* Prova dos Nove



A D. Florinda era empregada em casa da minha avó já à bastantes anos, e era uma senhora que sempre gostou muito de mim, e eu também gostei muito dela. Gente pobre, humilde mas sempre muito honesta.

Sempre que eu precisava de uma limpeza maior na minha casa, ela fazia-me esse serviço, sem me cobrar nada. Eu nunca sabia como lhe agradecer.

Uma vez, em conversa com a minha avó, soube que a Rosário, a filha da D. Florinda, andava com negativa a Matemática, e eu, logo me ofereci para a ajudar, pois quando estava a acabar o curso na Faculdade, já tinha trabalhado num Centro de Explicações, precisamente de Matemática.

Agora era a minha vez de retribuir, e não iria cobrar nada, aliás, nem me sentiria bem comigo mesmo a cobrar dinheiro à D. Florinda. A Rosário era uma jovem interessante, uma beleza discreta, inteligente, e com uma timidez que por vezes se perdia, e se tornava totalmente desinibida. Tinha de ajudar aquela jovem a não reprovar.

A confiança que ela ganhou comigo, começou a servir em muitos casos, para ela me fazer perguntas que não consegui fazer à mãe, ou aos professores: ” O que é um Orgasmo? Como é que se consegue ter prazer?”

Eu achava graça às perguntas, e tentava sempre responder de uma forma séria. Até que num determinado dia, ela disse que ouvia as colegas a falar em masturbação, mas ela já tinha tentado, não sentia nada de especial, e perguntou-me se eu a podia ajudar.

Bem, fiquei um pouco sem jeito, e ela num momento em que perdeu por completo a timidez, baixou as calças, ficando apenas com umas cuecas rosa vestidas, e disse-me: “é assim que eu faço, mas não sinto nada de especial. Ou será que estou a fazer mal?

Eu fiquei vermelho como um tomate, não esperava um comportamento daqueles, mas também percebi que eram perguntas inocentes, sem segundas intenções, de uma jovem que apenas procurava conhecer melhor o seu corpo, e sentir o verdadeiro prazer de ser mulher.

Pedi-lhe então que se despisse por completo e disse-lhe: “ Toca-te sem receios nem pudor, entrega-te ao prazer, abre os lábios da tua intimidade, e de mansinho passa os dedos por todos os recantos, e mima-a, aumentado o ritmo onde mais gostas, sentindo a humidade, deslizando os dedos, como se estivesses a folhear um livro, vai descendo, coloca-os dentro dela, com o polegar amacia o teu clítoris, deixa-te levar pelo prazer usando a imaginação. Sente-te possuída pelo prazer do teu corpo e irás ser levada para um mundo longínquo onde só existe o teu prazer, e onde o teu corpo vai vibrar de uma forma incalculável, que dificilmente irás esquecer, e que depois irás querer repetir vezes sem conta, durante toda a tua vida…”

Olhei para o rosto dela, e parecia viajar por outros planetas. Perguntei-lhe se estava a gostar, mas ela não me respondeu. A resposta estava dada na expressão facial, gemidos de prazer e a sua curiosidade passou a desejo. Não lhe disse mais nada. Senti que a tinha orientado bem, e que ela já seguia no bom caminho.

Depois de ela suspirar bem forte, ficou mais relaxada e aliviada, e diz-me: “Ui professor, que coisa tão louca. Adorei toda esta descarga de sensações que torturava meu corpo, e que me fez vibrar descontroladamente de prazer, fazendo me sentir mulher. Estou deliciada com o meu 1º orgasmo e com uma enorme vontade de repetir, vezes sem conta. Se isto é a verdadeira sensação de ser mulher, adoro ser mulher”

Foto: Susanne Dittrich (Corbis.com)

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