* Agarrada ao Passado

Depois de ter passado toda a sua juventude a estudar num colégio de freiras, em que só passava os fins de semana em casa com os pais, a entrada na faculdade foi uma fase difícil na vida da Tatiana. Ela era uma rapariga calada, reservada, extremamente educada e com excelentes notas. Eu sentia-me atraído por ela, com o seu cabelo escuro que contrastavam com os seus olhos claros.

Fiz alguns trabalhos de grupo com ela, e tentei sempre mostrar o desejo que sentia por ela, no entanto ela ignorava as minhas investidas. No entanto, foi com a aproximação do dia de São Valentim, que senti a Tatiana mais frágil. Ela a assistir as colegas de turma a combinarem da prenda ideal para as caras-metades, deu origem a uma lágrima no seu rosto. Eu vi naquela lágrima algo triste na sua vida.

Cheguei junto dela, ganhei coragem e roubei-lhe um beijo, um beijo salgado, naqueles lábios molhados, acompanhado com aquela lágrima. Ela entregou-se por completo. E foi no final daquele beijo demorado que surgiu uma surpresa, e ela disse-me: - “acreditas que este foi o meu primeiro beijo? A primeira vez que os meus lábios tocaram assim num homem…” Senti que ela queria se entregar, ela queria ser amada, ela queria sentir-se mulher. Eu nem conseguia acreditar naquelas palavras. Seria possível um rosto tão bonito nunca ter sido beijado? 

Aquele beijo acabou por não ter grande significado, mas abriu uma janela na vida da Tatiana, e ela ficou uma rapariga mais livre, mais alegre e com mais vontade de viver a sua juventude. Nós os dois começamos a ter conversas mais desinibidas, mais intimas e eu comecei a perceber que a curiosidade e o desejo dela aumentava de dia para dia. Ela começava a libertar-se das amarras que a mantinham presa ao seu passado.

Foi numa aula de Estatística em que o professor insistia em passar acetatos aborrecidos, eu e a Tatiana estávamos sentados numa secretaria na ultima fila. Eu comecei a escrever provocações no seu caderno em vez de passar os apontamentos do professor, e ela ficava toda corada só de ler as minhas palavras. 

Foi assim que eu decidi passar das palavras aos actos. Coloquei discretamente a minha mão debaixo da mesa e junto da sua perna. A Tatiana ficou mais vermelha que nunca, mas não negou aquele contacto.

A minha mão subiu em contacto com aquela perna quente, lentamente na direcção do sitio certo. Tatiana sem desviar o olhar do quadro e do professor, saboreava o momento. O meu dedo acariciou-a por cima do tecido da rua roupa interior. 

Calmamente caminhava de baixo para cima e de cima para baixo., sempre de uma forma subtil. Entretanto, comecei a sentir a temperatura a aumentar. A suave textura do algodão da roupa interior da Tatiana começou a ficar húmido, mesmo molhado. Ela parecia um vulcão.

O meu dedo ao sentir aquele ambiente só pensava em entrar, e dedilhar o interior daquele tesouro, mas ali era totalmente impossível, no entanto, um dos movimentos que fazia era forçar a sua entrada, mas aquele tecido húmido era um obstáculo. No entanto, depois de tanto tocar naquela zona, senti que existia um local mais sensível, mais quente, mais activo.

Sem forçar nada, o meu dedo tornou-se mais sensível que nunca e caminhou em circulo em redor daquele ponto, que estava mais saliente, mais quente e mais duro. Aqueles movimentos foram a chave do cofre, e senti a Tatiana a deixar-se levar, a perder o controlo, a tal ponto que foi obrigada a colocar o rosto sobre a secretaria. O professor parou a aula, olhou para nós e perguntou: “está tudo bem consigo Tatiana?”

Ela totalmente corada, com toda a turma a olhar para ela disse: ”sim , não se preocupe, estou bem”, mas eu interrompi e disse: “eu vou leva-la a casa… é melhor, não acha professor?”. Ele acenou-me com a cabeça e saímos os dois. Ela cá fora deu os últimos suspiros e controlou a respiração e disse-me: ”podemos ir para tua casa? Precisamos de falar sobre tudo o que aconteceu… Acho que quero sentir novamente…

Foto: Allyson Lubow (Corbis.com)

13 comentários:

  1. Penso que pelo menos uma vez na vida a mulher ja passou por isso e o homem já teve uma atitude semelhante.

    Adorei imenso.
    Beijo

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  2. Sempre é uma delicia vir por aqui......
    Acho que merece uma continuação rs
    Beijos.

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  3. Uau... gosto da ousadia, mas gosto ainda mais das sensações provocadas.

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  4. Nossa adorei!!!Me deu um calor kkkkk
    Me fez lembrar tanta coisa do passado...
    bjs

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  5. Me senti a Tatiana. Que experiência legal ! Sua forma de escrever me tirou suspiros e admiração. Sou sua fã. Lis

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  6. Gosto de vir aqui ler as tuas histórias. Acho que esta merece continuação... ficamos todos desejosos de ler o resto.

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  7. Não gostei da foto... acho que foi muito pouca comparada ao texto que, como sempre é uma delicia!
    Feliz Ano novo!
    E perdão pelo atraso, mas vale a intenção!
    Sucesso, saúde e inspiração pra nós!
    Beijos. ^^

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  8. Essa quase ingenuidade é extremamente excitante...
    Bjs, querido!!!

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  9. ...pude imaginar até a textura daquele
    dedo rodeando o 'brinquedinho' rosado,
    corado e pronto para o prazer!

    adoro te ler!

    bj

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  10. As santinhas sao sempre as piores, para que reprimir ? Mais cedo ou mais tarde tinha que acontecer,mas posso acrescentar que esta hstoria esta bastante intensa, parabens pelo optima escolha de palavras.
    Beijs

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