mais tinha estado com ninguém. 

Eu assumi aquelas palavras com uma simples brincadeira, mas rapidamente percebi que ela estava efetivamente atrevida, pois mal chegamos à rua, ela voltou a dizer-me: “depois do tempo que já me fizeste esperar hoje, tu devias compensar-me, não achas?”Confesso, que por vezes, sou um homem bastante tímido, e aquelas palavras deixavam-me sem jeito, e sem saber o que responder. No caminho até ao shopping, ela foi insinuando diversas vezes que queria alguma coisa comigo. O que é que eu fazia? Respondia? Ignorava?

Não estava a ser nada fácil gerir os impulsos femininos da Lúcia, e foi já de noite, com a prenda comprada e de regresso a casa, que eu não consegui controlar-me. Na rua mesmo atrás da minha casa, a Lúcia lançou mais uma observação: “passei este tempo todo a oferecer-me… mas já vi que não tenho sorte…pensei que fosses mais homem”. Aquela frase irritou-me, e eu encostei a minha amiga à parede, sem saber o que lhe fazer.

Ela aproveitou o momento e roubou-me um beijo, intenso, molhado e demorado. Nem imaginam o que aquele beijo provocou no meu corpo. Fiquei descontrolado e irracional. Como é possível perder o controlo de uma forma tão fácil? A porta daquele prédio estava aberta, e entramos naquele vão de escadas, para não perder tempo nesta entrega. 

Tudo foi rápido, e o perigo era iminente, pois alguém podia entrar ou sair daquele edifício. Pela primeira vez eu entrei assim dentro de uma simples amiga, sim, porque a Lúcia era apenas uma amiga. O que é certo, é que aquilo estava a dar-me um gozo tremendo. A Lúcia entregou-se por completo, voltando a sentir um homem dentro do seu corpo.

Não existia amor entre os dois, por isso, o que estava a acontecer não era “fazer amor”, por isso o que aconteceu foi “sexo puro” e delicioso. Afinal qual era o verdadeiro significado daquele momento que estávamos a viver? 

Tornamo-nos ainda mais amigos, mas com benefícios, e aproveitamos para saborear o verdadeiro pecado da carne. Sentimos aquela sensação que todos os seres humanos adoram sentir, e que buscam quase diariamente, e se chama “Orgasmo”. O que isto tem de errado?

Foto: _ (Corbis.com)

* Horas Extras


À Sexta-feira, o horário da saída daquela empresa era cumprido escrupulosamente por todos, mas eu estava com azar. Tinha um projecto muito importante entre mão que tinha de acabar com a máxima urgência.

Fiquei sozinho no escritório, desliguei o telemóvel e fiquei a fazer as últimas impressões de modo a conseguir completar o conjunto final do projecto.

Aproveitei que estava tudo mais calmo e desci até ao piso de baixo, junto à entrada do edifício, para tirar qualquer coisa da máquina de comida. Reparei que à entrada da empresa ainda estava o Ford Focus do marido da Liliana. Aguardava por ela.

Quando voltei a subir fui verificar se ela ainda estava no seu gabinete, para a avisar que o marido esperava por ela. Quando me aproximei, rapidamente constatei que não era o único na empresa. Ousei espreitar…

Deparei-me com um belo espectáculo. Ela deitada em cima da sua secretária com as pernas em cima dos ombros do Fabrice, um dos directores franceses da empresa. Vários papeis espalhados pelo chão, ela com o prazer estampado no rosto e ele com um ar de glória…

O Fabrice era um homem charmoso, simpático, elegante e bem vestido, sempre muito admirado por todas as mulheres da empresa. Tinha uns olhos verdes que as deixavam loucas. Mas apesar de todo este sucesso no universo feminino, nunca o imaginaria nos braços da Liliana, uma mulher inteligente e bonita, que normalmente não perdia tempo a dispensar um sorriso a qualquer homem, e sempre demonstrou ter um casamento estável e feliz…

Fiquei a observar pela porta entreaberta. A língua dele percorria toda a sua intimidade, bem devagar, parecia estar deliciado. Ela gemia, baixinho, mas gemia. Ele penetrava-a com dois dedos, simultâneamente presenteá-la com a sua língua, enquanto a mão tinha disponível percorria a barriga e o peito daquela mulher. 

Ela estava apressada e agitada, sabendo que o marido a esperava. Talvez tenha sido esta sua ansiedade que a colocou na melhor posição, para ele a penetrar profundamente.

Ele não estava a ser nada meigo com ela, penetrava-a com alguma intensidade. Se ele tinha a mão esquerda na cintura dela, a sua mão direita segurava-lhe o cabelo.

Ela nunca se queixou de tanta agressividade, e até parecia satisfeita com aquele comportamento bruto, soltando apenas gemidos mais fortes. Ele pegou-lhe ao colo, e sentou-a em cima da fotocopiadora, e ela envolveu a cintura dele com as suas pernas, enquanto ele não mostrava sinais de ternura, enquanto entrava e saia do seu corpo. Tudo era permitido naquele escritório.

Percebia-se que aquele francês queria tudo do corpo de uma mulher, então retirou-se de dentro daquela zona do corpo dela, e colocou-a a jeito, e entrou um pouco mais ao lado. Percebi que a penetração foi um pouco mais difícil, mas a Liliana nunca se fez de difícil, nem nunca disse que não. Ao fim de alguns minutos percebia-se que ele já tinha encontrado o ritmo certo, e continuou sempre sem parar aquele entre e sai continuo.

Eles nem imaginavam que eu estava ali fora a assistir aquele espectáculo, que também já me estava a deixar quente, mas foi naquele momento que eu senti que o francês regressou ao sítio original, e deixou tudo dentro do corpo dela. Tentei olhar com mais pormenor, e consegui ver ainda o líquido dele a sair do corpo da Liliana. Estavam os dois ofegantes depois de uns minutos tão intensos.

Depois de saciar a sua loucura, ela rapidamente se vestiu, arranjou o cabelo e saiu em passo acelerado pelas escadas abaixo, para os braços do marido. Espreitei pela janela, vi-os a beijarem-se demoradamente e arrancaram…

Foto: Morgan David de Lossy (Corbis.com)

* Presencialmente Irresistível


Tudo começou com um sms enviado para um número errado. Foi naquele final de tarde que recebi uma mensagem no telemóvel a pedir um conselho, aparentemente sentimental, de um número que eu desconhecia. Facilmente percebi que se tratava de um equívoco, mas ousei responder.

Foi assim que começou o nosso vicio, e começamos a trocar constantes mensagens. Tudo foi assunto, trabalho, saúde, amor, frustrações e desejos. Do nada, tornamo-nos cúmplices.

Geograficamente estávamos longe, mas emocionalmente muito perto. Eu vivia em Lisboa e a Sílvia numa quinta perto de Peso da Régua. Tínhamos ideias e objectivos diferentes de vida, e era isso que tornava interessante as nossas conversas. Eu era um homem citadino, e ela uma mulher dedicada às suas raízes. Ela era formada em arqueologia, mas dedicava-se quase em exclusivo à produção de vinho, na sua quinta secular.

Não será difícil explicar que ficamos curiosos em estarmos juntos, ficar cara-a-cara, e passados alguns meses, os quilómetros não forma um obstáculo, e eu rumei ao norte, com o objectivo de para passar umas horas com a Sílvia.

Tínhamos combinado um passeio pelas paisagens do Douro, que acabou por não acontecer. Quando cheguei junto dela, fiquei deliciado com o brilho do seu olhar. O beijo que demos no rosto, foi o sinal do nosso desejo, com força que foi dado, e quase a tocar no canto da boca.

Fiquei fascinado com a paisagem do local, e a quinta da Sílvia era linda, numa paisagem encantadora, marcada claramente com a produção de Vinho do Porto. Foi a caminho da adega, debaixo de uma pequena pérgula, onde as folhas secas caídas já cobriam o chão, que nos entregamos.

Nós já sabíamos tudo um sobre o outro, e qualquer conversa seria repetida, e os nossos corpos pediram para explorar o que ainda não conhecíamos. Ficamos deliciados um com o outro, e criamos um momento mágico, numa paisagem tão perfeita, como as sensações que estávamos a sentir.

Com tanta coisa que eu já sabia sobre ela, foi fácil imaginar o modo que ela mais gostava, e toquei-lhe onde ela queria ser tocada. Não foi preciso falar, e no silêncio daquela paisagem bucólica, os nossos corpos encaixaram-se num doce encanto. Eu por cima e ela por baixo, olhos nos olhos, meti tudo dentro dela, e facilmente percebi que ela gostava daquela sensação de preenchimento completo. Sem tirar nada, iniciei o ritmado movimento da minha cintura. Ficamos os dois focados naquele momento.

A sensação de preenchimento prolongou-se de um modo meigo e carinhoso, e muito apreciada pelos dois, mas quando eu senti que estávamos num ponto sem retorno, as minhas mãos seguraram as mãos da Sílvia, beijei-a deliciosamente na boca, e ofereci-lhe a intensidade e a força dos meus movimentos, proporcionando-lhe a veloz sensação de entrada e saída do seu corpo. Fomos incrivelmente cúmplices naquele momento. Naquela tarde, não tinha muito mais tempo para ali ficar, e tive de regressar a Lisboa com uma recordação inesquecível das paisagens do Douro.

Depois daquele dia, o nosso vicio das mensagens continuou, ainda mais intenso, desvendando todos os pormenores das nossas vidas, mas pessoalmente, até hoje, só conseguimos estar juntos mais três vezes… para voltarmos a não resistir, e voltar a acontecer tudo, deliciosamente como na primeira vez… engraçado, que presencialmente pouco falávamos, e só conseguíamos conversar por sms…

Foto: Wavebreak Media (Corbis.com)

* Por Detrás de um Reencontro


A Marília era alguém que nunca imaginava que poderia reencontrar, pois no dia em que estivemos juntos, foi o ultimo dia que ela esteve em Portugal. Ela estudou Administração em Lisboa, e quando terminou o curso regressou ao Brasil. No entanto, aquele dia ficou marcado de uma forma especial para os dois.

O que é certo, é que dois anos depois o nosso olhar voltou a cruzar se, desta vez em Guimarães. A Marília estava a fazer um estudo numa empresa Brasileira que estava a implementar-se no mercado europeu.

Nós ficamos os dois a olhar um para o outro, um pouco sem reacção, sem saber o que dizer. Eu ganhei coragem, cheguei junto dela e perguntei se ela ainda se lembrava de mim. Ela envergonhada disse prontamente: “… como poderia esquecer…

Pois, eu também nunca me esqueci daquele dia, e para conversar um pouco mais à vontade convidei-a para jantar nessa noite. Ela aceitou, com a condição que o jantar ser em sua casa. Tudo bem. Ela estava a viver numa casa antiga, na Praça de Santiago, mesmo no centro histórico da cidade. Aquela casa respirava história.

Nós os dois depois do jantar, ficamos a conversar um com o outro, pois apesar do momento quente que tínhamos vivido em Lisboa, nós não nos conhecíamos, não sabíamos nada um do outro. O que é certo, é que descobri que a Marília era uma mulher super interessante e inteligente, no entanto ela não consegue explicar o que aconteceu naquela tarde junto ao Tejo. 

Ela é uma mulher tímida e discreta, mas naquele dia sentiu um forte desejo por mim, e sentiu que não queria sair de Portugal sem sentir o verdadeiro sabor de um homem português. O que é certo é que ela adorou, e nunca mais se esqueceu.

Eu senti que aquelas palavras serviram de pedido para repetir tudo o que tinha acontecido, mas agora de uma forma mais calma, com mais ternura e com muito menos perigo. E calmamente, a nossa conversa terminou, ela ligou a sua música preferida, e a roupa foi saindo dos nossos corpos. No meio de dois beijos, ela sussurrou-me ao ouvido: “desde aquele dia, nunca mais tive com nenhum homem…

A entrega foi total, a união entre Portugal e o Brasil foi feita entre os nossos corpos. O encaixe era perfeito e parecíamos feitos um para o outro. Tudo feito com muita calma e ternura, fazia o sabor do prazer perdurar Cada centímetro meu que entrava dentro do seu corpo era maravilhoso, e ela queria sempre tudo dentro de si, adorava sentir se preenchida, sempre preenchida na totalidade.

E foi num desses momentos, em que eu estava completamente dentro do seu corpo, que ela me fez um pedido secreto: “- Já que os nós corpos se encaixam tão bem… acho que você é o homem certo para me penetrar onde eu nunca fui penetrada…” Eu fiquei sem reacção para aquele pedido inesperado, mas aceitei o desafio. Excitava-me a ideia de ser o primeiro.

De modo a tudo correr bem, tudo foi bem lubrificado, de forma a ser suave e mais saboroso. Ela adorou o toque do meu dedo, a confirmar o local certo. Delirou com a sensação de algo molhado a começar a entrar dentro do seu corpo. E calmamente entrou, bem devagar entrou tudo. Mais uma vez preenchi o corpo da Marília por completo. 

O movimento da sua cintura pedia-me mais ritmo. E assim aconteceu, acelerei o ritmo e coloquei dois dedos dentro de uma zona do seu corpo que estava incrivelmente quente e onde eu já tinha estado. Preenchi aquele corpo o máximo que consegui e levei-a à loucura. A palavra prazer estava escrita nos seus olhos. Ela gritou, berrou e delirou. Nada mais poderia entrar dentro de si. Ela estava totalmente preenchida. Eu ofereci-lhe tudo, e ela adorou ver tudo a sair de dentro de mim. 

Naquela casa mais uma vez escreveu-se história, uma história por detrás de um reencontro, e um reencontro é sempre tão especial e saboroso, não é?

Foto: Chris Rogers (Corbis.com)

* Mulher do Camionista




Conheci a Vera numa simples conversa na Internet, ela era querida, meiga, simpática. Vivia perto de Fafe, e era casado há apenas 6 meses, mas o facto de ter ido viver para aldeia do marido, fez com que mergulhasse numa profunda solidão. Ele era camionista, e percorria a Europa durante a semana, e normalmente só estava em casa aos fins-de-semana, e às vezes nem isso.

A Vera refugiava-se na internet para combater a solidão, e dedicava-se a escrever poesias e pensamentos, num blog que tinha criado. Eu curiosamente comecei a frequentar esse blog e a comentar a sua escrita, de tal modo que depois de alguns comentários, e de ter disponibilizado o meu endereço de mail, começamos a conversar e trocar alguns pensamentos. Estas nossas conversas virtuais tornaram-se tão regulares, que todos os dias ao final da tarde, perdíamos horas a conversar um com o outro.

As nossas conversas acabaram por entrar em pormenores íntimos das nossas vidas. Eu era um homem descomprometido, mas a Vera, apesar de ser casada, sentia-se só, insatisfeita e com muitos desejos por realizar. Os seus 24 anos equivaliam a uma mulher em ebulição, que se tinha guardado para o seu marido na noite de núpcias, e agora não se sentia realizada, nem feliz, e com um enorme desejo de receber e oferecer o prazer que tinha guardado para ele.

Os dois estávamo-nos a tornar confidentes um do outro. Todos os pormenores e segredo que ela me contava, despertavam em mim um enorme desejo de a conhecer e de estar com ela, mas o facto de estarmos separados por muitas centenas de quilómetros, sempre foi um obstáculo racional para nunca ter acontecido nada carnal entre os dois.

Começamos a ter longas conversas ao telefone, que prolongávamos, já deitados na cama. O que é verdade, é que as conversas começaram a ser excitantes, aquela voz doce e meiga, transbordava desejo e tesão. Estávamos quentes e desejosos de prazer, mas a distância era muita. Quando lhe confessei que estava duro só de ouvir a sua voz, foi a gota de água para ela me confessar o estado em que se encontrava, e o sítio onde tinha a sua mão. Acabamos por trocar fotos íntimas…

Ela começou a pedir-me que me tocasse suavemente com a ponta do dedo, debaixo para cima, e que imaginasse que fosse a sua língua, e que depois o apertasse com força imaginado que fosse seus lábios. Nunca imaginei ouvir aquela mulher tímida a dizer tantas ordinarices e palavrões ao meu ouvido, e ouvi-la a gritar o meu nome, enquanto me implorava que entrasse dentro dela com força. Pura imaginação. Ela fez questão de aproximar o telemóvel da sua zona mais íntima, de modo que eu conseguisse ouvir o barulho da sua excitação e o som do movimento do seu dedo. Eu ouvi e adorei aquele som molhado.

Fiquei doido com aquele som, e quis atingir o meu momento máximo de prazer, em simultâneo com a Vera. E assim foi, quando ela me avisou que estava a atingir o orgasmo, a sua voz alterou-se e a respiração acelerou. Ela gritava o meu nome, no meio de muitos palavrões. Eu acelerei o meu ritmo, a atingi o prazer em simultâneo com ela, imaginado a magia do corpo daquela mulher. No final ficamos sem palavras e sem reacção, em silêncio… De um lado e outro do telefone, apenas se ouvia uma respiração ofegante de prazer.

Depois daquela primeira noite, ela sempre que sentia desejo, desafiava-me. Fui acordado muitas vezes a meio da noite pelo toque do telemóvel, com aquela voz meiga a pedir-me carinho e prazer, devido à ausência do marido. Confesso que tentei muitas vezes resistir ao pecado daquela voz, mas era impossível.

Com a chegada do verão, tudo se intensificou, e foram incríveis as noites quentes que passamos em claro, onde as palavras ousadas e sons molhados, apimentaram doces momentos de prazer solitário. Será que o que ela fazia comigo era traição, sem me conhecer, sem me tocar, sem me sentir? A traição é algo muito relativo…

Foto: Vincent Besnault (Corbis.com)