* Quero Tudo Recordado



Naquela manhã quando cheguei ao trabalho, a Elsa, sabendo do meu gosto por fotográfica, perguntou-me se eu estava interessado em colaborar com ela, numa sessão fotográficas. Já éramos colegas algum tempo, e eu sabia que ela adepta do culto do corpo.
Eu já tinha-lhe mostrado alguns trabalhos que eu tinha realizado no mundo da fotografia, e apesar de eu ser apenas um amador, ela sabia que eu era uma pessoa discreta e de confiança. Eu aceitei o convite dela, e combinamos no seu apartamento, no centro da cidade, às 21h.
Cheguei a casa da Elsa, e foi o marido que me abriu a porta (nem sabia que era casada), e ele disse-me para eu estar à vontade e para eu ir andando para a sala, que ele tinha de ir para o trabalho e só voltava manhã seguinte. Sinceramente, não percebi bem o que iria acontecer.
Tratava-se de uma casa com uma decoração moderna, minimalista e com grandes espaços, num condomínio fechado de uma zona nobre da cidade. Ao chegar à sala encontrei várias velas perfumadas a arder, um ambiente meio escuro, ChillOut como música de fundo.
Entretanto, chegou ela, extremamente bem maquilhada, com um vestido negro, botas de cano alto e com um copo de champanhe na mão, e perguntou-me: “Preparado?
Ela deitou-se no sofá e fez subir ligeiramente o vestido, deixando visível a sua lingerie negra e as meias de liga. O cheiro do seu perfume invadiu a sala, um perfume forte e intenso. Um ambiente delicioso…


Ela olhou para mim e disse-me: “Fotografa-me. Quero-te perto, bem perto de mim. Quero que captes todos os pormenores do meu corpo. Capta a minha excitação. Capta-me por dentro e por fora... Quero que fique registado todas as imagens do meu prazer
Ela começou a tocar-se sobre a roupa, mostrando a sua pele subtilmente, e desvendando os seus recantos mais íntimos de forma delicada. Aproximei-me dela, e retratei todas a expressões do seu corpo. Era incrível a forma como ela se entregava ao prazer, abstraindo-se da minha presença e do som da objectiva.
Fotografei a forma como os seus dedos se moviam, e tocavam de forma cirúrgica no seu corpo, sempre em pontos-chave. Eram perfeitos os movimentos dos seus dedos, dando origem a uma luz e um brilho perfeito, em cada foto...
Aquela sessão fotográfica demorou aproximadamente duas horas, e perdi a conta ao número de fotografias que tirei, e ao número de vezes em que o corpo daquela mulher vibrou.
A Elsa era uma fonte de tesão inexplicável, e eu quase explodia, por não lhe poder tocar, sentindo todos os pormenores do seu desejo. Como era possível um homem resistir a algo semelhante ao que eu estava a viver?
No final, totalmente exausta, corada e transpirada, ela acabou por adormecer naquele sofá, já sem roupa, mas com um enorme sorriso no rosto. Eu tirei as últimas fotos aquele corpo relaxado e saciado, que dormia com um indomável sorriso de prazer.

Foto: Andersen Ross (Corbis.com)

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