* Telhado de Belmonte



Eu adorava aquela aldeia perto de Belmonte. Durante toda a minha vida, fui habituado a passar uns dias naquela zona. Desde criança, um dos pontos de paragem sempre foi a casa do sr. Jaime. Ele era um excelente contador de histórias. Eu perdia horas a ouvi-lo falar, contando aventuras do tempo em que viveu em África.

Ele era o patriarca de uma família numerosa, 8 filhos e 16 netos. Aquela casa estava sempre cheia. Lá vivia a Sara, neta do sr. Jaime, que tinha a minha idade. Ela era bastante reservada, e eu gostava de tentar desvendar o espírito misterioso. Sempre que passava por mim, ela fazia-se acompanhar por um livro. Ela isolava-se no sítio mais improvável daquela casa, o telhado.

Ninguém sabia dela, mas eu descobri. Ela refugiava-se para escrever, para sonhar. Acedi pelo sótão, e surpreendi-a. Ela pediu-me silêncio, para garantir o único local onde conseguia estar sozinha. Eu respeitei, e acompanhei-a diversas vezes. As conversas perdiam-se no tempo. Ela estava a escrever um romance, uma história que ela gostava de viver, um amor que ela nunca tinha sentido. Achei a Sara uma jovem encantadora, doce e sonhadora. Senti-me envolvido nas suas palavras e nos seus sonhos.

Foi no final do verão, com os olhos na majestosa Serra da Estrela, que nos envolvemos. Em cima daquele telhado, agarrei a Sara pelas costas. Coloquei as minhas mãos na sua barriga e o meu queixo apoiado no seu ombro. Sussurrei-lhe palavras ousadas de desejo, despertando quentes fantasias. Ela, timidamente, olhou para trás e roubou-me um beijo. Eu agarrei-a com força, e quebrando a timidez, fiz a minha língua tocar a sua. Fechamos os olhos e saboreamos-nos. Abrimos a porta do carinho e da ternura. 

Sem palavras, deliciamo-nos. A minha mão subiu no seu corpo, com os meus dedos a tocar subtilmente no seu peito. Senti o seu coração acelerado. O desejo falou mais alto… “mas vamos para onde?” A casa estava cheia como sempre. Decidimos continuar ali, e como estávamos muito limitados pelo local, continuamos a usar as nossas mãos, enquanto as nossas bocas se beijavam ininterruptamente. A minha mão desapertou o botão das suas calças e entrou. Ela imitou-me, agarrando-me com força.

Tocamo-nos mutuamente. O meu dedo, tocou-lhe em cima da sua roupa interior, mas rapidamente entrou dentro daquele tecido quente, tocando e apertando os seus doces lábios. Decidi molhar o meu dedo com a minha saliva. Ela sentiu o meu toque suave, deixando cada vez mais exposta a entrada do seu corpo. Decidi não entrar. O meu dedo passeava subtilmente em círculo, em redor do sítio que eu desejava preencher. A mão dela apertava-me cada vez mais, com lentos e deliciosos movimentos. Nenhum dos dois quis acelerar, e prolongamos aquele saboroso momento.

Os meus dedos tocaram um ponto sensível. Toquei, esfreguei, acariciei. Ela ficou deliciada e afastou ligeiramente as pernas. O meu dedo secou, e eu desci para utilizar a sua lubrificação natural, subi de seguida para sentir a sua pequena saliência. A Sara estava rendida. A palma da minha mão pressionou-a, e o meu dedo do meio voltou a descer, entrando de uma forma curva, dentro do seu corpo. 

Adorei sentir o seu interior, e ela perdeu-se no delicioso mundo do prazer, quando sentiu o meigo movimento de penetração do meu dedo. Ela descontrolou-se e a sua mão foi incrivelmente eficaz, quando acelerou o meu desejo. Dois ou três impulsos mais fortes foram suficientes para a Sara sentir tudo a escorrer na sua mão.

Aquele telhado contava muitas histórias e muitos sonhos…


Foto: Janni Chavakis (Corbis.com)

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