* Herdade de Alcácer do Sal


Todos os anos, no primeiro fim-de-semana de Outubro, decorre este evento naquela Herdade de Alcácer do Sal. No ano passado, eu e a Sónia, perdemos a vergonha e decidimos arriscar. Nós queríamos experimentar novas sensações.

Na sexta-feira à noite fizemo-nos à estrada, a hora de início da iniciativa era as 21h00. Quando chegamos, estacionei o carro e fiquei logo espantado com os automóveis de alta cilindrada que se encontravam no estacionamento. 

O carro que mais se destacava, passava a ser o meu pequeno citadino. Quando saímos do carro, fomos informados que a senhora tinha de se dirigir para a tenda amarela e eu para a tenda branca. Só voltei a ver a Sónia no domingo à noite.

Eu fui o último a entrar na tenda branca, que já estava cheia de homens da minha idade. Na entrada, estava a ementa do jantar e um cesto com as chaves dos quartos. 

Eu como fui o último a entrar, já não tive hipótese de escolher, e fiquei com a chave nº13, quase o último, pois a herdade possuía 14 quartos. Na tenda das mulheres o procedimento era exactamente igual.

Durante o almoço senti-me descontextualizado, pois apenas se falava de carros, e férias no estrangeiro. Depois de almoço, todos os homens deslocaram-se até aos quartos, provavelmente ansiosos para conhecer qual a senhora que lhe teria calhado em sorte. Entrei no quarto que estava muito bem decorado, com um doce aroma no ar, provavelmente provocado pelas velas de cheiro que ardiam junto da cama.

Mais ou menos quinze minutos depois conheci quem seria a minha companheira: Ana Luísa, 29 anos, uma mulher de pele clara, olhos negros, sensual da classe média/alta. Aquela mulher seria a minha companhia para o fim-de-semana. Naquele momento pensei na Sónia, ela teria gostado do homem que lhe calhou em sorte?

Eu estava curioso para saber algumas coisas sobre ela, mas ela não estava interessada em conversar, pelo menos naquele momento. Ela tirou a roupa, ficando apenas com uma lingerie negra. Com os joelhos em cima da cama, demos o primeiro abraço, e fizemos a nossa pele tocar-se. Trocamos carinho e sensibilidade, conseguindo aumentar o nosso desejo.

Quase sem palavras, desfrutamos a novidade de um corpo que desconhecíamos, que nunca tínhamos visto, nem tocado. A novidade deu um sabor especial ao momento. Enfrentamo-nos com espírito de descoberta, e entregamos os nossos corpos ao prazer. 

Fomos os dois insaciáveis, perdendo noção do tempo, e a noite passou… mas não fomos capazes de adormecer, recarregando a energia do nosso corpo em plena cumplicidade, e trocando algumas informações sobre a nossa vida. A Maria João era designer de interiores.

Se a manhã de sábado voltou a ser intensa, sem lugar a grandes pausas, a tarde deu lugar à ternura. Com óleo bem espalhado nos nossos corpos, uma massagem mútua fez o carinho falar mais alto, numa perfeita cumplicidade entre os dois.

A madrugada de domingo foi mais uma vez mal dormida, de forma a aproveitar as últimas horas desta loucura, pois o almoço de domingo seria em conjunto entre todos os intervenientes deste evento. Eu estava totalmente espantado com a força e o desejo que aquela mulher demonstrou, pois ela estava sempre disposta a continuar, não mostrando qualquer fraqueza. Eu estava de rastos, seco e sem força.

E foi no almoço de domingo que voltei a estar com a Sónia. Ela estava como eu, com umas grandes olheiras e com sinais de pouco descanso. Eu estava ansioso para lhe contar as minhas aventuras e ouvir as dela, e acabei mesmo por conhecer o homem que esteve com ela, um jovem e elegante advogado. Foi estranha a sensação de conhecer o homem que tinha usufruído da minha mulher nas últimas horas…

Tudo terminou, e nós precisávamos urgentemente de dormir e descansar, e no caminho para casa, a Sónia pediu-me para fazer já a reserva para o próximo ano…

Foto: Steve Sparrow (Corbis.com)

4 comentários:

  1. Adorei ....reserva para mim tambem.....como seria o encontro dela?...agora fico a imaginar....beijos, Angel

    ResponderEliminar
  2. Hummm...adorei...aonde nos podemos inscrever???

    ResponderEliminar