* Arma em Punho

Eu ao contrário da maioria dos caçadores, apenas caçava uma vez por ano. Era uma homenagem que eu fazia a um senhor mais velho, que quando eu era criança, me ensinava as técnicas dos caçadores, e me levava sempre uma vez por ano com ele.

Eu gostava de lhe fazer esta homenagem, e regressando ao Ribatejo, aproveitava para recordar a minha infância, e os tempos em que vivia no campo, longe da confusão da grande cidade. Era um dia que eu utilizava para relaxar e lembrar o passado.

No ano passado, quando caminhava na Lezíria, em busca de codornizes, aconteceu-me algo estranho. Estava um calor intenso e eu levava a minha arma em punho, e de um momento para o outro, deparo-me com uma jovem, deitada no prado verde, a ler e a ouvir musica, junto de uma grande árvore. O susto foi mútuo…

Aquela jovem quando viu que eu estava armado, levantou-se e correu na minha direção a gritar: “por favor… não me faça mal, eu faço tudo o que quiser, mas não me mate… eu faço tudo… a sério… tudo mesmo…”. Eu respondi, “calma, eu não te vou fazer mal… acalma-te por favor” …

Ela estava descontrolada… e sem que eu conseguisse impedir, ela começou a tirar a roupa e a dizer: “a serio, sou toda sua, mas não me mate…”. Eu já não sabia o que fazer, ou o que dizer, no entanto, ela já se encontrava totalmente nua, e foi talvez nesse momento, que ela percebeu que eu não estava ali em paz…

Talvez como alivio daquela situação de stress, ela começou-se a rir… ela tinha um corpo jovem, perfeito, e os meus olhos percorriam de alto a baixo, fazendo o meu desejo aumentar a cada segundo que passava. Ela agora já com um ar mais serio, dirigiu se à sua mala e retirou algo de lá de dentro. Dirigiu-se novamente para junto de mim e mostrou o que trazia. Era um preservativo. 

Com aquilo na mão, ela olhou para mim e disse-me: “não queres aproveitar a tua arma, para me obrigares a fazer tudo o que a tua cabeça está a pensar… Os teus olhos não mentem… estão a brilhar, e percebe-se que tu queres o meu corpo para ti. Aproveita, aponta-me essa arma e obrigava-me a fazer tudo o que tu quiseres…

Fiquei branco, sem reação, sem saber o que fazer ou o que dizer… mas ela não desistiu: “Não vais aproveitar? Deixa-me adivinhar, és gay?” Bolas, eu pensei, se ela me está a provocar desta maneira, é porque é mesmo isso que ela quer, e apontei-lhe a minha arma.

Aquilo foi o início de algo muito intenso e rápido, pois com o preservativo colocado, com ela com o rabo empinado na minha direção, e com a minha arma encostada na sua cabeça, eu entrei por completo dentro dela, de uma forma voraz e faminta. Eu apenas lhe dizia: “xiuuu, caladinha e sem mexer, se não…

Foi delicioso sentir a profundidade do corpo, de uma desconhecida com um corpo perfeito, onde a minha mão apoiada na sua cintura, aproveitava também para tocar nas duas covinhas que ela tinha nas costas. Eu entrava e saia de dentro do seu corpo cada vez de uma forma mais rápida Eu sentia a sua pele arrepiada, e foi antes de lhe provocar uma grande onda de prazer que ela me agradeceu: “Obrigado, estás a realizar-me uma velha fantasia… ser abusada por um estranho, com ameaça de uma arma… e está a ser delicioso…

Aquelas palavras abriram-me ainda mais o apetite, e fui muito mais intenso, transformando os meus movimentos, numa entrada e saída completa do seu corpo. Saia quase tudo, para logo de seguida a preencher por completo, mas tudo de uma forma rápida e intensa. Eu gritava: “toma, toma, toma, aguenta, toma…” Eu senti que ela estava fascinada com aquele momento, mas tive a certeza absoluta, quando as pernas dela fraquejaram, e ela não conseguiu se manter por mais tempo naquela posição… ela não gemeu de prazer, ela gritou e muito. Eu nunca tinha estado com uma mulher naquele estado. 

Ela seria sempre assim, ou estaria apenas a saborear a realização de uma fantasia. Estranha fantasia, mas intensamente saborosa.


Foto: moodboard (Corbis.com)

1 comentário:

  1. Delícia de conto, gosto de coisas acontecendo ao ar livre, na natureza.
    Abraços

    http://odiariodaescrava.blogspot.com.br/

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