* Luta por Medalhas

A Telma é uma atleta que já representou muitas vezes Portugal e já ganhou algumas medalhas de prata e bronze em Europeus e Mundiais, mas tinha o grande sonho de se tornar campeã, ganhar a medalha de ouro.

Eu mantinha com ela uma estranha relação, pois a Telma é uma mulher muito meiga, mas a nossa relação era instável. Eu sentia que o interesse que ela tinha por mim, por vezes, desaparecia. Deixava de me ligar, de querer estar comigo.

Eu desculpava esses períodos, pelo facto de ela se dedicar mais à forma física e aos treinos, até porque ela nunca permitia que ninguém assistisse à sua preparação. Eu tinha grande curiosidade, e confesso que durante algum tempo, andei a preparar um esquema para entrar dentro do pavilhão para assistir ao seu treino.

Naquela noite consegui entrar, e fiquei resguardado atrás de uns colchões sem que ninguém desse pela minha presença. Ela e a colega depois do aquecimento começaram o treino com combates simples e acima de tudo tácticos. Muito empenhadas e muito profissionais, aquele treino seguia com uma dedicação total.

Quase no final, prepararam-se para simular um combate igual às competições oficiais. Elas antes de começarem a lutar falaram no prémio habitual. Que prémio estariam elas a falar? Bem, não demorei muito tempo para perceber do que elas estavam a falar, pois assim que o combate começou, um dos objectivos da luta era retirar a roupa da adversária. Ficaram as duas totalmente nuas. Excitante.

Os dois corpos colaram-se, rebolavam, lutaram. Seria aquele o motivo para os treinos serem sempre à noite e à porta fechada? Eu confesso estar a adorar viver aquele momento. Observar aqueles peitos em contacto, o tocar das mãos, e os esfregar das pernas. Simplesmente delicioso.

O combate durou até a vencedora deixar a adversaria totalmente imóvel, e estando em cima das suas pernas, e segurando nos seus braços, começou a beijar o corpo da adversária, a barriga, o peito. Foi incrível a forma delicada, meiga e suave, com que ela sugava aqueles peitos. A Telma entregou-se por completo aqueles carinhos femininos.

Naquele momento, ela ficou com os braços livres, pois as mãos da sua adversaria agarraram o seu peito, enquanto aquela língua descia pelo seu corpo abaixo. A Telma colocou-se a jeito para aquela língua a saborear… e como saboreou. De uma forma demorada, entraram os dedos dentro dela, enquanto aquela língua não parava de se movimentar de forma intensa num ponto certo. 

A Telma parecia caminhar para a loucura com os gemidos que fazia entoar naquele pavilhão, e pela forma descontrolada do seu corpo exibir o prazer que sentia. Aquele momento foi incrivelmente demorado, mas também nenhuma das duas parecia ter vontade de o terminar. Eu estava vidrado em tudo o que estava a acontecer. Naquele momento, sentia uma curiosidade enorme para fazer exactamente o mesmo numa mulher. Aquilo seria o segredo para oferecer a uma mulher um prazer interminável?

Apesar de derrotada no combate, a Telma agora tinha acabado por sentir uma vitória muito mais intensa de prazer e satisfação. Seria isto a razão para todo o seu sucesso em provas internacionais? Elas entretanto retiram-se para os balneários, e foi nesse momento que eu me retirei do pavilhão, sem que ninguém soubesse que eu tinha estado ali a assistir a tudo. 

Agora eu fiquei a perceber a razão pela qual a Telma nem sempre queria estar comigo, e o motivo do seu desinteresse. O que lhe daria mais prazer? Um homem ou uma mulher? O que é certo é que acabamos por estar junto no dia seguinte, e eu meti em prática tudo o que tinha aprendido. Repeti-lhe a noite anterior, utilizando a língua e os dedos… 

No final, ela perguntou: “onde aprendeste isto?”… Se ela soubesse… A minha língua começou a fazer milagres….

Foto: Ben Welsh (Corbis.com)