* Noite de Cerejas


Recebi uma proposta de trabalho, para ir até à Cova da Beira, perto do Fundão, durante uma semana, para estar numa Herdade a trabalhar a apanhar Cerejas. Apesar de ser longe, o ordenado era bom, e já estava incluído a alimentação e a estadia.

As temperaturas estavam altas, e o trabalho era duro, mas entre todos, criou-se um fantástico grupo de camaradagem, e desse modo o trabalho era mais fácil. À noite, jantávamo-nos todos, e arranjávamos sempre qualquer coisa para passar o tempo, ou jogávamos às cartas, ou havia sempre alguém que sabia tocar viola.

No último dia, depois do jantar de despedida, eu e a Adélia saímos da quinta e fomos apanhar o autocarro em direcção a Lisboa, mas tivemos uma surpresa quando lá chegamos, e fomos informados que por motivo de avaria, o ultimo autocarro da noite já não ia fazer a viagem. Ficamos os dois em pânico. E agora? Já não estava ninguém na Herdade, e não tínhamos onde ficar.

Fomos até à quinta na esperança que as portas ainda tivessem abertas, mas tivemos azar. Eu lembrei-me, que quando andávamos a trabalhar, junto ao ribeiro, a vedação estava fragilizada, e era um bom sitio para podermos entrar. 

O único local que estava aberto era o barracão, onde estavam guardadas as cerejas. Entramos, afinal sempre era melhor dormir ali do que na rua. Foi estranho, pois o sítio não era confortável, nem existiam muitos sítios para dormir, no entanto, arranjamos um local mais ou menos confortável.

Ficamos deitados lado a lado, sem televisão e sem nada para fazer e eu em tom de brincadeira, comecei a tirar cerejas de uma caixa e a dar à Adélia, na boca. A questão é que de cereja para cereja, o modo que eu lhe as oferecia ia se alterando. Passava com a cereja nos seus lábios, bem calmamente. Na cereja seguinte, toquei com a fruta nos meus lábios, e só depois lhe passei nos lábios dela. Na próxima, passei com a cereja na minha língua, coisa que ela também quis repetir. A brincadeira transformou o doce das cerejas em algo picante…

As coisas estavam a ficar quentes, e isso era bastante perceptível na nossa respiração. A roupa começou a sair dos nossos corpos, de modo que aquela fruta fosse cada vez para sítios mais excitantes. As coisas ficaram tão intensas, que coloquei duas cerejas penduradas na minha excitação, e ela foi lá buscar com a boca, aproveitando para lambujar tudo em seu redor.

Ela também ficou totalmente nua, e eu abri-lhe as pernas e fiz com que uma cereja entrasse no seu corpo. Ela arrepiou-se, mas com um movimento muscular da sua intimidade expulsou-a de dentro de si. Eu comi aquela cereja. 

De seguida, repeti a mesma acção, mas desta vez coloquei duas cerejas. Ela desta vez, sentiu prazer em manter aquela fruta o máximo tempo possível dentro si. Quando as retirou, eu comi uma, e ela a outra, e demos um demorado beijo na boca. Foi sem dúvida a cereja mais deliciosa, que comi na minha vida. A brincadeira estava a ficar demasiado quente, com ela a exercitar os seu músculos mais íntimos, tentando atirar aquelas pequenas cerejas cada vez para mais longe.

Tinha chegado o momento de acabarem as brincadeiras, e nos entregarmos um ao outro, com todo o desejo e excitação que lentamente criamos. Entrei dentro do seu corpo, estando uma cereja lá dentro, mas foi com o seu interior sem fruta que conseguimos aliviar todo o stress que tínhamos acumulado, pelo facto de termos perdido o autocarro. Foi um prazer diferente, mas terrivelmente estimulante, pois ela usou a técnica das cerejas para me prender dentro de si e para me estimular. Eu sentia-me verdadeiramente preso.

Foi incrivelmente excitante me sentir assim capturado no seu interior, e desfrutamos aqueles movimentos musculados do interior do seu corpo. Que prazer incrível acabamos por sentir.

No dia seguinte, quando regressamos para casa, eu e a Adélia quase não trocamos uma palavra na viagem, e foi a ultima vez que a vi, e que falei com ela. Ainda hoje, sempre que vejo cerejas à venda, me lembro daquela noite com ela, do rosto da Adélia e do sabor especial das cerejas durante aquela noite.

Foto: Todd Wright (Corbis.com)

14 comentários:

  1. Conclusão: Bem dita a hora em que perderam o autocarro :P Texto muito criativo, para não variar. Parabéns ;)

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  2. QUe Liindo Conto..Deu até pra imaginar.. Fiquei com uma Vontade de Cerejas.

    Beijo'

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  3. Criatividade, sensibilidade e poder criam o "mestre da sedução" (que exagero o meu, rsssrsrrs)

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  4. Eu amei seu blog, muito sensual e gostoso de ficar lendo, sem dizer que os contos fazem nossa imaginaçao voar longe..
    Parabens cherrie, sempre estarei aqui apreciando com muito carinho.

    Beijos

    Leh.

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  5. Hoje as cerejas povoam o meu dia... e a minha noite. Foi a minha sobremesa ao jantar, já falei entretanto de cerejas com mais alguém... e agora deparo-me com "as tuas" cerejas.

    Eu adoro cerejas... mas também gosto muito dos teus contos... lêm-se como se fossem cerejas... ;)
    Quando se começa, não apetece parar!

    Beijos

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  6. To passando pra deixar um beijo e te desejar um otimo find!!

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  7. ...como podemos perceber,
    cereja não é apenas um simples
    fruto, e sim o símbolo das
    seduções à dois!

    adorei...

    bjbjbj

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  8. Nunca tinha pensado em cerejas deste ponto de vista. A próxima vez que comer, vou-me lembrar deste conto, de certeza.

    *

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  9. há pessoas que não se esquecem...


    -___-

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  10. Deliciosa a inocente cereja...hummm...adorei!
    Beijos

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  11. Muito bom texto, sensual e erótico ao mesmo tempo. Cerejas fazem milagres!

    Abraços

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  12. Adorei...
    Obrigada pela visita!
    Hum... amo cerejas! rs

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  13. Olá amigo.

    Desde ja agradeço a visita no blog e por se tornar seguidor. (farei o mesmo).

    Teu espaço aqui é bem romantico, amo romantismo.

    Um super abraço e inico de semana abençoado.

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