* Pedido de Traição

No mesmo gabinete que eu, trabalhava o Elias, um homem mais velho que eu, casado há 10 anos e sem filhos. O facto de passarmos praticamente o dia todo juntos criou uma boa amizade. O Elias confidenciou-me várias vezes, que os dez anos de casamento estavam a matar a sua vida sexual.

Confessava que já não se sentia atraído pela mulher, e que só lhe apetecia realizar fantasias mais ousadas, mas não era fácil convencê-la para novas experiências, por ela ser muito conservadora.

Ele sempre me confessou que adorava experimentar uma casa de swing, para praticar uma simples troca de casais, mas que a mulher colocava liminarmente essa hipótese de lado, alegando que o simples facto de imagina-lo com outra mulher a deixava doente. O Elias, no entanto, vivia na ânsia de ver a mulher com outro homem, era sem duvida a sua maior fantasia.

Este foi um tema tantas vezes repetido por ele, que num determinado dia, um pouco irreflectidamente, eu perguntei-lhe se ele queria que eu fosse lá a casa resolver-lhe esse problema. Ele soltou um enorme sorriso e abraçou-me, e perguntou-me quanto é que cobrava para lhe fazer esse serviço. Obvio que eu não queria dinheiro, e aceitei sem a devida consciência das minhas palavras.

Mesmo sendo uma mulher mais velha do que eu, ela agradava-me bastante, com boa aparência, simpática e funcionária de um Banco. O Elias arranjou uma história e, naquela noite, apareci lá em casa com pretexto que ele se tinha esquecido de uns papéis importantes no gabinete.

Durante o jantar, ele tinha convencido a esposa a beber uns copos de vinho, o que acabou por a deixar mais desinibida. Ele retirou-se e deixou-nos sozinhos na sala. A carência que aquela mulher transmitia, foi o ponto fraco para a conseguir seduzir. Não foi difícil. Senti que aquela mulher queria carinho e prazer.

Foi constrangedor o Elias entrar na sala, quando nos estávamos a beijar, mas ele mandou-nos continuar. Ele queria ser corno. Ele queria observar todos os comportamentos da mulher comigo. O Elias tinha o olhar fixo em nós dois, mas não dizia uma única palavra. Os corpos acabaram por se entregar, e ela sorvia o desejo do meu corpo. Ela quis deliciar-se com todos os prazeres que eu lhe podia oferecer. Senti que ela precisava de libertar toda a energia que tinha acumulado com o tempo, e percebi que o Elias já não a satisfazia.

Estendemos os nossos corpos no soalho de madeira da sala, fazendo sempre questão de ser ela a impor o ritmo e a intensidade. Senti todas as contracções de prazer daquele corpo, que pareciam não terminar. Ela parecia insaciável, com um prazer interminável, como se não tivesse um homem dentro de si há muitos anos. Ela estava de uma forma, que o seu prazer era consecutivo, obrigando-me a simular o meu orgasmo. Foi a primeira vez que o fiz, pois ainda não estava no meu momento, mas não a queria desiludir.

Logo de seguida, ela retirou-se da sala, e o Elias eufórico, abraçou-me e agradeceu-me vezes sem conta o favor que tinha acabado de lhe fazer. Cheguei a casa e não foi fácil reflectir sobre aquele estranho momento que tinha acabado de viver, em casa do meu amigo.

Esta foi apenas a primeira vez. Depois daquela noite, regressei mais vezes à casa do Elias. Ele sentia-se cada vez mais realizado, vendo a sua mulher nos meus braços. Ele chegava a tocar-nos no sítio certo, para confirmar que eu estava mesmo dentro dela.

Depois, acabei por não me sentir bem com aquelas deslocações à casa do meu colega, e disse-lhe que não iria voltar a aceitar tal convite, e desde esse dia, eles entraram num jogo perigoso e arriscado, de marcar encontros com desconhecidos, que conheciam na internet, para irem realizar o serviço em sua casa.

Foto: Creasource (corbis.com)

4 comentários:

  1. Bem, sempre ouvi dizer que tem tem amigos não morre na cadeia... mas neste caso parece que este ditado popular precisa de ser reinventado.
    :)
    Mais um conto interessante com a qualidade que
    já nos tens habituado.

    Bom fim de semana.

    ResponderEliminar
  2. Um texto erótico bem explicito.
    Existem diversas formas de viver o prazer sexual.
    Não condeno nem aplaudo. Cada um terá as suas próprias fantasias e vivê-las os fará felizes.

    ResponderEliminar
  3. Muito bom este relato, mas realmente o perigo de contratar desconhecidos para realizar fantasias é um facto hoje em dia.


    Beijos

    ResponderEliminar