* Doce Sobremesa

Eu e a Mafalda conversamos diversas vezes sobre a possibilidade de juntar outra mulher, numa das nossas aventuras, mas nunca tínhamos realizado esse desejo, até porque não saibamos quem estaria interessada, em tal aventura.

Entretanto, naquela tarde, recebi um telefonema da Diana, uma velha amiga, que esteve a viver alguns anos em Amesterdão, e que agora tinha regressado para Lisboa. Que grande surpresa, e quando ela me disse, que gostava de voltar a ver-me, na minha cabeça construí logo uma história.

A Diana sempre foi fascinada por relações perigosas e arriscadas, principalmente com outras mulheres, mas sempre totalmente descomprometidas. Decidi mentir-lhe, e disse que levaria comigo apenas uma amiga, que também tinha um fraco por mulheres.

À noite, num restaurante perto das Amoreiras, onde se come uma picanha fantástica, eu e a Mafalda chegamos atrasados, e quando entramos já a Diana estava sentada na mesa que eu tinha reservado, a beber a sua habitual caipirinha. O ar da Holanda fez-lhe bem, pois ela estava mais bonita que nunca.

Apresentei-lhe a Mafalda, e senti que existiu alguma afinidade entre as duas. Talvez o meu plano desse os resultados que eu pretendia, até porque eu conhecia bem aquelas duas mulheres. Entre a picanha e copos de sangria, nem demos pelo tempo a passar, mas muitas vezes durante a noite vi-me perdido no meio de uma conversa de mulheres. 

Talvez provocado pelo efeito daquela deliciosa sangria, apercebi-me diversas vezes, que a Diana encostava a sua perna na Mafalda, colocava-lhe a mão na coxa. Senti que se estava a criar um clima entre as duas.

Enquanto aguardávamos a sobremesa, a Mafalda levantou-se para ir até ao wc, e quase instantaneamente, a Diana também se levantou, e fez questão de a acompanhar. Desconfio que dentro daquela casa de banho das senhoras tivesse acontecido alguma coisa, pois demoraram tanto tempo, que o gelado escolhido pela Mafalda para sobremesa acabou por derreter. 

A sobremesa para elas, estava a ser outra. Quando regressaram à mesa, estavam as duas sem maquilhagem, com o cabelo diferente, e consegui detectar marcas de bâton, no peito da Mafalda. O meu plano estava a dar certo. Depois de sairmos, convidei a Diana para ir até nossa casa.

Era isso que ela queria ouvir. Quando chegamos a casa, o nosso quarto foi o destino, sem conversas, nem motivos, apenas desejo e vontade. Aquelas duas mulheres entregaram-se totalmente. Efectivamente a Diana tinha o dom de seduzir outra mulher. 

A roupa voou dos seus corpos, e as suas línguas e os seus dedos eram os pontos de acção. Eu também me despi, mas elas não estavam interessadas no que eu tinha para lhes oferecer, estavam vidradas uma na outra. Eu estava petrificado com aquela entrega total.

De modo a interagir com elas, ia beijando os seus corpos, enquanto as suas línguas percorriam as zonas mais quentes, mais húmidas e mais saborosas. O que mais me excitou naquela noite, foi quando as duas decidiram encostar as suas zonas mais quentes, e friccionarem uma na outra. Era incrível o barulho da mútua excitação em contacto. Foi com aqueles movimentos que as duas viram as estrelas, e mais que uma vez.

Quando se sentiram realizadas, olharam para mim, e viram o meu temível grau de excitação. Olharam para mim com um olhar matador, e sentir aquelas duas bocas em simultâneo em contacto com algo tão quente, foi o suficiente para eu não resistir...

Tanto prazer acabou por não ser recompensado, pois quando a Diana soube que eu tinha um relacionamento com a Mafalda ficou furiosa, e precisamente nesse momento perdi uma amiga.

Será que perder uma amiga pode ser compensado por um excelente momento de prazer?

Foto: _ (Corbis.com)

8 comentários:

  1. interessante , convido a visitar o meu conto onde por acaso tambem encontrei uma Diana . . .

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  2. Adorei... Vim fazer uma visitinha ...Se sentir vontade pde
    visitar meu cantinho sinceramenteanonima.blogspot.com

    Beijos

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  3. Eu apostaria em perder...

    Bela história...

    abraços..


    HOT SPOT NO MSN:

    hotspotonline@hotmail.com

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  4. Eis a prova de que mentir nunca é a melhor opção...

    Tivesses contado a verdade e terias tido a noite na mesma ;)

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