* Nova Namorada

Eu conheci a Helena num jantar em casa da Rita e do Rui, onde eles comemoraram o seu primeiro aniversário de casamento. Casualmente ficamos sentados frente a frente, e eu achei a Helena uma rapariga interessante, bonita, inteligente e discreta. 

Achei curioso ela fazer todas as suas deslocações na cidade, na sua pequena scooter. No final do jantar, e quase de uma forma casual, acabamos por trocar o número de telefone e o email

Rapidamente surgiu o primeiro café e casuais jantares de sábado à noite, só entre os dois. Foi o primeiro passo para os primeiros carinhos e para os primeiros beijos. 

Criamos uma relação descomprometida, que nenhum dos dois sabia onde iria terminar, mas secretamente, ela era a minha nova namorada

A Helena gostava sempre de surpreender-me, e as surpresas tornaram-se cada vez mais audazes. Sempre adorei mulheres ousadas. Cada encontro era uma surpresa. 

Depois de alguns encontros, resolvemos trocar o habitual jantar por idas a eventos culturais. Naquela sexta-feira, decidimos ir assistir a Companhia Nacional de Bailado, ao Teatro Camões, no Parque das Nações, em Lisboa. Ainda não tinha acontecido nada intimo entre os dois, mas naquela tarde, o que recebi pelo correio talvez fosse uma mensagem da Helena para eu abrir os olhos e dar o primeiro passo. 

Recebi uma caixa anónima, com uma peça de lingerie vermelha, onde a imagem de marca era o cheiro do perfume dela. Adorei a surpresa mas fiquei sem reacção.

Nessa noite, a Helena estava linda como sempre, com um vestido jovem. Aguardei que fosse ela a falar na caixa que eu tinha recebido durante a tarde, e não quis ser eu a tocar no assunto. Já no decorrer da actuação, quando eu estava bem concentrado no desenvolvimento da história, ela chegou junto do meu ouvido e segredou-me: “aquilo que recebeste hoje por correio, era aquilo que eu devia ter vestido… mas preferi enviar para ti… por isso… imagina como estou…

Eu abri os olhos de admiração, e ela sem esboçar qualquer reacção emocional, olhou para o palco e continuou a seguir toda a representação. A minha pulsação subiu e a minha imaginação ficou ao rubro. Confesso que apenas pensava colocar a minha mão na sua perna, e subir para tocar e confirmar aquela informação.

No final do espectáculo  a Helena disse-me que o Rui e a Rita estavam em Miami, e que ela tinha a chave da casa deles. Eu estava a ficar louco naquela noite, mas a Helena conseguiu deixar-me ainda pior quando me disse: “eu quero fazer amor na mesma cama onde a Rita dorme todas as noites… Adorava sentir o prazer da cama de um casal amigo…” 

Aquele apartamento antigo, remodelado na zona da Lapa, foi o nosso próximo destino. Ela adorou deitar-se naquela cama, abrir as gavetas e ver a roupa íntima dos nossos amigos. Ficamos os dois totalmente sem roupa e acabamos por nos entregar. Fascinante prazer que aumentou, quando a Helena descobriu o vibrador da Rita na segunda gaveta da mesa-de-cabeceira.

Ela olhou para mim e disse-me: “fico doida só de pensar que posso colocar dentro do mim, o brinquedo que já esteve dentro da minha amiga…” Vê-la a penetrar-se calmamente com aquele aparelho foi sensacional. A Rita nunca iria imaginar que aquele objecto já tinha sido usado por outra mulher, e eu adorava essa ousadia, essa irreverência, esse perigo.

Depois de tudo, entrei eu dentro do corpo da Helena e mergulhei num paraíso,  entrei num jardim perfeito, com a temperatura ideal. Ela estava totalmente entregue e claramente descontrolada. Dei-lhe tudo o que ela queria, enquanto ela colocava na boca aquele brinquedo vibratório. 

Aquela mulher discreta e sóbria era uma terrível arma difícil de controlar. A forma como se mexia, como gritava e agia era irresistível. Era extremamente exuberante. Eu nunca imaginaria que aquela mulher discreta fosse assim. Os vizinhos bateram à porta, incomodados com o barulho, mas nós ignoramos... 


Foto: Matt Hess (Corbis.com)

6 comentários: