* Morena Tropical


Era um ritual, eu sentar-me naquela esplanada, junto ao rio, ao final da tarde, para descansar um pouco dos dias agitados que eu andava a viver.

Neste meu ritual diário, cruzava-me sempre com uma jovem estudante, aparentemente universitária, que muitas vezes também ficava ali sentada, a rever a matéria que tinha dado nas aulas, e a observar aquela espectacular vista que o Rio Tejo tinha para nos oferecer.

Ela tinha um tom de pele fantástica, aquilo que eu classifico como “moreno tropical”, e uns olhos que já se tinham cruzado com os meus, diversas vezes. Sempre que eu olhava para ela, sentia que ela estava atenta ao que eu fazia, de uma forma discreta, mas sentia aqueles olhos a percorrer o meu corpo.

Naquela tarde de sexta-feira, senti a falta daquela jovem. Estava a sentir a falta daquele jogo de olhar, no entanto ela acabou por aparecer. Desta vez vinha mais descontraída, e em vez daquela sua roupa mais formal, vinha vestida como quem tinha acabado de chegar da praia, com uma roupa mais desportiva e uma saia, e sentou-se exactamente na mesa em frente à minha, a comer um “Magnum Classic”.

Desta vez ela fixou os olhos em mim, sem qualquer vergonha. Enquanto estava a comer o gelado, olhava para o meu rosto, de forma voraz e intensa. Eu entrei no jogo dela. Ficamos olhos nos olhos durante alguns minutos, numa tentativa de ver, quem seria o primeiro a desviar o olhar.

Ela começou então, a comer aquele gelado de forma sensual. A lamber todo o chocolate que o envolvia, e a coloca-lo por completo na boca, em movimentos lentos, mas demasiado eróticos. A minha imaginação estava a imaginar o movimento daqueles lábios, mas numa zona do meu corpo, que estava a ficar intensamente desejosa de conhecer o corpo daquela jovem mulher. Ela fazia questão de fazer barulho a chupar aquele doce gelado, e aquilo estava a fazer o meu coração bater cada vez mais forte.

Mas quase que explodiu, quando ela decidiu cruzar as pernas, e os meu olhos conseguiram vislumbrar a ausência de qualquer roupa interior. Ela estava, decididamente, disposta a provocar-me. Assim que acabou de comer o gelado, escreveu algo numa folha de papel, levantou-se, olhou para mim, piscou-me o olho, e seguiu em passou lento. Eu fui ver o que dizia o papel, e estava escrito: “me segue, se quer que eu seja sua…”.

Segui atrás dela, e mesmo atrás do Bar, numa zona mais ou menos discreta, mas onde corríamos o sério risco de ser apanhados, os nossos olhos estiveram mais perto do que nunca, enquanto os nossos lábios, se devoravam de desejo.

Não havia tempo para muito, pois a qualquer momento poderia aparecer alguém, mas foi fantástico entrar dentro do corpo daquela jovem, que eu descobri que era brasileira, quando ela me pediu insistentemente: “me come”. Que mulher perfumada, que mulher saborosa, que mulher tão quente. Todo aquele calor que ela trouxe consigo no corpo, fazia o meu corpo vibrar de prazer.

Foi uma verdadeira “rapidinha”, e muito perigosa. Ela queria sempre algo mais forte, mais intenso, e com mais prazer. Eu dei-lhe tudo o que ela quis, com força e sem piedade. Eu enterrei-me verdadeiramente dentro do seu corpo. Foi tudo muito rápido, mas com uma intensidade verdadeiramente saborosa, que os dois adoramos. Nós não sabíamos se alguém estava a ver, mas também não queríamos saber…

No final, depois de satisfazermos todo o desejo do nosso corpo, e da nossa mente, a Marília (só depois de tudo é que soube o nome dela) me contou que estava a fazer um intercâmbio universitário em Lisboa, e amanhã iria partir de volta para o Brasil, mas não se queria ir embora, sem sentir o doce e saboroso prazer de um português… desejo concretizado…

Foto: Meeke (Corbis.com)

5 comentários:

  1. Convenceste-me a "pecar"... hoje o meu lanche vai ser... um magnum classic.

    :)

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  2. Hummmmmmmm... tempero bem brasileiro!
    Sexy, divertido, oportuno.
    Estou com inveja da Marilia! Ela provou um portugues!!!!!
    Num sei! Tenho paladar para homens que ainda sao misterio pra mim!
    Muito boa leitura... a escolha do tipo do sorvete achei 10!

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  3. Encontros fatais...imediatos :)
    Desejos concretizados...é o que se quer

    Beijos

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  4. Héhé um geladinho sabe sempre bem

    Abraço...

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