* Porta Encostada



A vizinha do meu apartamento era mais velha do que eu, mas ela olhava para mim de um modo especial. Nós apenas trocávamos simples cumprimentos. No entanto, sempre que nos cruzávamos, sentia que ela me comia com os olhos, e tirava todas as medidas do meu corpo.

Eu ficava sempre a pensar se era a minha imaginação a funcionar ou se ela se sentia atraída por mim. Ela era proprietária de uma rede de cabeleireiros na Linha de Sintra, com lojas em Queluz, Massamá, Cacém e Mem Martins, no entanto eu nunca a vi acompanhada com ninguém, ela estava sempre sozinha. Parecia ser uma mulher bastante independente.

Naquele final de tarde, quando eu regressava a casa, achei estranho o facto da porta da casa dela estar apenas encostada, e fiquei preocupado, pois não ouvia barulho, nem via ninguém. Ousei entrar. Teria acontecido alguma coisa? A casa teria sido assaltada?

Entrei e ouvi o barulho a vir do Wc e perguntei em voz alta: ”Quem está ai? Vizinha, está tudo bem?” E nesse momento, ela abriu a porta, e todo aquele vapor, com um doce aroma, se espalhou pela casa. No meio daquele nevoeiro, apareceu ela, totalmente enrolada num lençol de banho, e com o cabelo molhado.

Ela assim que me viu, ali à sua frente, no corredor de sua casa, deixou cair a toalha de banho no chão, deixando aquele corpo totalmente nu à minha frente. Aquilo foi sem dúvida um convite.

Não sei bem o que se passou na minha cabeça, mas cheguei junto dela e toquei-lhe. Ela não reagiu. Agarrei-a e levei-a para o quarto. Deitei-a na cama, e sem trocarmos uma única palavra, penetrei-a de uma forma forte e intensa, que fez com que ela libertasse um forte gemido. 

Talvez tenha sido bruto, mas ela estava bem preparada para me receber dentro do seu corpo. Peguei num pedaço de tecido que estava em cima da mesa-de-cabeceira, e amordacei-a, de modo a ela não fazer mais barulho.

Não sei o que passou pela minha cabeça, mas aquela mulher despertou em mim, um forte instinto animal, e eu queria usar e abusar daquele corpo. Aquele momento quase parecia uma violação, com a vítima a autorizar. Os gemidos agora eram mais contidos, mas apenas o facto de sentir a sua excitação, era a prova que todo o meu desejo e prazer estavam a ser correspondidos. Eu mandava, o corpo dela era meu.

Senti que aquela submissão estava a provocar-lhe orgasmos consecutivos, pois o tremer das suas pernas, juntamente com os gemidos contidos, não me passavam despercebidos.

Acabei por penetra-la onde não existia lubrificação, mas não senti que o corpo dela me rejeitasse, muito pelo contrário. Ela gostou, e iniciou um movimento mais intenso com a cintura, sendo ela a impor o ritmo. Ela resistia a tudo.

O meu corpo é que já não conseguia resistir a muito mais, e desse modo acabei por lhe tirar a mordaça da boca. A sua boca ficou livre por muito pouco tempo. Ela chupou-me de forma intensa, e agora era ela que estava a abusar de mim, sem piedade. Fui sugado, com a minha excitação tocar-lhe bem fundo, na sua garganta.

Era impossível conseguir resistir a uma mulher daquela maneira, e acabei por lhe oferecer todo o meu quente prazer. Naquele quarto viviam-se um ambiente quase pornográfico.

Mais calmo, e eu pedi-lhe desculpas por aquele meu comportamento animal e quase violento, que não fazia parte da minha personalidade. Ela riu-se para mim e disse-me: “vou deixar a porta, muito mais vezes encostada…”

Foto: Angelo Cavalli (Corbis.com)

1 comentário:

  1. não tenho o hábito de deixar a porta encostada mas se tivesse vizinhos do gosto dessa vizinha facilmente me tornaria ela..

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