* Prazer Real

Eu estava numa fase da minha vida em que não me queria sentir preso numa relação, eu queria liberdade. Eu queria alegria, festas e divertimento com os meus amigos. 

A Irina fazia parte do meu grupo de amigos, e sempre sentimos alguma afinidade, mas nada de muito especial. Sempre valorizamos esta amizade, e acabávamos por passar algum tempo juntos.

Ela acompanhar-me nas minhas idas ao futebol, e eu compensava-a nos seus passeios culturais.

Esta proximidade que começou a existir entre os dois, muitas vezes acabava em trocas de beijos, de carinhos e de ternuras. A nossa amizade começou a transformar-se num sentimento que difícil de controlar.

Não existia compromissos nem obrigações entre os dois, no entanto, começou a ser difícil controlar a nossa atracção, e foi inevitável a nossa entrega mutua. Transformamos a nossa amizade em algo demasiado colorido. 

Era estranho, pois por vezes, depois de uma tórrida noite de prazer, acordávamos e simplesmente nos cumprimentávamos com um beijo no rosto, enquanto naquele quarto, ainda pairava a satisfação da noite anterior.

Esta nossa amizade ficou marcada por alguns momentos, onde a loucura e o prazer se cruzaram de uma forma intensa. Nas escadas do prédio onde ela morava, no meu carro, no vestiário de uma loja do shopping, entre outras situações.

Naquela tarde de Primavera, decidimos fazer uma visita ao Palácio da Pena, em Sintra. Almoçamos no centro da vila, e logo de seguida, decidimos subir a serra a pé, em busca do palácio que foi eleito uma das sete maravilhas de Portugal. Apreciamos todo o oxigénio que aquela verde floresta tinha para nos oferecer.

Já no Palácio, ficamos fascinados com toda a sua arquitectura, onde a mentalidade romântica do século XIX se fazia sentir por todos os recantos. O quarto da Rainha D. Amélia estava fechado para restauro, mas o espírito curioso da Irina fez com que ela entrasse, e me arrastasse com ela.

Fantástico, estávamos no quarto de uma Rainha de Portugal. Irina agarrou-se a mim e beijou-me, e sem ter noção do risco que corríamos, começou a tirar a minha camisa e a dizer-me: “faz-me sentir uma rainha. Quero fazer sexo, na mesma cama onde faziam os antigos reis de Portugal.”

Mais uma vez a loucura tomou forma nos nossos corpos. A pulsação estava descontrolada, mas a sensação de perigo excitava-me muito. Em cima daquela antiga cama, entrei dentro do seu corpo, de uma forma forte e intensa dizendo: “aproveite sua majestade, que isto é prazer real.”

Irina mordia os lábios e aquela valiosa e antiga colcha, de modo a controlar a sua terrível vontade de gritar, enquanto eu por detrás dela, continuava a impor um ritmo forte, rápido e profundo. Irina adorava aquela posição, ficando submissa ao meu poder de penetração.

Ela adora sentir-me por completo dentro dela, e eu adorava bater com a minha barriga naquelas perfeitas nádegas, e deixa-las a tremer. Decidi impor um ritmo forte, que nos delineou para um caminho que já era impossível de inverter. Não tínhamos tempo a perder, tudo tinha de ser rápido.

Estávamos os dois preparados para subir ao trono do prazer, e sermos os dois coroados com um fantástico momento de prazer que seria, sem dúvida, inesquecível. Disse-lhe ao ouvido: “imagina que dentro de ti está a escorrer o futuro Rei de Portugal”. 

Depois daquela tarde, podemos dizer que nos sentimos Reis de Portugal por alguns minutos. Será que foi naquela cama, que o Rei D. Carlos e a Rainha D. Amélia fizeram os filhos D. Luis Filipe e D. Manuel II?

Foto: Inspirestock (Corbis.com)

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